Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembrado

Epílogo

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Futuro
Aos poucos a escola de mutantes se reergue e dá suas aulas. Novas crianças e jovens humanas e mutantes se matricularam para um novo dia.
Em um desses dias apertados, Valente convoca a liga do bem para uma reunião.
- Algum problema Valente? - pergunta Toni.
- Vocês sabem que perdemos muitos membros, e em seus túmulos eles repousam nos campos distantes da escola. Por isso convoquei esta reunião para decidir o novo líder da liga do bem, e eu sugiro o João. - diz Valente.
- Não posso ser líder. - diz João. - Não como minha mãe foi um dia.
- Então você Gael, que liderou tão bem a Rebelião contra o governo reptiliano. - diz Valente.
Gael acena um não.
- Todos aqui estamos de acordo que você deve ser o novo líder Valente. Não há ninguém melhor nesse quesito de liderança que você. - diz Gael.
- Mas...
- Valente. Você foi nosso general de guerra e comandante da Rebelião ao lado dos jovens mutantes do passado. É mais do que certo que agora você assuma o lugar de pessoas que foram lendas de um passado glorioso. Lendas como minha mãe, a professora Maria, o senhor Cris... Você é o mais apto a ser líder. - diz Toni.
- É verdade Valente, só você ao nosso lado, pode estruturar essa escola e manter vivo o ciclo harmônico entre os humanos e os mutantes. Com nossa ajuda. - diz Marli.
- Todos estão de acordo que Valente deve ser o líder da liga do bem? - pergunta Gael.
- Sim. - responde a liga do bem.
Uma aura azul encobre todos, a aura da união, a aura do amor.
- Então, como novo líder, determino que recomece os laços e vínculos para que possamos honrar o passado e prosperar o futuro. Vida longa ao planeta Terra! - diz Valente.
- Vida longa ao planeta Terra. - diz a liga.

Nos jardins distantes da mansão fica o cemitério da liga do bem. Ali estão os corpos de muitos mutantes que serviram ao bem, a verdade, o amor, a igualdade e a paz. Maior parte foi por causa da alteração da realidade, agora voltada ao normal.
João estava lá aos pés dos túmulos de sua mãe e seu pai, deixando suas flores.
~voz de João

Nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém, só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa

- João. - era Silvana.
- Sil. - diz João.
- É duro pra você estar aqui aos pés da sua família morta. - diz Silvana abraçando-o pelos ombros.
-Ninguém jamais que estar aos pés de sua família morta por você mesmo Sil. Essa dor nunca será sarada nem quando tivermos a nossa. - diz João.
- Será sim, meu amor. É só você pedir perdão aqui. - ela coloca a mão no coração dele.
- Você. Sempre com esse jeito de cuidar de mim. - diz João, sorridente.
- É porque te amo. - diz Silvana.
João e Silvana se abraçam.
- Mas é melhor irmos. Darei aula daqui a pouco e você irá monitorar comigo.
- Vamos. - diz João.

Na sala da direção, Valente olha uma foto da liga reunida e entre eles estava sua amada esposa Nati, morta durante o parto de seu filho que também nasceu morto.
- Valente. - era Toni. - As aulas vão começar. 
- Ótimo. Vamos voltar a lecionar novos humanos e mutantes. - diz Valente.

Com novos sonhos, o futuro fica protegido graças aos mutantes. Enquanto isso, no espaço, o Espírito de Fogo que monitorava o passado e o futuro observa as duas Terras.
"Bom trabalho. Deus está orgulhoso dos feitos da humanidade para com o universo." - diz a entidade que volta ao seu trabalho de monitorar o cosmo, deixando a Terra no comando dos mutantes do bem, dos caminhos do coração.