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↬ Sina Narrando

Sorrio bobamente e fico olhando para o garoto que agora saía pela porta e fechava ela logo depois.

Olho para os lados e sorrio largamente, ele não se importaria, não é mesmo?

Dou uma arrumada no quarto e vou para frente do guarda roupa do Noah dando pulinhos. O que você está fazendo, SIna Deinert? Vai pegar a roupa do garoto sem permissão? O anjinho dizia no meu ouvido. Vai garota, ele é seu amigo, não vai se importar. Vai que é tua, Deinert! E o diabinho falava na outra.

Respiro fundo e abro o guarda roupa do Noah, eu nunca fui uma santa mesmo. Olho para a Janela e vejo o céu nublado, resumindo, frio.

Pego uma calça moletom cinza e.. uma blusão. Eu ia pegar um moletom rosa bebê, mas achei a blusa larga mais atraente.

O Noah vai me expulsar da casa dele a chutes, mas eu vou levar a roupa junto. Corro para o banheiro e tranco a porta do mesmo. Eu estava meio incerta disso, e se o Noah realmente odiar essa idéia? Eu vou perder o único amigo que diz aqui? Por causa de uma roupa? Ou por mexer nas coisas dele?

Perdida entre pensamentos eu já estava por baixo da água quente do chuveiro. Quando eu..??

Amarro os meus cabelos em um coque desajeitado e fecho os olhos, sentindo todo o meu corpo relaxar com a água quente caindo sobre mim.

Foi um banho rápido, mas eu me sentia mil vezes melhor e mais disposta. Me enrolo na toalha e saio de dentro do box.

Coloco as minhas roupas íntimas e logo depois a calça e a blusa do Noah.

Abro a porta do banheiro e estremeço ao sentir o vento gelado bater contra mim. O Noah ainda não estava na quarto, mas a porta estava aberta. Me sento na cama e deixo os meus cabelos caírem sobre os meus ombros.

Fico encolhida por baixo do cobertor e levo um susto ao ver o Noah entrando pela porta. Respiro fundo e me sento na cama.

— Avisa, faz sei lá.. Bate palma, vem gritando dês do começo do corredor. — Olho para o Noah que me encarava enquanto segurava a risada.

— Eu avisei que já estava vindo, mas você estava se divertindo no seu show dentro do meu banheiro. — Aperto os meus lábios e sinto as minhas bochechas ruborizarem. — Trouxe comida, baby! — Sorrio e olho para a bandeja prata que o Noah colocou sobre as minhas pernas.

— É muita coisa, não precisava. — Solto uma baixa risada e levo um morango até a boca.

— Eu trouxe um pouco de tudo, não sabia do que você gostava. — Assinto e volto a comer os morangos.

— Noah? — Ele me olha com um olhar questionador. — Os seus pais sabem.. que eu estou aqui? — Ele sorri de canto e assente. Arregalo os meus olhos e faço um biquinho. — Mas.. o que eles falaram? Eu pulei esse muro as uma da manhã, Jacob! Não sabiam que eu ia vir. Cara. Eu..

— Se acalma, Si! — Ele fala num tom divertido. — Eu disse que você estava com problemas em casa e deixei você passar a noite aqui. — Assinto e respiro fundo. — Porém.. — Sinto o meu corpo tensionar enquanto olho para o moreno e levo um pedaço de torta até a boca em câmera lenta. — A minha irmã conhece o meu grupo de amigos e sabe que você não está nele.

— A.. — Dou um sorriso nervoso.

— Mas não precisa se preocupar, ela é confiável. — Acabo rindo pela cara que ele fez. — E você? A sua mãe não percebeu que você fugiu na madrugada? — Meu sorriso deu uma vacilada, mas eu logo volto a me recompor.

— Eu queria que ela percebesse, mas nenhuma mensagem ainda! — Mostro o meu celular e olho para as comidas na minha frente.

— Hum, meus amigos vão passar aqui hoje. Quer ficar para conhecer eles? — Fico um pouco pensativa e assinto.

— São quantas pessoas?

— Espera.. — Rio olhando para o moreno. — 13! — Arregalo os meus olhos e minha boca se abre em um perfeito "o".

— Uau!

— Sabe o que eu estava pensando? — Calma, Sina. Não responda! Balanço a cabeça negativamente. — Eu posso ter muitos amigos, mas você é a que eu me sinto mais.. confortável. Eu confio em você! — Sorrio largamente e seguro as bochechas do Noah.

— Olha como você é fofo! — Deixo um beijo em uma das suas bochechas e volto a me sentar direito na cama. Pego um croissant e mordo o mesmo. Reviro os meus olhos e deixo um suspiro escapar ao ver que era doce, eu estava me sentindo no paraíso.

𝗢𝗶, 𝗾𝘂𝗲𝗿 𝗰𝗼𝗻𝘃𝗲𝗿𝘀𝗮𝗿? ; Noart ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora