Capítulo 89: Aurora do futuro, retorno para casa

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São Paulo/Terra do Passado
Beto e Marcelo, junto com Gór, Nati, Silvana e Eugênio chegam ao Allianz.
- Tati.
- Eugênio. Conseguimos.
Os dois se abraçam.
- Você tá bem, meu amor. - diz Marcelo.
- Estou bem Marcelo. Nunca estive em tamanha paz como agora. - diz Maria.
- E você meu filho? - diz Marcelo.
- Nunca estive melhor, pai.
- João. - era Silvana.
- Sil.
Os dois se abraçam e beijam.
- Ham, ham. - diz Maria.
- Eh, será que é o momento certo? - pergunta Silvana.
- Pai, mãe. Quero pedir... Silvana pra namorar. - diz João.
- Eu não fiz objeção, Maria. - diz Marcelo.
- Então também não farei, já que a Silvana cuidou do João até o acharmos. Obrigada. - diz Maria.
- De nada. - diz Silvana.
- Valente. - agora era Nati.
- Nati.
Os dois se abraçam.
- Valente. - diz Lúcio.
- Lúcio, deixe eles. - responde Juno.
- E o que aconteceu com Bel e Guiga? - perguntava-se Beto.

Oceano/Terra do Futuro
No barco de volta para casa, Samirinha tinha uma dúvida.
- Gael, estava me perguntando sobre uma coisa. - diz Samirinha.
- Diga, Samirinha. - responde Gael.
- Agora que derrotamos Armagedon, se o mesmo for derrotado no passado, quanto tempo teremos até o efeito borboleta acontecer? - pergunta Samirinha.
- Não sei Sami. Podem ser minutos, horas, ou dias, até que as duas linhas se fundam em uma só. - diz Gael.
- Mas se elas se fundirem, vocês morrem? - pergunta Rony.
- Não gente. Apenas continuaremos vivendo num tempo mais a frente do tempo de vocês. - responde Gael.
No convés acima, João observava o céu, que estava voltando a ter uma bela aurora. Um sinal de um novo tempo.
- Estamos voltando para casa meu amor. - diz Silvana.
- Sil, será mesmo que seremos uma grande família? Digo, depois do que fiz, duvido que você ainda tenha olhos pra mim. - diz João.
- Mesmo depois de tudo que fez, que fizestes, eu sempre te amarei, João. - diz Silvana.
A aurora do novo futuro inspira João a entoar o principal cântico que ecoa até nos céus.
~voz de João
Eu soube que havia um acorde secreto
Que Davi tocava, e agradava o Senhor
Mas você não liga muito para música, não é?
Bem, é desse jeito
A quarta, a quinta, o menor cai, o maior sobe
O rei desconcertado compõe Aleluia
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

A voz de João é ouvida, e os oceanos ficam calmos, os ventos do mar pareciam brisas, e o sol ficava mais brilhante. Todos da liga do bem sobem ao convés e escutam João. Samirinha chora ao lembrar de Maria quando cantava essa música, esse cântico para eles

Sua fé era forte, mas precisava de provas
Você a viu tomando banho no telhado
A beleza dela e o luar te arruinaram
Ela te amarrou à cadeira da cozinha
Ela destruiu seu trono, e cortou seu cabelo
E dos seus lábios, ela tirou um Aleluia
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Para ajudar o canto, Rony bate no peito, Guiga pisa o chão do convés bem devagar, enquanto que Guiga, Bel, Triton e os outros jovens mutantes fazem o back vocal. João chama Samirinha, que chorava. Ela engole as lágrimas e ajuda o primo no Hallelujah, cantado após a vitória contra os reptilianos.
~voz de Samirinha
Bem, querido, eu já estive aqui antes
Eu vi este quarto e andei neste chão
Eu costumava viver sozinha antes de te conhecer
Eu vi sua bandeira no arco de mármore
E o amor não é uma marcha da vitória
É um frio e quebrado Aleluia
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Inspirada pelos primos, Silvana também ajuda no canto de louvor e vitória.
~voz de Silvana
Bem, talvez haja um Deus acima
Mas tudo o que eu já aprendi com o amor
Foi como atirar em alguém que te abandonou
E não é um choro que se ouve durante a noite
Não é alguém que viu a luz
É um frio e quebrado Aleluia

Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembradoOnde histórias criam vida. Descubra agora