Capítulo 48: Marli e os indigentes

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Sede Reptiliana/Terra do Futuro
- Gente... O que... está acontecendo comigo? - dizia Belial, enquanto seu corpo sumia.
- O que? Mas... - dizia Moa.
Os efeitos causados no passado estavam causando alterações no futuro. Cada vez mais que algo era mudado, mais a linha alternativa voltava ao seu curso normal. Belial estava sentindo seu fim se aproximar.
- Gente... me ajudem... aaahhh! - dizia Belial, enquanto desaparecia no ar.
- Belial! - grita Lilian.
- Belial! O que está acontecendo aqui? - diz Armagedon.
- Alguma coisa está acontecendo no passado com Belial. Por isso que ele desapareceu na linha do tempo. - diz Moa.
- Do que está falando Moa? - pergunta Ashtaroth.
- É mais fácil que parece. Belial morreu no passado. - diz Armagedon.
- Ou pode ser outra coisa. Com João do lado dos mocinhos a Era Reptiliana pode deixar de existir. Graças a maldita Salvadora. Ou exterminamos eles, ou perderemos tudo. - diz Érigor, com razão.
Armagedon pensou.
- Érigor. Mande um Vigilante para aquele monte de escombros que eles chamam de escola. Se eles querem uma guerra, terão. Especialmente João, que ousou nos desafiar, depois de tudo que fizemos por ele. - diz o vilão.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Passado
O estado de hiper velocidade de Aquiles incinerou suas roupas, sofrendo um estalo, e um coma logo em seguida. Ele foi socorrido e levado às pressas pelo DEPECOM para Progênese, depois para a Mansão Mayer. Nesse momento Clara estava tentando curá-lo do choque, mas...
~aceno de não
- O fluxo das células dele ficaram altamente fortes. Eu não consigo curá-lo. - diz Clarinha.
- Tenta de novo Clarinha. - pede Perpétua.
Clarinha impõe suas mãos em Aquiles. Seu poder de cura até faz um efeito, mas nem mesmo ela tinha tanta energia para estabilizá-lo.
- Não dá. - diz Clarinha.
- Só depende do Aquiles agora minha irmã. Eu nunca imaginei que seria possível alguém, realmente fazer isso. Atingir a velocidade da luz... Aquiles quebrou todas as leis da física. Mesmo sendo mutante, ele não poderia ter energia suficiente para correr à velocidade de 299.792,4 km/s. - diz Eugênio.
- A velocidade da luz. - argumenta Clarinha.
- Correr a essa velocidade mataria qualquer um. Mesmo o Aquiles. - diz Eugênio.
- E como ele vai reagir? Ele acordará? - pergunta Perpétua.
- Eu duvido muito. Mesmo que ele tenha regeneração espontânea, as células dele não tem bolsões para acumular tanta massa, por conseguinte, tanta energia que a velocidade da luz possui. - responde Eugênio de modo razoável, o que incomoda a irmã.
- Geninho, algumas vezes você deve parar de ser racional e por autoestima no lugar da razão. - diz Clarinha que volta pra Aquiles. - Aquiles é forte. Com meu poder de cura, mais as suas super células mutantes, certamente ele sairá do coma.

São Paulo/Terra do Futuro
Uma moça bonita, porém gasta demais, tenta salvar um grupo de indigentes. Porém ela se via numa enrascada: soldados reptilianos estavam a procura deles.
- É. E agora? - pergunta uma indigente.
- Soube que ainda existe um grupo que monta a Rebelião, descendente da antiga liga do bem. Eles devem estar na antiga Mansão Mayer.- responde a moça.
- Mas como chegar lá? Estamos cercados pelos reptilianos. - diz um indigente.
A moça tem uma ideia. Arriscada, mas que teria algum efeito. Ela olha para o céu. Seus olhos ficam dourados completamente, e uma coisa acontece. Do céu pálido, nuvens escuras como carvão surgem. E deles saem um monte de raios. E não só raios. As nuvens se precipitam numa chuva. Os reptilianos que estavam procurando nem se importaram.
- Onde o grupo fujão? - pergunta um deles.
- Nenhum sinal deles por aqui.
Outro raio corta o céu, e a moça continua a usar seus poderes mutantes.
- É nossa chance, vamos.
A chuva abre brecha para a moça e os indigentes escaparem. Porém, os reptilianos os avistam.
- Ei. - gritam os guardas.
Com seu poder meteorológico, a moça faz um raio cair no meio de seis reptilianos, matando eles instantaneamente. Os reptilianos tentam atirar, mas a moça cospe, literalmente, uma nevasca da sua boca, que congela os reptilianos.
Porém um grupo maior estava vindo na direção nas costas dos indigentes.
- Vão. Sigam esse caminho. - pede a moça.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Futuro
O tempo estranho foi visto na mansão destruída, mesmo com barreira psíquica.
- Gente, eu percebo ação Reptiliana há alguns quilômetros daqui. - diz Valente.
- Também sinto isso Valente. - diz Cris.
- Valente, Guiga e Samirinha. Vocês vem comigo. Os outros ficam aqui, para proteger a mansão. - diz Bel. - Tarso, pode nos levar lá.
- Vamos lá.
Tarso faz um elo com Bel, Guiga, Samirinha e Valente. E eles se teleportam dali até o local.
- Boa sorte. - diz Silvana, abraçada com João.

São Paulo/Terra do Futuro
- Raios da graça, puro poder da justiça. Derrube meus inimigos, através da sua ira! - diz a moça.
Um ataque elétrico cai das nuvens negras, acertando alguns reptilianos. Com raiva, os reptilianos atiram na moça mutante, porém, algo acontece. Um escudo magnético protege a mutante. Na sua frente estava Bel, Guiga e Valente.
- Você está bem, moça? - pergunta Bel.
- Sim, obrigada. - diz a moça.
Guiga saca suas armas que obteve.
- Vocês querem tiro, tomem tiro!
Ele atira e mata mais alguns reptilianos.
- AAAH!
Samirinha usa sua biocinese para acabar com os reptilianos, matando vários com seu olhar.
Valente dispara correntes elétricas contra os reptilianos, e neutraliza mais alguns.
No entanto, o golpe final foi de Bel. Usando os poderes do Espírito de Fogo, ela dispara uma rajada psiônica tão poderosa, que explode os reptilianos de dentro pra fora.

Após a derrota das tropas reptilianas, a moça agradeceu.
- Obrigada por me salvarem.
- Não há de que. - diz Guiga.
- Pode nos dizer seu nome? - pergunta Samirinha.
- Sou Marli Nunes. Uma mutante sobrevivente da Era Reptiliana. Eu estava com um grupo de indigentes, que fugiu das mãos dos reptilianos. - diz Marli.
- Espera, eu já ouvi falar de você. - diz Valente. Ao analisá-la direito, ele conclui.
- Sim. Eu lembro de você. Você também tava na primeira guerra contra os reptilianos há muitos anos atrás. - diz Valente.
- Sim. Eu derrubei a nave mãe que invadiu o Rio de Janeiro, sozinha. Não foi fácil. - diz Marli.
- E os indigentes? - pergunta Bel.

Acampamento indigente/Terra do Futuro
- Ficarão seguros aqui. - diz Tarso.
- Obrigado senhor. Por favor, diga a moça mutante que controla o clima que estamos também a agradecendo por tudo que fez por nós. - diz o indigente, idoso.
Tarso se teletransporta de volta para o campo de batalha.

São Paulo/Terra do Futuro
- Pronto. Eles estão no acampamento. - diz Tarso.
- Bom trabalho. Precisamos voltar a mansão. - diz Valente.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Futuro
- Gente. - diz Gael.
- É, Gael. Eu sentindo presença. - diz Cris.
- É uma presença boa ou ruim? - pergunta Silvana.
- Todos, armando as linhas de defesa. - ordena Cléo.
Gael e Cris assumem a frente. Cléo, Gisele e Rony ficam no meio. Porém João, mais preocupado em proteger sua amada cria um escudo entre todos.
Na porta aparecem duas pessoas. Um rapaz musculoso, e uma jovem de cabelos curtos e esverdeados.
- Quem são vocês? - pergunta Gael.

Quem será que são os dois? Será um mistério, ou outra armadilha?

Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembradoOnde histórias criam vida. Descubra agora