Capítulo 15: Guilherme é curado por Gabriel

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Algum lugar do Brasil/Terra do Passado
João dormia como um anjo enquanto que Silvana estava observando a paisagem. Era um quarto de hotel. Simples, mas que dava pro gasto.
Foi quando ela nota algo estranho. As cores se misturavam em puro negativismo. Ela via um mundo diferente daquele que costuma ver.
- AH! - ela grita de susto.
Quando se vira ela nota João já sentado na cama.
- João. Que aconteceu? Você está bem? - pergunta Silvana.
- Shiu.
~voz de João
Esse mundo nunca será
O que eu esperava
Se eu não me encaixo
Quem teria adivinhado
Eu não vou abandonar
Tudo aquilo que eu possuo
Pra fazer você sentir como se não fosse tarde demais
Nunca é tarde demais
Silvana não conseguia entender o que João queria lhe passar, o que realmente ele queria transmitir.
- João, acho melhor dormirmos. - responde Silvana.

Enquanto isso, Armagedon, Moa e Ashtarote estavam na caça do rapaz.
- Será que é mesmo possivelmente localizá-lo? Não que seja um trabalho difícil. - diz Ashtarote.
- Acalma-se Ash, nossa vingança será concluída. Logo dominaremos a Terra, e castigaremos os humanos e os mutantes. - responde Armagedon, malicioso.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Futuro
Enquanto isso, Guiga continuava na cama. Os efeitos do vírus só pioravam.
- Ai! Ai!
- Guiga, meu irmão. - diz Bel.
- O vírus está se espalhando muito rápido. - diz Gael.
- Ah tá? E como você sabe? - diz Bel, cética.
Gael olha pra a liga e seu olho esquerdo emitia uma certa luz amarelada.
- Gael? Seu olho... - diz Cris.
- Preciso acertar o local que o vírus se prolifera. - diz Gael. - Mabel, como o Guilherme ficou assim?
- Ele me salvou de uma investida de soldados que tinham o tal vírus, jogando-se a minha frente. - responde Bel.
Gael escutava Bel, enquanto analisava Guiga até que achou o local de alojamento. No braço direito.
- O braço direito foi o mais danificado. - diz Gael.
- E o que podemos fazer? - pergunta Tarso.
- Isso poderia ser arriscado. - diz Gael.
Nesse momento Guiga acorda.
- Quem, quem está aqui? - pergunta ele.
- Meu nome é Gael. Estou aqui pra te ajudar. - responde Gael.
- Você é médico - pergunta Guiga.
Gael mostra a seringa contendo a cura.
- O que é isso? Se acertar isso em mim, te mato. - responde Guiga.
- Cala a boca. É o jeito de te curar, seu imbecil. - responde Gael.
- Ei vocês dois. - alerta Bel. - Guiga, isso é a cura. Conseguimos, logo você vai se livrar desse maldito vírus.
- Mas tinha que ser numa injeção? - diz Guiga, pálido.
Valente se lembra de seus momentos jovens e zoa.
- Não me diz que está com medo de uma agulha? - pergunta ele.
- Quem é você? - pergunta Guiga.
- Guiga, você não lembra de mim? Sou o Valente. - diz Valente.
- Valente... Valente. Mas... você cresceu tão rápido.
- Estamos no futuro, Guiga, mas é um futuro diferente. Deixa o Gael te curar. - ordena Bel.
- Por que você tá defendendo esse panaca? Não me diz que tá gostando dele? - responde Guiga.
- O que você disse? - responde Gael.
Ele parte pra cima de Guiga, mas Guiga se defende, sem usar seus poderes.  Os dois começam uma luta de pressão, usando queda de braços.
- Eu tô ajudando te ajudar, seu cabeça quente. - diz Gael.
- Eu não pedi sua ajuda. - responde Guiga.
Valente se interpõe entre os dois, disparando um pequeno raio que os assusta.
- Parem os dois. Parecem crianças. Guiga, se não quer ser curado por alguém que está com injeção, você pode ser considerado um mutante medroso. - diz Valente, deixando Guiga amarelado.
Guiga engoliu as palavras, e soa frio.
- E aí, durão? Vai deixar eu te curar ou não? - pergunta Gael.
- Faz logo isso, e depois resolvemos nossa "conversa". - responde Guiga.

Gael continua a examinar Guiga e acha o local mais apropriado para atacar o vírus.
- Não se mexe. - diz Gael.
Ele injeta a cura no pescoço de Guiga, num só golpe de agulha.
- AAAAIII! - grita ele.
- Pronto. - responde Gael.
- Doeu. - responde Guiga.
- Medroso. - responde Gael.
Bel observa os dois e vê que eles vão se "combinar" muito bem. Mas Bel percebe que quando vê Gael, algo acontecia com ela.

Algum lugar do Brasil/Terra do Passado
Silvana foi pedir um café para ela e para João. Depois de lancharem ela pergunta:
- João, como está se sentindo?
- Eu não sei. Horas estou bem, horas estou mal. - responde João.
- Tem a ver com sua mente? Será que...
- Não! - grita João. - Não!
- Calma, calma. Ok. Vejo que você é uma caixa de segredos. - responde Silvana.
- Minha mente... eu não quero mais...
- Não quer mais... o que? Minha ajuda? - pergunta Silvana.
- Não. É a minha mente. Como posso contar isso a você? - pergunta João.
- Bem. - Silvana se senta na cama. - Vá pelo começo.
- Minha mãe e meu pai... eu me separei deles desde que era criança. - responde João.
Silvana fica transtornada, e pergunta:
- Sequestro? - diz Silvana.
- Não. Auto-defesa. - responde João. - Silvana, você corre perigo ficando do meu lado.
- Por que? - pergunta Silvana. - Você é um mutante?
- Sim. Mas sou um mutante "anormal".  - responde João.
- Espera. Aquelas cores negativas. Aquele é seu mundo? - pergunta Silvana.
- Não. Aquele é o mundo de outra pessoa. - responde João, aos gaguejos.
O quarto começa a sacudir, e Silvana fica alarmada.
- João. João, João. João me ouve. Escuta a minha voz João.
Foi quando ele se controla.
- O que é você? - pergunta Silvana.
- Sou mil em um. - responde João.
- "Mil em um?" Deus. - responde Silvana se levantando. Ela vai até a janela. E se vira pra João. - João?
João olha pra Silvana.
- Quantas pessoas você tem?
Foi então que Silvana compreendeu o poder de João, e o motivo dele pedir para ficar longe.
- Não sei. - diz João, mas ele muda de voz. - Sou um.
E de novo.
- Sou outro.
- Sou outro.
Silvana se aterroriza.
- Quem são vocês?
- Meu nome é Facão. - diz uma das vozes da mente de João.
- Sou Tiago, o melhor amigo de João, que foi... absorvido por ele. - responde outra voz.
- Sou a senhora Rose. Absorvida por esse menino, que nem conheço, mas estando na mente dele pareço que não sou eu.
- Saiam. Deixem eu conversar com ela. - agora João que gritava.

Mansão Mayer/Escola Caminhos do Coração/Terra do Futuro
Bel foi conversar com Guiga.
- Você tá bem? - pergunta Bel.
Guiga tenta levantar um pedaço de pau, sem toca-lo. Foi quando que o toco levitou. Bel se surpreende.
- Tá funcionando, estou curado.
- Guiga, meu irmão. Você está curado. Não sente mais os efeitos do vírus. - responde Bel.
Os dois se abraçam. Gael observava os dois do teto destruído, encapuzado, e via algo muito em comum entre ele e os gêmeos Montenegro Menezes. O que seria esse mistério que Gael tanto observa?

Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembradoOnde histórias criam vida. Descubra agora