Yes, Teacher

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   Ele era mesmo um idiota. Vou fazê-lo pagar caro por ter me tratado como uma maluca no meu roubo. É claro que não seríamos presos. O In-ho, filho do dono, é um bundão de primeira. Ele ia ficar com tanto medo de sermos de uma facção criminosa que não iria chamar a policia nem dizer nada ao pai. Provavelmente, pegaria o dinheiro do próprio bolso pra concertar o prejuízo. Taehyung se esquece de que sou boa nessas coisas. Se roubar fosse uma profissão, eu teria a posição central. Bem, nem tanto. Eu sou bem impulsiva e isso me deixa em desvantagens. 

   Meu professor tocou em assuntos profundos. Assuntos que eu não queria que fossem tocados. Eu quase me deixei levar pela emoção. Não quero nunca, parecer uma garota frágil que precisa de ajuda e apoio emocional e moral depois de perder a família. Precisei disso, quando tudo ocorreu. Quando meus pais não voltaram pra casa e meu irmão desistiu de mim. Nessa hora, eu quis ser ajudada, quis um ombro de consolo e alguém para desabafar. Mas não tive. Superei tudo sozinha. Não será agora, que eu vou precisar. 

  Mas Taehyung, a cara que ele fez quando descobriu sobre a morte de meus pais, o espanto, a tristeza e o arrependimento, aquilo me deixou pensativa. Por um momento. E então lembrei que ele é um puto safado que sabe manipular muito bem as pessoas, até melhor que eu, e que não passa de um falso que me perturba por simples prazer. Agora que sei, como ele é viciado em sexo, tenho certeza que ficar me perturbando e cuidando da minha vida era mesmo um fetiche. 

  Tudo bem que não sou santa, vasculhei a casa dele, o vigiei, o segui por várias vezes. Somente depois de minhas expulsões. Era solitário ficar em casa e eu queria arrumar outras distrações além de roubar, transar e beber. Taehyung caiu como em uma bandeja. Ele se tornou meu passatempo predileto. E mesmo assim, eu falhei em minha missão. Queria descobrir seus pecados, e ele os praticava bem embaixo de meu nariz, sem que eu suspeitasse de nada. 

   Não teve uma única vez, em que eu o pegasse envolvido com prostituição. Ou saindo as escondidas, indo em boates ou o que quer que seja os lugares onde  ele exerce seu trabalho. Eu não sei se vigiei bem. As vezes pegava no sono e quando acordava ele já tinha saído e infelizmente não ficava para vê-lo chegar acompanhado ou não. 

   Acho que me acostumei a não achar nada para incriminá-lo, que com o passar do tempo, eu só repetia a mesma coisa diariamente pra me sentir ocupada. Eu nem olhava vinte e quatro horas para aquela casa. Comia vendo um dorama. Ouvia músicas enquanto lia um livro. Andava pelas ruas também. Certamente, eu falhei antes mesmo de saber. Deixei passar várias coisas e podia ter encurralado-o antes disso. 

   Porém, agora eu tenho a chave que sempre quis. E vou fazer esse desgraçado pagar por ter me feito parecer uma irmã surtada hoje a tarde. Nem nos parecemos! Aquele garoto é mesmo um lerdo de ter acreditado em cada palavra proferida da boca daquele marginal. Um marginal idiota. 

  Ele se esquece, que tenho tudo nas minhas mãos. Antes de devolver seu celular, eu consegui copiar os dados e jogar pro meu. Sei o login da sua conta no Sexopago.com e posso ver quando, e com quem ele vai ter um programa. Por exemplo, agora. 

   Mommybad. 

  Quem em plena consciência bota um nome desses? Ela é um tipo de mommy maníaca? Tenho certeza que deve ter uns cinquenta anos e adora um novinho. 
   Naveguei um pouco pelo perfil do meu professor. Ele postou no máximo duas fotos. Uma deitado na cama mostrando apenas sua boca e seu peitoral bem nítido. Outra...soltei um risinho puxando zoom na cueca marcada. Ele estava apenas com uma box branca, que deixava tudo bem, bem marcado e com o tamanho e grossura a mostra. 

   Quem diria que por baixo daqueles ternos e roupas largas, ele tivesse uma armona. 

    No chat, eles iriam se encontrar numa boate famosa aqui em Seul. Era um tipo de motel também já que o andar de cima era de apenas quartos privados. Devo admitir, quem quer que tenha o contratado, deve nadar em dinheiro, porque até mesmo uma mísera cerveja naquele lugar custa um carro.