Capítulo 04

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SEMANA SEGUINTE

Sinceramente não estou acostumada com esse negócio de acordar tão cedo, ainda ter que rezar no meio da madrugada e rezar todas as vezes que for se alimentar. Ô coisa chata... Passei a semana na ditadura do internato sendo uma "boa" menina, e indo para as missas todos os dias, o meu plano de ir me confessar com o padre foi por água a baixo, já que não é permitido a saída do internato sem ser aos finais de semana.
O que eu fiquei bastante decepcionada, é que a missa diária não é feita lá no centro da cidade e muito menos pelo padre gostosão o que me deixava completamente entediada.
Agora tô aqui arrumando o quarto para passar as horas, porque não quero participar de coral e contando as horas para a missa no centro da cidade, já que nos domingos, íamos na missa da igreja maior. Ouço a porta abrir e a cabeça de Lari apontar.

— Wanessa! — Ela cochicha e eu olho para ela ajeitando a minha saia.

— O que foi Lari? Se for para ir pro coral esquece. Odeio essas coisas. — Digo revirando os olhos voltando a terminar de arrumar minha cama.

— Que coral o que! O você não vai acreditar em quem está aqui, logo pela manhã. — Eu franzo o cenho e encaro a expressão de sapeca da minha mais nova amiga.

— O padre lindão! — Eu dou um sorriso de orelha a orelha.

— Agora mesmo, vou lá! Preciso vê-lo! — Digo já correndo em direção a porta. Lari sorri e me para no meio do caminho.

— O padre está em reunião com a madre detalhando a nossa tradicional festa de São Jorge. A madre não gosta de ser interrompida. — Eu sorrio arqueando a sobrancelha com uma expressão diabólica.

— Sem problema, podemos ouvir atrás da porta e quando percebermos que eles terminaram de conversar a gente sai dali e volta como quem não quer nada...

— Você é diabólica garota. Mas o que vai falar com a madre?

— Lembra que eu disse que precisava me confessar? — Ela balança a cabeça confusa. — Pois é, chegou a hora. Vou pedir ao padre para me confessar e ele vai ouvir cada detalhe dos meus pecados. — Eu disse sorrindo categórica.

Então fomos até a sala da madre e ficamos atrás da porta ouvindo aquela voz grossa e gostosa conversando com a madre sobre como seria o evento desse ano. Quando vimos que eles estavam terminando a conversa, saímos dali pé com pé e voltamos assim que ouvimos a porta abrir. A madre e o Padre sorriam conversando de algo e a madre nos encarou confusa. Ele estava lindo usando roupas formais como um homem comum, mas com a clérgima no pescoço me fazendo lembrar que ele é um padre.

— Meninas, aconteceu alguma coisa? O que as trouxeram aqui? — Eu encarei o padre que me olhou com um sorriso bondoso no rosto.

— Benção padre, Madre eu precisava falar com a senhora, na verdade com os dois. — Eu disse apontando para os dois e ela ficou ainda mais confusa.

— Pode falar filha.

— Com licença, preciso voltar para o coral. — Lari disse saindo de fininho e me deixando a sós com a Madre e com o Padre.

— E então? — O padre perguntou e eu sorri para ele com meu melhor sorriso.

— Bom, eu estou precisando me confessar... — Eu disse para ele e ele sorriu sem jeito, com certeza lembrando do que eu falei.

— Se confessar? — A madre perguntou sem entender.

— Sim! Eu tinha dito isso ao padre, lembra padre? — Ele assentiu.

— Tudo bem, podemos esperar até a missa de amanhã. — A madre diz e eu mordo o lábio pensando em algo.

— Por que não hoje? — A madre olha para o padre que sorri bondosamente, se ele soubesse dos meus planos...

Meu Irresistível Pecado (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora