#🍁 - owner of my heart; kim doyoung

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As pessoas que passavam por mim, me olhavam como se eu fosse louca.

Não julgo, olharia do mesmo jeito para alguém que estivesse rodando o prédio - isso inclui meu próprio apartamento, os corredores, a portaria e as ruas mais próximas - há quase quinze minutos, chamando pelo seu cachorro com nome de gente.

Doyoung - Ou Dodo, como eu costumo chamá -lo - simplesmente sumiu. Do nada. Quando cheguei em casa, ele não estava na minha cama - onde mais ama ficar - e muito menos na sua.

De primeira fiquei tranquila, vai que ele só foi no banheiro. O problema é que um cachorro não demora mais de dois minutos no banheiro.

Depois dos dez, eu enlouqueci. Já tinha procurado no corredor umas trocentas vezes e nada. O jeito foi sair por aí chamando ele.

- Doyoung! Kim Doyoung, é melhor voltar logo antes que as coisas piorem pro seu lado! - esbravejei.

Sim, ele tem nome é sobrenome.

Meu sobrenome.

- Eu juro, que se você estiver co...

Fui interrompida por uma mão em minha cintura, me girando para trás.

- Jura o que, se eu estiver fazendo o quê? - perguntou calmamente, pendendo a cabeça para o lado.

- Juro que te bato se você estiver comendo alguma cadela no cio por aí - respondi, cruzando os braços.

- Eu não estava comendo nenhuma cadela, ok? Eu sou fiel a minha dona.

Agora foi sua vez de cruzar os braços.

- Está dizendo isso no sentido literal ou figurado?

- Literal - respondeu e eu arqueei uma sobrancelha.

Suas duas mãos, foram de encontro a minha cintura novamente, me fazendo amolecer por dentro.

- Além de eu ser seu fiel cachorrinho de estimação, você é literalmente a dona do meu coração.

- Por Deus, Doyoung...

Ele deu um sorriso ainda maior quando eu enlacei seu pescoço.

- A propósito, por que saiu sem me avisar? - perguntei.

Doyoung fechou a cara e tentou se afastar de mim, mas eu o segurei firmemente.

- Vai me contar ou não? - pressionei.

- Eu vi quando você beijou aquele cara que diz ser seu amigo - disse, finalmente, contra gosto.

- Aquilo foi um acidente ok? Aliás, como você sabe disso?

Ele desviou o olhar.

- Doyoung, por acaso você...

- Sim. Eu fui atrás de você. Não confio nele...

A história aconteceu assim: ontem à noite, um amigo da faculdade veio me visitar, e como já estava tarde para ele voltar para casa e estava chovendo forte, eu sugeri que ele dormisse no meu apartamento. De manhã, quando fomos para a aula, ao nos despedirmos, acidentalmente demos um selinho, mas foi algo realmente rápido.

- E isso te deu motivos pra sair de casa sem me avisar e me deixar terrivelmente preocupada com você por quinze minutos seguidos?

- Então quer dizer que você ficou terrivelmente preocupada comigo? - perguntou presunçoso, me puxando para mais perto, agora colocando suas mãos no bolso traseiro do meu jeans.

- Esse não é o foco - disse, reunindo meus últimos resquícios de força e sanidade.

- Ah não? - provocou. - E poderia me dizer qual é? - Me puxou para mais perto ainda, ficando a centímetros do meu rosto.

- Pare - pedi, mas no fundo, essa era a última coisa que eu queria.

Sua carinha triste após me soltar, era tudo que faltava para eu me desmontar em pedacinhos e ceder a todos os encantos do meu cachorrinho de estimação.

Voltei para perto dele, e lhe roubei um selinho, o vendo sorrir.

Caminhei apressadamente para dentro do prédio, sem esperar por Doyoung e querendo me enfiar em um buraco.

Como ninguém mais sabia, e muito menos desconfiava que Dodo é um híbrido, ele rapidamente assumiu sua forma de um pequeno cachorrinho inocente, e me acompanhou até nosso apartamento.

Entrei em casa e deixei a porta aberta, afinal, eu sabia quais eram as intenções de Doyoung, e eu estava envergonhada demais para que ele me deixasse cada vez mais.

Quase dei um pulo quando algo fez um barulho estrondoso, que logo reconheço ser o som da porta batendo.

Cachorro desgraçado.

- Por que você brinca tanto comigo, hein? - Indagou, suas mãos descendo por meu torço, e a ponta de seu nariz em meu pescoço.

- V-você sabe que... não podemos... - eu disse, tentando recuperar o ar que saiu completamente dos meus pulmões.

- Ninguém precisa saber que eu sou seu cachorrinho de estimação. Se você quiser, eu posso ser os dois e muito mais. Só preciso que me diga sim. Apenas um sim. É só isso...

Sim ou não?

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Sim ou não?

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Oioi galerinha do meu core ♡

Muito obrigada pelos 3k :))))

Há uns dias atrás eu estive pensando se seria uma bos trazer um imagine sobrenatural pra vocês, e como eu estava sem criatividade pra escrever um "normal", decidi que seria esse mesmo.

Espero que tenham gostado, e já vou avisando que esse não vai ser o último sobrenatural 🤡

Beijão e se cuidem ♡♡♡

ɴᴇᴏ ᴄɪᴛʏ 🥀Onde histórias criam vida. Descubra agora