Capítulo 06

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Padre Peter

Aonde eu fui me meter? Eu devia ter deixado essa menina lá na sacristia e agora ela está aqui e ainda é arriscado ser descoberta por alguém! Se alguém a pega aqui dentro da minha casa, eu imagino a falação que vai gerar e arriscado eu perder o sacerdócio. E o pior é ter que tentar controlar o desejo da carne, quando uma bela jovem deixa cair água em seu decote tornando seus seios visíveis pelo tecido transparente do vestido. Inferno!
Corro até a porta e respiro fundo antes de abrir.
Assim que eu abro, vejo minha mãe. Ela me sorri e franze o cenho.

— Mãe? O que a senhora está fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa?

— Eu que te pergunto, aconteceu algo? Estou sentindo você nervoso...

— Passei a mão no cabelo e desabotoei um botão da blusa para o meu corpo respirar. Eu estava quente... Quente pela adrenalina de ser pego com a jovem em minha casa e quente pelo desejo que a garota despertou em mim...

— Não foi nada, mãe. Só estou cansado. Eu não dormi essa noite e ainda catolizei hoje. — Minha mãe apenas arqueou a sobrancelha e sem que eu a convidasse, ela entrou na minha casa e respirou fundo.

— Eu estou sentindo cheiro de meretriz no ar... — Bufei cansado. Mas meu coração acelerou quando ela começou a caminhar pela casa como se estivesse a caça de algo.

— Você ainda não me disse o que veio fazer aqui, mãe. — Disse rápido desviando a atenção dela para a porta do meu quarto.

— Apenas vim te convidar para um almoço amanhã. Parece que a sua irmã finalmente conheceu um bom rapaz e vão se casar. — Confesso que fiquei surpreso. Não sei por qual motivo, mas Claire nunca quis se envolver com ninguém sentimentalmente. Não que eu saiba.

— Como assim, conheceu e vão se casar? — Perguntei confuso.

— Deus me revelou. Já passou da hora da sua irmã fazer algo de bom na vida. Gerar frutos, se casar. Ser uma boa mulher. Não uma mundana que passa na mão de um e de outro...

— Que tolice, mãe! Ninguém precisa se casar para encontrar a felicidade...

— A bíblia diz que... — A cortei antes de começar.

— Já estou farto. Mãe por favor, preciso descansar. — Minha mãe apertou o crucifixo sobre o peito e me encarou furiosa.

— Não blasfema a bíblia dessa forma. Você é um homem santo e Deus pode te castigar por esse disparate. — Bufei irritado e passei a mão no cabelo visivelmente irritado e cansado disso.

— Eu não sou um homem santo, mãe. Estou apenas seguindo o que você me obrigou a escolher e colocou na minha cabeça. Isso já não basta?
— Meça as suas palavras e peça perdão a Deus! Bom. Eu preciso ir. Mas não esqueça de se ajoelhar e pagar pelo seu pecado. Por acaso alguém está tentando te desviar da sua vida católica? Do seu destino a ser cumprido e virar um santo. Santo Peter.

— Por Deus, mãe! Preciso descansar. Passar bem. — Digo indo até a porta da sala a abrindo para ela sair. Ela me encara enfurecida e faz o sinal da cruz.

— Que Deus perdoe tudo o que disse. — Ela saiu e eu fechei a porta trancando em seguida. Bufei irritado. Que Deus me perdoe, sei que sou um padre, mas ainda sou um humano e minha mãe acaba me fazendo perder a paciência.
Respiro fundo e decido ir até o quarto. Vou pedir para a jovem Wanessa ir embora. É arriscado demais ela ficar aqui e eu preciso fugir da tentação.
Mas assim que abro a porta do quarto tenho uma enorme surpresa.

A menina está deitada de bruços na minha cama com suas nádegas praticamente de fora. Meu Deus! O que eu fiz para merecer isso? Por que me testa dessa forma?
Passo a mão pelo cabelo nervoso e sentindo um estranho calor adentrar os poros da minha pele.
Eu pigarreio tentando chamar a sua atenção. A mesma se vira lentamente expondo suas pernas e parte das suas peças íntimas de fora. O pior é que não consigo desviar os meus olhos e sinto o que eu preciso afastar, crescer em mim... A excitação. O maldito pecado.

— E... Era minha mãe. Ela já se foi. Acho melhor você sair. Ir para o internato. — A garota me encara mordendo seus lábios pecaminosamente e eu sinto uma pontada na virilha. Eu tento disfarçar desviando o olhar.

— Desculpa por ter me deitado assim em sua cama, padre. Mas é que eu tô tão cansada que eu não resistir. — Eu assinto em silêncio e a sinto se aproximar perigosamente de mim.

— Tudo bem. Por favor, agora vá.

— Por que isso padre? Por que quer tanto que eu vá embora? — Finalmente eu a encaro novamente e seus olhos felinos prendem os meus.

— Porque não pega bem uma jovem como você, dentro da minha casa e além do mais a madre pode sentir a sua falta no internato. Se já não sentiu... — Digo nervoso sentindo meu rosto esquentar. Ela sorri novamente e ajeita o cabelo.

— Eu ainda acho que o senhor está escondendo os verdadeiros motivos... — Eu suspiro e vejo o olhar da jovem percorrer meu corpo e sua língua passar entre os lábios lentamente.
Sinto meu sexo pulsar. E eu estou apavorado. Eu não posso ser fraco e sucumbir aos desejos da carne.

— Por favor Wanessa. O que quer que esteja pensando ao meu respeito, por favor, desfaça isso da sua mente. Eu sou um padre e eu não vou pecar.

— Eu não disse nada padre. O senhor que está se entregando dizendo isso... Está com medo de não resistir ao pecado não é? Confessa que está me desejando como eu estou desejando o senhor padre... — Ela sussurra e eu suspiro pesadamente sentindo meu peito disparar com força. Ela se aproxima ainda mais e por algum motivo, eu não consigo sair do lugar.

— Não se aproxime mais. Por favor. Vá... Vá embora... — Sua mão macia e quente toca a minha e para a minha total surpresa, ela coloca a minha mão sobre seu seio esquerdo.

— Sente padre... Sente como meu coração está batendo tão rápido perto do senhor... Sente como a minha pele lateja com vontade de sentir a sua...

— Em nome de Deus, Wanessa... Isso não se faz. Por favor se afaste. — Digo tirando a mão rapidamente do corpo quente e macio da garota. Ela suspira e morde o lábio.

— Padre... Desde que eu te vi... Eu te desejei no primeiro instante... Estou te confessando isso como uma mulher confessa para um homem e não como uma fiel a um padre.

— Reze. Reze todas as noites até que isso saia da sua mente.

— Eu acho que isso não seria o suficiente. Mas posso tentar algo melhor... — Ela diz e eu tento acalmar a minha respiração intensa.

— Então... Faça o que achar melhor... — Antes que eu pudesse terminar a frase, a jovem, sedutora e pecaminosa garota se jogou em meus braços e atacou meus lábios furiosamente...

Meu Irresistível Pecado (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora