Olhei para a garota parada em minha frente e fiquei surpreso assim como perplexo. Como ela veio parar aqui e nesse estado? Só pode ser miragem!
— Não vai me convidar para entrar, padre? — Bufei passando a mão na cabeça e olhei para cima. Não era miragem, era a própria diaba me atentando.
— O que está fazendo a uma hora dessa aqui e bêbada? — Ela sorriu com os olhos um pouco fechados.
— Ah padre, eu só tomei uns copinhos de vodca. Que mal há nisso?
— A madre sabe o que está aprontando? — Ela gargalhou meneando a cabeça.
— Vai me convidar para entrar ou não? Bem, se não quiser... eu volto para o bar, arrumei ótimos amigos que me pagaram uma boa dose de vodca. — Bufei sem saber o que fazer. Já estava tarde, com certeza a Madre não sabe que essa menina louca está aqui. Abri mais a porta e ela sorriu passando por mim esbarrando em meu corpo. Respirei fundo e senti seu perfume misturado ao álcool. Olhei para ela que se jogou no sofá e fechei os olhos me amaldiçoando por mais uma vez deixar a tentação tão perto de mim. Fechei a porta e me sentei ao lado dela apoiando os braços sobre as pernas.
— Você é uma aluna do internato e não tem idade para estar bebendo desse jeito. Essa cidade é calma, pequena, mas pode ser perigosa. — Ela gargalhou se jogando contra o encosto do sofá.
— Ai padre, por favor! É mais fácil as pessoas terem medo de mim. Eu estou acostumada com a noitada da vida... — Respirei fundo.
— E por que parou aqui? — Ela se virou para mim, ousando deixar sua saia ainda mais curta mostrando mais do que deveria.
— Não se faça de rogado padre, você pode ser padre, mas santo eu sei que não é e sabe as minhas verdadeiras intenções. — Me levantei aturdido.
— Sinceramente eu não sei o que eu fiz para você cismar comigo dessa forma. Eu sou apenas um padre, cumprindo com as minhas obrigações. Nada mais do que isso. — Wanessa se levantou do sofá e me encarou.
— Você não é apenas um padre, você é lindo, perfeito, tem um olhar magnético que me faz imaginar como deve ser foder gostoso com você. E quanto mais o senhor nega, mas minha vontade aumenta. — Bufei andando de um lado a outro nervoso. Nunca ninguém se atreveu falar dessa maneira comigo depois que virei padre. Eu a puxei pela mão quase fazendo-a encostar em meu corpo.
— Escuta aqui menina! Tenha mais respeito! Você está brincando com Deus desse jeito. — Ela sorriu mordendo o lábio.
— Eu tenho todo o respeito do mundo por qualquer religião, padre. Mas fica dificil não pecar com um padre desse... — Apertei meus dedos ao redor de seus braços a sacudindo como se fosse capaz de acorda-la para o que estava fazendo.
— Wanessa acorde! Não a menor possibilidade de...
— Me beije padre... Me faça sua... eu preciso saber se você é como nos meus sonhos, nos meus pensamentos... — Ela fechou os olhos mordendo o lábio. Eu fechei os meus e antes que eu pudesse cometer essa loucura, eu ouvi a voz da minha mãe na cabeça me mostrando o quanto eu estava errado e então eu a soltei.
— Eu não posso fazer isso! — Eu disse passando as mãos sobre o rosto.
— Pode... pode e deve. Eu tenho certeza que você está morrendo de duvidas assim como eu, tenho certeza que eu mexo com você, padre... nada me tira da cabeça disso.
— Eu vou ligar para a madre vir te buscar. — Avisei me virando para a direção do quarto e ela veio atrás.
— Por favor! Não faça isso, a madre não imagina... ela acha que eu estou dormindo.
— Você está passando dos limites. — Avisei pegando o celular na cabeceira e sem eu esperar, Wanessa veio para cima de mim em uma forma de tirar o celular da minha mão. Eu sei que eu tenho muito mais força que ela, e fiz o meu máximo para que eu não a machucasse.
— Não faça isso! Não ligue pra ela! — Wanessa implorava enquanto travava uma "batalha" contra mim para tirar o celular da minha mão. Até que travei ela contra meu corpo e nossos rostos ficaram mais próximos.
— Me beije, Peter... eu preciso sentir seu gosto só mais uma vez... — Ela implorou sussurrando com os olhos fechados e a os lábios entreabertos. Eu respirei fundo sorvando sua respiração alcoolizada. Acabei perdendo a cabeça, pois deixei me levar e a beijei, a beijei com toda intensidade que eu estava sentindo. Uma mistura de desejo, medo e raiva, raiva por estar sucumbindo aos desejos da carne.
Wanessa retribuiu o beijo da mesma intensidade me agarrando e tomando minha boca com força, dominando com a sua língua em meus lábios. Ela mordiscou minha boca e eu deixei escapar um grunhido apertando seu corpo contra o meu, sentindo a excitação crescer dentro de mim. Começamos a caminhar até cairmos na cama, eu sobre ela, no meio de suas pernas, sentindo sua parte mais intima sobre a minha. Ela gemeu sôfrega se esfregando sobre mim e eu pulsando por ela.
"Não faça isso, você é padre e está pecando cruelmente..." — Ouvi a voz novamente da minha mãe na minha cabeça e em questão de segundos me desgrudei de Wanessa ofegando e passando a mão sobre o rosto.
Eu tinha acabado de cometer outro pecado. Deus! Por que colocou essa diaba na minha vida? O que o senhor está querendo me mostrar com isso?
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Meu Irresistível Pecado (COMPLETA)
ChickLitEle: Um padre jovem, apenas 25 anos de idade. Abdicou de tudo para viver o sonho da sua mãe: servir o sacerdócio. Ela: Uma jovem inconsequente de 17 anos que pensa apenas em curtir a vida. A vida desses dois jovens tão distintos irá se cruzar quando...