Em dois dias, Lucian já estava completamente recuperado. Estava forte como um touro e não havia sinais do ferimento em seu corpo. Sue o mantinha sob vigilância total, para certificar-se que o rapaz não faria nada que pudesse prejudicar sua recuperação.
Leah ganhara um colchão novo, devido à mancha de sangue e os buracos feitos pelas garras do lobo, mas fora impedida de dormir com o cherokee na segunda noite, já que ele estava bem melhor e Sue não queria "sem-vergonhice" debaixo de seu teto.
Uma semana se passou, aproximadamente, depois de sua total recuperação. Os ânimos estavam estáveis, o bando quileute estava contente sob a liderança de Jacob e Sam tentava se reconciliar com Emily, apesar dela não querer ouvi-lo. O quileute também lutava para conseguir a confiança dos amigos, antes de voltar a fazer parte da matilha, como um membro, mas sabia que o progresso seria lento. Seth ajudava Hana em seu trabalho, para garantir a ela o seu salário semanal e Lucian, dividia seu tempo entre seu trabalho, a oficina de Harry e o seu imprinting.
― Venha, vamos dar uma volta na praia – chama ele, agarrando às mãos de Leah. – Nossos últimos dois encontros terminaram de um jeito meio trágico, então vamos tentar fazer as coisas direito.
― O que você quer dizer com: fazer as coisas direito?
― Quero dizer que precisamos deixar de ser azarados e terminarmos nossos encontros de maneira positiva – Ri.
O casal sai de mãos dadas e logo, tempos depois, chega à praia, que estava deserta devido à ameaça de chuva. O mar parecia revolto e os ventos sopravam forte, uma tempestade estava a caminho...
Lucian contempla a fúria do mar, lembrando-se do que lhe ocorrera alguns dias atrás na campina, de como abrira seu coração para Leah, revelando todo o seu passado, e da maneira como ela o confortou e conseguiu espantar os fantasmas que lhe atormentavam.
― Sabe, Leah – começa ele –, eu não lhe agradeci por aquele dia, na campina... Lembrar-me de Piatã sempre me deixava péssimo e colocar tudo o que sentia para fora foi a melhor coisa que fiz. Só agora percebo o quanto aqueles sentimentos ruins estavam me fazendo mal!
― De nada – responde ela, estranhando o assunto.
― Você nunca me contou sobre seu passado...
― Não gosto de falar disso – rebate, evidentemente desconfortável.
― As coisas que eu lhe disse sobre meu passado também não foram fáceis de dizer, mas eu confiei em você e abri meu coração... Eu só quero que confie em mim também!
Leah sente seu coração se apertar e os olhos lacrimejarem, por que ele queria falar sobre aquilo logo agora? Sua vida estava indo tão bem, estava apaixonada e feliz, por que trazer os dias ruins à tona? A quileute engole o nó na garganta como sempre fazia, não querendo fraquejar e chorar na frente dele.
― Não quero falar disso – frisa de forma mais dura.
― Você não confia em mim, não é?
― Não é questão de confiança, Lucian...
― É questão de que então? – insiste.
― A questão é que foi ruim o suficiente para mim e eu quero que o passado fique no passado.
― Eu sei de sua história com Sam, eu sempre soube... Desde que a vi pela primeira vez, pude ver e sentir todas as suas lembranças mais marcantes através do imprinting, como se fossem as minhas próprias. – Pausa. – O passado só deve ficar no passado quando não há nenhuma marca dele em você...
― Se você sabe de tudo, por que insiste numa resposta minha? – grita irritada.
― Eu quero ouvir de sua boca...
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Leah
Fanfiction"Você está designado para a pessoa que lhe dá as melhores chances de continuar os genes lupinos [...] Se eu fosse boa nisso, Sam teria sido designado para mim. Mas eu não sou. [...] Claro que ninguém jamais me levaria em consideração" (Leah, Amanhec...