em um mundo onde amores não correspondidos levam a acidentes, Minho tem o azar de ser atropelado após descobrir que seu namorado o traiu. internado e entediado dentro do quarto do hospital, o garoto não vê a hora de poder sair dali. entretanto, ele...
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amar: verbo demonstrar amor.
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— 12
Minho respirava fundo algumas vezes, tentando criar coragem para bater na porta do apartamento do mais novo.
ele, de verdade, não sabia da onde havia tirado uma ideia tão maluca, mas não iria desistir. ele iria fazer isso.
respirando fundo pela última vez e olhando para o pequeno buquê de flores que carregava consigo, o garoto de cabelos castanhos bateu na porta levemente, ouvindo alguns passos vindo em sua direção logo em seguida.
agora, com certeza, não tinha escapatória. ele iria fazer aquilo, e daria tudo certo. ele iria conseguir.
ao ouvir a porta ser aberta, alterou seu olhar para o garoto parado à sua frente.
— Minho...? o que está fazendo aqui? achei que íamos nos encontrar amanhã... e... o que é esse buquê que você está segurando?
— eu... não consegui esperar. quero falar com você e espero não estar incomodando.
— não, não. pode entrar, vem. — o mais novo afasta-se da porta, dando passagem para o outro poder entrar. — você quer beber alguma coisa?
— não. eu... só quero falar algumas coisas para você antes que eu acabe desistindo.
— tudo bem, então. vem, pode se sentar.
os dois caminham até o sofá localizado na sala. Jisung, com uma cara confusa e curiosa e Minho, com as mãos suadas.
— primeiro... as flores são para você.
— para mim..? uau. muito obrigado. — o garoto fala com um leve sorriso, pegando as flores logo em seguida. — são muito bonitas.
— eu... eu tenho algo para contar para você.
— tudo bem, pode dizer quando se sentir pronto.
o mais velho olha para suas mãos, mexendo seus dedos enquanto respira fundo e tenta manter a calma.
— é difícil dizer isso, mas eu gosto de você, Jisung. muito. e não é apenas gostar de você como um amigo. é... é mais que isso. e, bom, eu percebi isso quando você começou a passar tanto tempo comigo no hospital.
o mais novo o encara, surpreso. jamais imaginava que Minho falasse isso para ele, mas se sentia aliviado, para falar a verdade. ele pretendia dizer sobre seus sentimentos para o mais velho, apenas não havia decidido quando.
— pode continuar.
— eu quase não tive coragem de vir aqui para falar essas coisas para você, mas eu sentia uma necessidade. você... você faz muito bem para mim, sabe? desde o primeiro dia em que nos conhecemos, você se tornou muito especial para mim. e por mais que eu não demonstre ou fale, eu realmente gosto de você Jisung. e quero ser mais que um amigo. quero poder estar com você todos os dias, fazendo companhia para você nos dias felizes e tristes. você me entende, né?
o mais velho o olha, inseguro. estava com medo de ser rejeitado. sentia muito, muito medo.
— eu... eu não sei o que falar, Minho.
— você não sente o mesmo?
— não! não é isso! eu sinto! eu só não imaginava você falando essas coisas para mim. para ser sincero, estou orgulhoso de você, por ter conseguido criar coragem para me dizer essas coisas.
— é mesmo?
— sim. e eu serei verdadeiro com você, Minho. você cresceu e melhorou muito desde o primeiro dia em que vi você. você realmente mostrou querer ser feliz. você mostrou querer ter uma vida boa e eu me orgulho muito disso. me orgulho dessa força de vontade que você tanto teve.
— Jisung... eu vou começar a chorar. — o mais velho diz, tirando uma risada baixa do garoto sentado à sua frente.
— eu só estou te dizendo a verdade, Min. eu amo você e eu direi todos os dias se for preciso. eu te direi todos os dias que sou extremamente orgulhoso da pessoa que você se tornou.
— eu também amo você, Jisung. e muito obrigado por ter paciência comigo e me ouvir quando foi preciso. você me ajudou muito.
— eu sempre estarei aqui para ajudar você. todos os dias.
e foi assim, que num sábado à tarde, os dois garotos deitaram-se e ficaram assistindo tv, trocando risadas e beijos enquanto amavam a companhia um do outro.
