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↬ Sina Narrando ↫

                   
- Eu vou primeiro! - Falo subindo em cima da cadeira.

                   
- Si, é melhor eu ir. - Fico um pouco pensativa mas logo nego com a cabeça.

                   
São uma da manhã. O Noah invadiu a minha casa e agora estamos aqui, pulando o muro para ir a casa dele. Eu estava ansiosa, não podia negar.

                   
Me sento no muro antes de pular para o quintal do Noah.

                   
Hoje Jesus disse, era para você ter escutado esse ser humano na sua frente.

                   
Uma pedra, uma maldita pedra deslizante foi o motivo da minha queda.

                   
- Aí! - Exclamo um pouco alto e mordo os lábios enquanto me encolho para segurar o meu tornozelo.

                   
- Sina? - O Noah fala e eu consigo ouvir ele se apressando para pular do outro lado. - Eu pedi para ir primeiro.

                   
- Foi uma pedra, tá legal? - Tento mexer o meu pé mas logo paro quando sinto uma dor aguda naquela região. - Cuidado, por favor! - Falo quando o Noah fica na minha frente e segura o meu pé.

                   
- Dói? - Ele fala enquanto gira o meu pé em um movimento bem lento, quase imperceptível. Balanço a cabeça freneticamente e puxo a minha perna. - Ok, consegue andar? - eu juro que queria responder sim, mas o que saiu foi um grunhido frustrado por não conseguir nem levantar por causa da dor.

                   
Mesmo antes que eu tente de novo, eu sinto um braço do Noah na curvatura por trás dos meus joelhos e o outro nas minhas costas.

                   
- Noah, eu..

                   
- Xiu, pode piorar se você não descansar o pé.

                   
- Mas não precisa.. - O Noah me levanta, com um pouco de dificuldade, mas logo começa a andar para dentro de casa como se eu fosse uma caixa vazia. Passo um dos meus braços sobre o pescoço do garoto e faço um biquinho, eu devia deixar ele fazer isso?

                   
O Noah entra em um lugar com muitas cores e instrumentos, tinham posters e todos os tipos de decorações, até uma bandeira do Brasil.

                   
- Fica aqui, ok? - Assinto logo depois que ele me deixa deitada em um sofá no canto da parede. O Noah saí do cômodo em paços leves.

                   
Pouco tempo depois o moreno aparece com uma compressa gelada nas mãos.

                   
O Noah se senta em um banquinho de frente para o sofá e coloca o meu pé em cima do seu joelho.

                   
- Com calma, sem pressa. Finge que eu sou o Michael Jackson e faz com carinho. - Falo fechando os olhos enquanto escuto a baixa risada do Noah. Sinto o pequeno saquinho gelado sobre o meu tornozelo e abro os meus olhos ao ver o cuidado que o moreno tinha ao pressionar a compressa onde estava levemente inchado.

                   
- Você não é muito boa com parkour, certo? - O Noah pergunta num tom divertido.

                   
- Eu escorreguei na pedra, já pulei muitos portões, ok?

                   
- Uhum. Nós vamos precisar manter o nosso ritmo mesmo. - O nosso ritmo, que seria mais ou menos o Noah indo para minha casa, entre essa semana, é a primeira vez que eu estou indo para casa dele.

                   
- Não, vamos ficar revezando. Nós já fizemos tudo o que podíamos na minha casa. - Olho para o moreno e vejo que ele me encarava.

                   
- Eh.. eu pensei em algumas coisas que podíamos fazer juntos. Mas a maioria foi descartada já que você machucou o pé. - Faço um biquinho e fico com uma expressão emburrada, como uma verdadeira criança. - Nós ainda podemos jogar, ou tocar..

                   
- Tocar? São uma da manhã, Noah. Vai acordar todo mundo. - O garoto sorri e solta uma pequena risada.

                   
- As paredes são a prova de som, pode ficar tranquila. - Arregalo os meus olhos mas logo Assinto.

                   
- Achei tendência. - Começo a rir e vejo o Noah me acompanhar.

                   

𝗢𝗶, 𝗾𝘂𝗲𝗿 𝗰𝗼𝗻𝘃𝗲𝗿𝘀𝗮𝗿? ; Noart ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora