↬ Sina Narrando ↫
Meu coração sambava dentro do peito, ele estava tão acelerado que chegava a doer. Eu estava deitada na cama do Noah, rolando de um lado para outro, mas nada adiantava.
Fecho os meus olhos e me encosto na parede, seguro uma almofada e a abraço. A almofada tinha um cheiro bom, era um cheiro que eu conhecia muito bem.
Eu sou burra, trouxa e mais um monte de coisas. De repente várias lembranças voavam na minha cabeça.
Dos nossos jogos. Das nossas conversas. De quando o Noah me dava morangos depois de um dia chato. De quando eu invadia a casa dele na madrugada para evitar um choro e a maioria das vezes ele estava dormindo, mas me recebia com um sorriso e me abraçava com força até eu conseguir dormir. Ou quando nós maratonavamos todos os tipos de filmes e séries. De quando o Noah me deixava deitada no seu peito e fazia carinho nos meus cabelos quando o casal do filme se separava ou o cachorrinho morria. De todas as minhas merdas que ele me apoiava ou até me ajudava. De quando ele tirou uma tarde para me ensinar a matéria de matemática. De quando fugimos na madrugada para um passeio na praia, foi nesse dia que eu descobri que é muito perigoso deixar o Noah no volante, mas foi divertido. De quando fizemos uma guerra de quem tomava mais sorvete e congelamos o cérebro. De todas as nossas danças loucas. De quando eu vi o Noah chorar pela primeira vez e eu o deixei deitado no meu colo, eu enxugava as suas lágrimas e fazia cafuné nos seus cabelos até ver que ele se acalmou por inteiro. Da nossa segunda viagem para a praia, eu não queria entrar no mar azul, mas o Noah me segurou e ficou comigo lá dentro, as águas estavam calmas, e no final, foi um dia bem divertido. Me lembrei da nossa festa do pijama com a Shivani, nós assaltamos a geladeira, jogamos alguns jogos de tabuleiro e vídeo game, assistimos vídeos engraçados e fizemos desafios tente não rir, eu perdi em todos. Me lembrei do dia em que peguei o Noah roubando os meus Toddynhos, eu escolhi os filmes que iríamos assistir o resto do dia.
Essa última lembrança me fez sorrir, e me fez perceber também que eu tinha lágrimas nas minhas bochechas.
Me lembrei de quando o Noah sempre me abraça nos momentos em que eu mais preciso, como se tivesse um detector. Ele me abraçava e ficava fazendo graça até que eu conseguisse rir. Me lembro que quando eu o abraçava por simplesmente querer ficar entre os seus braços. De quando ele me ajudou com os meus machucados que o muro causou e etc.
E me lembrei também do tanto que eu devo ter deixado ele mal quando eu falava do Josh.
Me lembrei do nervosismo que eu tinha quando ficava perto dele, do ciúme que eu sentia quando via ela com outra pessoa e sempre me convencia de que era "ciúme de amigo". Não posso esquecer dos choques que sentia quando nossas peles se tocavam, ou de quando as borboletas invadiam o meu estômago quando eu sentia os seus lábios na minha bochecha. Lembro que o meu coração acelerava quando ouvia ele rir ou falar coisas fofas para mim. Lembro de como é bom olhar para ele enquanto ele dorme sobre a minha barriga, ou de quando eu sempre faço carinho na sua bochecha e nos seus cabelos quando isso acontece, e não posso esquecer do meu sorriso bobo.
Seco as minhas lágrimas e volto a me deitar, abraço a almofada contra mim e respiro fundo. Por que precisa ser assim?-
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𝗢𝗶, 𝗾𝘂𝗲𝗿 𝗰𝗼𝗻𝘃𝗲𝗿𝘀𝗮𝗿? ; Noart ✓
Fanfic+Em uma cidadezinha no interior da Califórnia, duas casas eram divididas apenas por um muro.. Um muro que parecia não acabar. Aquele era o limite da cidade, uma rua sem saída. Sina Deinert estava passando por problemas com sua mudança conturbada de...