Aproximação

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Já era domingo à tarde e S/N estava entediada. Obito estava na casa da Rin, Kagami saiu com uma garota, e Kakashi passava o final de semana com a família, deixando a garota completamente sozinha.

S/N saiu à procura de algo para fazer e, quando estava no jardim perto da piscina, encontrou Madara lendo ao ar livre, algo bem raro já que o Uchiha geralmente se envolve em outras atividades.

S/n: Oi, meu tutor favorito - disse com uma voz carinhosa.

Madara: O que você quer, pirralha? - olhando de lado para S/N.

S/n: Droga!! Poderia parar de me chamar de pirralha? - bufou irritada.

Madara: Não, já que você se comporta como uma - rindo da cara de S/N.

S/n: Você é bem imbecil, sabia? Mas eu tenho uma proposta que pode ser melhor do que ficar aqui - disse entusiasmada.

Madara: Não me interessa - falou, olhando para o livro.

S/n: Você podia parar de ser tão arrogante. Nós somos amigos - disse cabisbaixa.

Madara: Não, nós não somos amigos. Mas diga sobre essa sua proposta? - olhou para S/N, depois voltou para o livro.

S/N ficou triste pela resposta de Uchiha, mas não desistiria fácil e faria o possível para se tornar amiga dele.

S/n: Que tal a gente ir ao shopping? Nem que seja só para comer alguma coisa? - dizia suplicando com o olhar. - E eu quero ir, como os meninos não estão aqui para me levar, só sobra você já que é meu tutor. - sua personalidade agora mostrava arrogância.

Madara: Você é bem chata, garota. Vamos logo então. - Levantou-se da mesa.

S/N foi até seu quarto, pegou sua bolsa e logo desceu até a garagem, onde Madara esperava por ela, seguindo rapidamente para o shopping.

Assim que chegaram, S/N puxou Madara pelo braço até uma lanchonete. Ela pediu um hambúrguer com milkshake de chocolate e Madara um café expresso meio amargo.

Madara: Você realmente age como uma pirralha, sabia? - diz com um sorriso ladino olhando para S/N, que estava ansiosa pela comida.

S/N: Hã? - percebe o que estava fazendo e para imediatamente. - Já que estamos aqui, poderíamos conversar, não é? - diz, encarando-o.

Madara: Conversar sobre o que? - olha para S/N com uma cara de tédio.

S/N: Se lembra que eu iria falar com Kagami sobre a relação de vocês. Pois bem, eu não me escutou, porém... - é interrompida pela garçonete.

A mesma entrega os pedidos de cada um e faz algo estranho com Madara. Ela estava dando em cima do Uchiha, que retribuía. Mas logo foi atender os outros clientes.

Madara: Como eu disse, ele não te ouviria, já que nem ouviu o Obito, que é como um irmão de sangue. - diz com um tom arrogante, tomando seu café logo depois.

S/N: Olha aqui, fica calado e não me interrompe, está certo? - encara com ódio. - Como eu dizia, ele não me deu voz da razão, então propus que ele escutasse outra pessoa em quem ele poderia confiar, meu tio Hashirama, já que vocês estudaram na mesma faculdade, não é?.

Madara: Sim, mas o Hashirama é meu melhor amigo e o Kagami sabe disso, então ele poderia pensar que a história do Hashirama é falsa. - diz ainda com arrogância.

S/N: Qual foi a parte de "não me interrompe" que você não entendeu? Mas disso eu sei muito bem, só que eu disse a ele que meu tio não mentiria, e se caso não acreditasse, teria a Tia Mito que provavelmente conhecia a mãe dele. E sobre ele não ter acreditado no Obito, é porque o Kagami acha que ele fica do seu lado como se fosse para te agradecer por ter dado uma família para ela. - come seu hambúrguer em seguida.

Madara: Você não deveria me subestimar, pirralha. - encara S/N com um olhar malicioso. - Entendo, mas ele não deveria pensar isso.

S/N: Realmente, mas cada um tem sua ideologia de ver as coisas, e eu pedi para que tentasse ser um pouco mais legal com você até a conversa com o tio Hashi, mas isso só depende de você. - diz comendo o hambúrguer.

Madara: Volta aqui, pirralha!!! - fala um pouco alto para não chamar atenção, mas S/N corre em direção a três rostos familiares, deixando Madara para trás.

Naruto, um loiro de olhos azuis, é o primeiro a vê-la.

Naruto: S/N, há quanto tempo! Eu estava morrendo de saudades. - corre em direção à garota, dando-lhe um abraço apertado.

S/N: Eu também estava com saudades de você. - se separa do abraço e encara os outros dois. - Eu também senti saudades de vocês, não vão me dar um abraço? - fazendo uma cara triste.

Lee: Ah, S/N, você não sabe o quanto eu senti saudades de você e das nossas competições. Ter que esperar até o próximo mês para entrar na Universidade para podermos fazer isso de novo é torturante. - suas lágrimas descontroladas escorriam.

S/N: Não se preocupe, eu e o Gay estaremos esperando vocês. - diz, se separando do abraço sufocante do amigo e indo abraçar o outro.

Sasuke: Fez aquele drama todo da mudança, mas continua em Konoha, tsc, que pirralha. - recebe um cascudo da amiga.

S/N: Que consideração, hein? - diz fingindo estar zangada com o moreno.

Uma figura alta de cabelos negros se aproxima de S/N, encarando os amigos dela que estavam à sua frente. O olhar dessa pessoa era profundo e raivoso, o que gerou medo em Naruto e Lee.

Madara: Você tem algum problema? Saiu correndo igual uma maluca e deixou a conta para eu pagar. - reclamava com S/N, que virou-se para o encarar.

S/N: Desculpe, mas eu estava com muita saudades dos meus amigos. - apontava para os garotos.

Sasuke: Olá, tio. - fala sério como sempre.

Madara: Olá, Sasuke. Desculpe minha falta de educação, Naruto e Lee. - cumprimentava os outros dois.

—O-oi. - disseram em uníssono.

S/N: Você é tio dele? - pergunta incrédula. - E claro, vocês são Uchihas. - bate a mão em sua testa.

Madara: Eu considero o Fugako como um irmão, mas na verdade somos primos. - dizia indiferente com a garota, que percebeu.

S/N: É melhor irmos embora. - disse um pouco zangada.

S/N e Madara se despedem dos meninos e vão para onde o carro estava estacionado, entram no carro e vão para casa. No caminho, ambos estavam com raiva, o que tornou o trajeto silencioso e com um clima pesado.

...

Todos já haviam chegado e jantado. S/N estava no seu quarto, como de costume, terminando algumas coisas da Universidade, quando seu celular toca. Era seu pai, ele a ligava por Facetime.

Tobirama: Oi, filha, estava com saudades. - o Senju parecia cansado.

Os olhos de S/N se encheram de água; fazia uma semana que o pai não ligava, e ela até pensou que poderia ter acontecido algo.

Tobirama: Meu pedacinho de céu, o que houve? - não estava entendendo ela estar com as mãos nos olhos.

S/N: Tobirama, seu cabeça oca, eu estava com muitas saudades. Faz um bom tempo que não me ligou, eu pensei no pior. - chora ainda mais por causa de seus pensamentos.

Tobirama: Me desculpe, princesa, as coisas estão uma correria por aqui, acabo não tendo tempo e quando tenho, aproveito para dormir. - dizia triste por ter causado preocupação em sua filha. - Mas vamos falar de você, o Madara disse que você estava saindo com um garoto. - seu olhar agora era sério.

S/N: Ele virou um fofoqueiro agora foi? Sim, eu estou, só que não é nada sério por enquanto, mas ele é gente boa, o senhor adoraria conhecê-lo. - dizia com uma cara boba ao lembrar do Hatake.

Tobirama: S/N, lembra do que eu te falei, é bom ter cuidado quan... - é interrompido por sua filha.

S/N: Eu sei, pai, muito bem dessas coisas, não precisa falar, mas não houve nada. - seu rosto estava vermelho, a garota morria de vergonha de falar sobre sexo com o pai.

Depois de algum tempo, S/N se despediu do pai, pois percebeu que não aguentaria mais, e desligou o telefone, indo dormir mais cedo, já que também estava cansada de não fazer nada.

Não Deveria Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora