December is my favorite month of the year (parte 3)

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Atrasada na entrega de imagines? Sim ou claro?

Você já teve uma sensação estranha de que tudo a sua volta parou de repente quando você está com aquela determinada pessoa? E então tudo o que importa para você é estar junto com ela e ter mais momentos como aqueles em que se tem a mesma sensação?

Não sei explicar. É uma sensação estranhamente boa de conforto e paz. É um sentimento que te causa um frio gostoso na barriga, que esquenta o seu peito e que faz o seu coração querer sair pela boca. Você esquece de tudo e de todos, e só o que importa é você e aquela pessoa.

Eu nunca tinha ousado experimentar tal tipo de sentimento, e eu realmente não sei dizer o porquê. Talvez seja porque eu sempre estive sozinha a maior parte do tempo e já tenha me acostumado com isso. Ou seja porque eu sempre afasto as pessoas antes mesmo de conseguir chegar a ter uma conversa decente. Ou talvez seja pelo medo. Acho que razões são o que não me faltam.

Mas hoje...hoje foi diferente.

Foi tão espontâneo que eu nem percebi como aconteceu. Quando vi, já tinha derrubado todas as minhas barreiras e meus sentimentos estavam totalmente à mostra. Eu me expus com tanta facilidade que até eu mesma me surpreendi. Nunca tinha conversado tão abertamente sobre qualquer coisa com alguém, e ele consegui com que eu fizesse isso num piscar de olhos.

E o mais estranho de tudo é que não faz nem dez horas que eu o conheci, mas parece que eu o conheço a minha vida toda.

—Dez pratas pelos seus pensamentos, minha bela donzela. – Ruel me olha com seus olhos brilhantes e seu rosto praticamente rasgando com o sorriso dele.

Eu pisco algumas vezes, depois de sair do turbilhão de pensamentos. Olho para ele com cara de tacho pelo apelido que ele me deu.

—Aumenta pra cem que eu te conto, oh meu querido príncipe – Minha voz sai como se estivesse pingando a sarcasmo. Nem ferrando que eu conto para ele o que eu estava pensando.

Ruel me olha abismado, como se o que eu disse fosse um absurdo.

—Você está querendo me extorquir, S/n! Isso não é justo. – O garoto com uma beleza angelical sorri enquanto balança a cabeça negativamente. Ele ergue as pernas vestidas com uma calça de pijama amarela com coraçõezinhos rosas e roxos, e as cruza, entrelaçando uma na outra.

Quando chegamos no meu apartamento estamos completamente ensopados pela neve grossa e gelada que caia lá fora. Então eu emprestei as roupas mais largas e compridas que eu tinha no meu guarda roupas e emprestei para ele usar por enquanto. Eu ainda tinha um moletom super gigante que eu usava raramente, e serviu direitinho nele.

Agora já era dia vinte e cinco, oficialmente Natal em Londres. Já tinha passado da meia noite fazia um bom tempo. Então Ruel teria que passar a noite aqui, ao menos que ele fosse louco o bastante para querer ir embora e congelar na nevasca amedrontadora que estava caindo bruscamente nas ruas geladas e vazias.

Acho que Ruel não se arriscaria tanto assim.

—E você acertou! – sorrio de ladino, soltando uma risadinha maléfica – Você acabou de descobrir o meu plano, agora vou ter que acabar com você.

Falo, fazendo minha interpretação de vilã da história dramaticamente. E pelo sorriso que cresceu no rosto dele posso dizer que ele entendeu a brincadeira.

—Você ousa me enfrentar, querida? – seu olhar é desafiador, enquanto ele se aproxima de mim lentamente, como o predador se aproximando de sua presa.

Olho bem em seus olhos esverdeados e só sorrio de lado, colocando minha xicara de chocolate quente na mesinha de centro e me afastando dele com passos leves.

Imagines RuelOnde histórias criam vida. Descubra agora