PADRE PETERTirei uma hora hoje para almoçar com minha mãe e minha irmã. A missão de ser padre me toma por quase completo meu tempo, não é à toa que moro atrás da igreja pois me sinto bem em atender fieis a qualquer momento. Se tornou uma missão para mim. Eu gosto disso. Estou em exercício a dois anos, e abdiquei de tudo (digo de tudo mesmo, inclusive de relacionamento entre homem e mulher) pela insistência da minha mãe para com o sacerdócio. Passei minha juventude estudando. Na metade da faculdade de filosofia, engrenei na faculdade de teologia. Após conclui os estudos com 23 anos e alguns meses sendo seminarista, finalmente me consagrei padre. Descobri que minha mãe sempre esteve certa, eu nasci para essa vocação, apesar da minha irmã Claire não gostar muito disso.
— Sabe meu irmão, sempre achei um desperdício você ser padre. Tão lindo. Minhas amigas ficam loucas com você. — Minha irmã pisca e minha mãe faz o sinal da cruz, agarrando o pingente de crucifixo enquanto eu sorrio para o jeito despejado da minha irmã.
— Em nome de Deus! Não diga essas coisas mundanas e tenha respeito ao padre. Ele é seu irmão, mas é um santo. — Eu encaro minha mãe, sem jeito revirando a refeição no prato.
— Mãe... Eu não sou um santo, eu sou um padre, apenas um servo de Deus.
— Sim, filho! Mas Deus já me revelou qual é a sua missão na terra e você ainda será reconhecido como um santo! — Minha mãe disse alisando minha mão e eu sorri para ela. Claire revirou os olhos tomando um pouco de suco.
— Sabe, não entendo. Papai morreu, e eu que fiquei com administração da empresa e da fazenda. Só acho que poderia dividir a responsabilidade com Peter. Esse negócio de sacerdócio...
— Cale essa sua boca profana! Você é a irmã mais velha já é pecadora desde que nasceu, então sobrou para você administrar os negócios da família. Espero que não comece a dar ideias loucas ao seu irmão. — Sorri para minha mãe.
— Mamãe, não se preocupe. Claire pode tentar de tudo, eu já fiz a minha escolha. Nasci para ser padre e não tem nada que me faça mudar de ideia. Tudo bem? — Minha mãe concordou aliviada enquanto minha irmã torcia o rosto meneando a cabeça em desaprovação. Voltamos a almoçar tranquilamente. As três eu precisava voltar para a igreja, pois precisava me preparar para a última missa de hoje.
HORAS MAIS TARDE....
WANESSA HOLLERBACHAgarro o vaso sanitário com força enquanto Audrey segura meu cabelo e eu coloco tudo para fora. Acho que depois do sexo ruim com o ruivinho eu exagerei na bebida que merda...
— Wan? Está melhor? — Minha amiga pergunta após eu parar de vomitar até o útero.
— Acho que preciso de mais... — Eu disse sorrindo para ela indo até o lavatório colocando um pouco de água na boca.
— Você já passou dos limites hoje, Wanessa... é melhor irmos para casa. Já são duas da manhã. — Minha amiga reclamou. Eu levantei o rosto um pouco zonza segurando firme a bancada.
— Dá um tempo, Audrey! Você tá parecendo a chata da minha mãe! Ainda é cedo! A balada mal começou e eu preciso foder mais um pouco. Aquele ruivo me deixou sem gozar. — Eu disse gargalhando para a minha amiga que pigarreou corando. Sim, eu era a amiga que colocava no mal caminho assim por dizer... Audrey ainda era virgem e acabou fugindo de casa assim como eu, para curtir uma balada.
Meu pai é um dos vereadores da cidade. Ele é legal comigo apesar de ser um pouco antiquando como a minha mãe, não tanto como a minha mãe, claro.
A minha mãe, é uma espécie de beata. Eu nunca vi alguém tão católica como ela.
Ela acredita que eu nasci para ser religiosa e desde que me entendo por gente, me força a ir à missa, participar de coros e eventos religiosos. Mas eu definitivamente não tenho vocação para nada disso.
Eu estou mais para pecadora do que para beata. Se tem uma coisa que eu amo é transar, beijar na boca, beber e curtir como uma adolescente rebelde...
Infelizmente tudo que aprendi sobre educação sexual, foi mais sozinha que outra coisa. Minha mãe sempre foi do estilo antiquada que acreditava que temos que ser virgem até o casamento com um prometido e ser como a verdadeira Amélia, a mulher que só presta para servir ao marido. E sim, mamãe já havia arranjado um par para mim desde que fiz 15 anos e comecei a dar trabalho. Ela ainda acredita que eu sou virgem, assim como meu pai, mas mal sabem eles que eu mato aula para transar com carinhas que me sinto atraída e saio escondida pulando a janela nas noites para curtir a noite badalada dessa cidade tão cheia de turistas...
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Meu Irresistível Pecado (COMPLETA)
ChickLitEle: Um padre jovem, apenas 25 anos de idade. Abdicou de tudo para viver o sonho da sua mãe: servir o sacerdócio. Ela: Uma jovem inconsequente de 17 anos que pensa apenas em curtir a vida. A vida desses dois jovens tão distintos irá se cruzar quando...