― Esta semana é a Lua Cheia – começa Sam –, o que podemos esperar de vocês, Lucian?
― Esperar? – pensa. – Um ataque aos Cullens... Acho que você pode esperar isso! – diz com ar zombeteiro, fazendo um rosnado escapar da garganta de Jacob, que, com certeza, não estava gostando da piada.
― Ele não está brincando, vocês deveriam mesmo cuidar dos Cullens – continua Hana. – Passar a noite com eles, vigiando-os, talvez seja uma boa saída.
― Vocês seriam capazes de atacá-los? – pergunta Embry, chocado.
― Somos Filhos da Lua – comenta Kiary –, somos assassinos de vampiros por natureza. Assim que a fera estiver no comando de nossos corpos, ela faz o que quiser, inclusive matar!
Lucian envia uma mensagem telepática à Kiary, mandando-a se calar, aquele assunto realmente o incomodava e seu rosto mostrava claramente isso. Os pensamentos do bando quileute eram de todos os tipos: medo, indagação, dúvida, assombro, curiosidade... E o cherokee acompanhava todos eles.
― E os moradores da reserva? – pergunta Quil.
― Não acontecerá nada com eles, são boas pessoas, não nos fizeram mal, então, não guardamos ressentimento algum contra eles – responde Hana.
― Se é assim... Manteremos vigília na casa dos Cullens, todos nós – ordena Jacob –, mas se algo sair errado...
― Partiremos imediatamente – completa Lucian, fazendo o coração de Leah se apertar.
― Quanto tempo durará?
― Duas ou três noites, não sei bem! A fera tomará o controle enquanto a Lua Cheia ficar em seu estado mais perfeito no céu. Só conseguimos retomar o controle quando os primeiros raios de Sol aparecem no horizonte, mas não nos subestimem, somos realmente perigosos.
O rosto rígido de Lucian obrigava o bando quileute a levá-lo a sério, ele estava nervoso, com os músculos tensos e com medo de fazer alguma besteira. As duas fêmeas também tinham os seus medos, mas a responsabilidade maior sempre era do alfa, pois, se ele mandasse atacar elas atacavam, se ele mandasse parar elas paravam, tudo estava nas mãos do macho alfa.
Sam e Jacob começam a organizar os detalhes da vigília, porém, o cherokee não conseguia prestar atenção, o nervosismo tomava conta de sua mente e de seu corpo de tal forma, que ele não conseguia mais ficar ali, sentado.
― Com licença, preciso sair! – diz apressado, enquanto saía da casa.
Hana explica o motivo da reação do irmão, tranquilizando o bando e, consequentemente, deixando Leah preocupada. Ela não podia acreditar que tinha se ausentado quando Lucian mais precisava de apoio, de um ombro amigo. E como se não bastasse isso, ainda tinha a opção da expulsão, caso algo saísse errado. E se ele fosse embora? Ela não poderia deixá-lo partir... A garota caminha até a porta, mas é interrompida pela ordem alfa de Jacob:
― Parada Leah! – brada forte. – Você vai ficar aqui.
Seu corpo estava paralisado pela magia da autoridade de Jacob e todos a encaravam com expressões difíceis de interpretar. Maldita ordem alfa! Ela não queria ficar ali, queria se aproximar de Lucian, conversar com ele, dizer que tudo ficaria bem, mas como poderia?
A imagem da loba cinzenta de seu sonho lhe vem à mente, ela precisava lutar. Mesmo sentindo a paralisia de seu corpo, Leah lutava para se mover, lutava por um simples passo. Era como se ela tentasse carregar uma carga de peso altíssimo, que impedia o seu corpo de fazer um mísero movimento, porém, depois de concentrar toda a sua atenção e esforço naquele simples passo, seus joelhos começavam a responder.
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Leah
Fiksi Penggemar"Você está designado para a pessoa que lhe dá as melhores chances de continuar os genes lupinos [...] Se eu fosse boa nisso, Sam teria sido designado para mim. Mas eu não sou. [...] Claro que ninguém jamais me levaria em consideração" (Leah, Amanhec...