Capítulo 93: Laços de amizade - Rony, Samira e Valente

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Brasília/Terra do Passado
Na capital federal, o presidente soube da vitória dos mutantes sobre os reptilianos, e desejou parabenizar a liga do bem. Porém, alguns membros do Senado Brasileiro e outros deputados estavam discutindo algo em pauta: algo que pode causar uma ação do estilo "separatista".
- Como é? - pergunta o presidente.
- Pois é presidente. Decidimos criar um consenso. Os mutantes estão se proliferando rapidamente e no Brasil a estimativa é que os mutantes em 2045 irão ser superestimados e muito mais evolutivos que os humanos. - diz um deputado.
- E o que sugere? - pergunta o presidente.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Passado
- Impressionante. - diz Gór. - Impressionante mesmo.
Ela estava analisando os resultados das aulas de reposição, e eram surpreendentes. Pareciam que os jovens nem mesmo tinham saído.
- Desse jeito vocês alcançarão a colação de grau tão rápido que poderão sair daqui como formadores de novos mutantes e humanos. - diz Gór, impressionada.
Na frente dela estavam Rony, Samirinha e Bel, acompanhados por Valente e Ben. Guiga estava com Gisele, mostrando a mansão e escola dos mutantes. As irmãs Trans e Inta Paredes que trabalhavam como monitoras ficaram com inveja dos garotos, mas elas gostavam deles, e se lembravam de quando ainda eram da mesma idade que os mesmos.
- É bom ouvirmos isso diretora. - diz Samirinha.
- Muito bem.
~som do sino
- Hora da bóia. - diz Ben.
- O último que chegar na cantina é um mutante preso pelo DEPECOM. - diz Rony.
Os jovens mutantes saem correndo para o almoço.
- Cuidado, meninos vocês vão se arrebentar. - diz Inta.
- Ah, juventude. São tão engraçados, quanto são fortes. - diz Trans.
- E pensar que passei minha juventude trancada numa cela, e agora posso dar ao meu filho e aos outros alunos a liberdade que eu nunca tive. - diz Gór.
- Não se culpe Gór. O poder da hipnose, quando ele é usado de má forma pode ser um perigo. Seja como for, você é humana, e realmente viver presa naquela ilha deve ter sido um inferno pra você. - diz Trans.
- Você pode estar certa. - diz Gór.

Enquanto isso, Cris estava assistindo as notícias quando seu celular tocou.
~som de celular
- Alô? - diz Cris.
"Cris. " - era Tarso ligando.
- Oi Tarso. Como vai? Algum problema? - diz Cris.
"Na verdade sim. Estou com umas pessoas aqui no camping, que querem falar com você."
- Quem é? - pergunta Cris.
"É melhor você vir aqui ao camping.  Elas desejam te ver pessoalmente." - diz Tarso.
- Está bem. - diz Cris.
~chamada encerrada
Cris pega sua moto e sai em direção ao camping. 

Após o almoço, Rony e Samirinha resolveram falar com Valente. 
- Valente. - diz Samirinha. 
Na hora, Valente estava com Nati trocando carinhos e risos. 
- Querem nos acompanhar? - pergunta Nati.
- Nati... será que você pode nos dar um momento? - diz Samirinha.
- Por que? - diz Nati.
- Nati. - diz Valente. 
O jovem mutante sinaliza um "sim" para a ciborgue. 
- Te encontro depois. - diz Valente. 
Ele dá um beijo nela e ela sai. 
- Bem. Estamos sozinhos. O que foi? - pergunta Valente. 

FLASHBACK ON:
 - Valente. - Samirinha chama seu amigo.
- Sim, Sami? - diz Valente.
- Rony e eu andamos pensando... Quando assumirmos a nossa hora...
- Queremos que você seja nosso padrinho de casamento. - diz Rony.
- Vocês devem dizer isso, ao meu eu do tempo de vocês. Mas... Eu tenho certeza que aceitaria com muito prazer ser o padrinho de vocês. E digam aos meus pais, que estou feliz e que foi bom lutar ao lado de vocês outra vez mais. - diz Valente que abraça os amigos.
FLASHBACK OFF

- Eu? Ser padrinho de casamento de vocês? - diz Valente.
- Desde que nos conhecemos na antiga ONG, temos sido amigos muito queridos, quase que irmãos. Ninguém tem sido tão forte, tão amigável e tão inteligente quanto você. E essa foi a promessa que eu disse quando voltássemos para o passado. Por favor Valente. - diz Samirinha. 
Valente se emociona com as palavras dos seus grandes amigos Rony, outrora tido como um bandido mutante, e Samirinha, a mais rebelde e explosivas das garotas que ele conheceu. 
- Aceite Valente. - diz outra voz. 
Era Juno. Que estava passando por ali, e ouviu a conversa. 
- Mamãe. - diz Valente.
- Seu vínculo e afetividade com Rony e Samirinha é o que te faz ser o mais preciso para ser o padrinho deles. - diz Juno. 
Mas logo, a moça da super comunicação repreende o casal: 
- Contudo... Eu acredito que seja muito cedo para vocês pensarem em casamento. Vocês são muito jovens, tem uma vida cheia de sonhos pela frente. Eu entendo essa sensação. E falo por experiência. - diz Juno.
Samirinha tenta argumentar com a mentora, mas Rony se interpõe, e pergunta:
- Por que não podemos fazer tudo logo? 
- Rony, Sami. O casamento é um compromisso para toda a vida, até a morte. Ele deve ser pensado com calma. Entendo que vocês queiram isso, mas vão com calma. Vocês tem a escola ainda, logo estarão na faculdade, que é o último passo para realização de tudo que vocês querem. Depois que estiverem formados, viajem, percorram o mundo, e construam o seu. Quando tiverem feito tudo isso, aí poderão se casar. Ter filhos, uma família. - diz Juno.
- Percorrer o mundo e construir o nosso? - diz Samirinha, sem entender. 
- Sim Samirinha. - responde Juno com um sorriso.
- E como ele deve ser mãe? - diz Valente. 
- Isso meu filho, você deve descobrir. O mínimo que posso fazer por você, pela Nati e pelos seus amigos é orientá-los a descobrir que mundo é esse que você vai construir. - diz Juno.
Valente olha pra sua mãe e para seus amigos. Juno estava inteiramente correta. Eles devem construir um mundo de paz, onde não haja guerras entre humanos e mutante, o mundo onde não exista discórdia e nem injustiças. 
- Muitos se perderam por causa do apressamento das coisas. O tempo é algo relativo, mas ele é preciso. Nós nunca devemos apressá-lo. Casem-se, mas primeiro, construam os mundos de vocês. O tempo dirá a hora certa para vocês. - responde Juno. 
- Isso quer dizer que...? - diz Valente.
Juno coloca a mão no ombro do filho.
- Meu filho, você nasceu no melhor momento para você, onde você encontrou grandes amigos, como eles. Você tem todo o potencial pra ser padrinho deles. - diz Juno. 
Valente olha para Rony e Samirinha. Com o coração grande que tem, ele diz:
- Então... Aceito ser o padrinho de vocês. - diz Valente.
- Valente. - dizem os dois.
Os três se abraçam, e Juno se emociona, deixando uma lágrima cair dos seus olhos. 

Com tudo certo, os três voltaram aos seus estudos, enquanto que Juno voltou a ajudar a escola, para construir mais laços como os de Rony, Samirinha e Valente, que além de amigos, seriam uma quase família, num futuro não distante, e cheios de sonhos.  

Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembradoOnde histórias criam vida. Descubra agora