Parabéns, Lucian, Você Vai Ser Pai!

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Sue dirigia como uma completa maluca. O medo que Leah não sentia ao lutar contra vampiros, ela sentiu com sua mãe ao volante, e, ao pensar melhor no assunto, constatou que sequer sabia que ela tinha licença para dirigir...

― Onde arrumou este carro? – pergunta espantada.

― Peguei emprestado – responde, afundando o pé no acelerador. – Agora fique quieta, está me desconcentrando.

― Está bem! Ficarei em silêncio para o meu próprio bem.

Algum tempo de direção na velocidade da luz e o carro já estacionava em frente ao hospital. Sue entra na recepção como um tornado, pedindo urgentemente para conversar com o Dr. Cullen como se não aceitasse um "não" como resposta, parecendo uma cliente insatisfeita prestes a reclamar do produto adquirido. Leah senta num dos bancos de espera, olhando para os lados e fingindo não conhecê-la, mas se levanta assim que avista o vampiro vindo pelo corredor. É lógico que ele ouvira toda a barulheira de sua mãe.

― Bom dia, Sra. Clearwater, o que faz aqui tão cedo? Está se sentindo bem?

― Eu estou ótima, Carlisle, mas Leah parece ter algo...

― Ow – murmura ele, retirando uma pequena lanterna e examinando os olhos da quileute. – Isso é inesperado, como está se sentindo, Leah?

― No momento? Um pouco enjoada com o seu cheiro. – Franzi o nariz. – Sem ofensas.

― Não ofendeu. – Sorri. – Mas qual é o problema que te trouxe até aqui?

― Acho que estou grávida – fala num supetão, deixando o doutor um pouco pasmo.

Carlisle guia as mulheres a um lugar mais reservado, pois precisava saber um pouco mais daquele estranho assunto. Ele entra no escritório, apontando as cadeiras e fechando a porta atrás delas, sentando-se logo em seguida e encarando a quileute um tanto incrédulo.

― Por que acha que esta grávida?

― Eu simplesmente acho...

― Os genes lupinos não paralisaram o seu corpo? Como isso é possível?

― Um filho da Lua não precisa de condições humanas para nascer – repete a tão conhecida frase para o doutor. – Foi o que ele me disse.

― Céus! – exclama boquiaberto. – Lucian é o pai?

― Sim – responde sorridente.

― Incrível! – Sorri, já que presenciava coisas relacionadas a um verdadeiro lobisomem, pela primeira vez. – Vamos coletar seu sangue para um exame, só assim teremos uma resposta definitiva.

O vampiro coleta o material necessário para o exame e encaminha mãe e filha de volta para casa, dizendo que trabalharia em seu exame a manhã toda e que, no final da tarde, o resultado sairia. Leah analisa o ambiente hospitalar receosa, já sentindo um calafrio subir-lhe a espinha, era tudo muito novo e repentino, e se não fosse verdade? E se sua gravidez não fosse real? O que faria com a esperança que se alojara em seu peito?

― Voltaremos no final da tarde para pegar o exame, obrigada por nos atender tão rapidamente, sabia que poderia contar com você para examinar minha lobinha – sussurra as últimas palavras, para que os presentes não estranhassem o termo que usara.

― Aguardarei o retorno de vocês, até mais tarde!

Leah não gostava nem um pouco de vampiros e tampouco era próxima da família Cullen, mas tinha que admitir, se existia em Forks alguém capaz de ajudá-la naquele instante, este alguém era Carlisle.

Ambas retornam para casa e encontram Lucian à espera, na frente da casa. Como o combinado, a ida ao médico fora jogada para cima de Sue, que teve de formular toda uma história de crise de nervos e controlar seus pensamentos para que a telepatia do cherokee não descobrisse a verdade.

LeahOnde histórias criam vida. Descubra agora