Uma nova família

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São 9:00 horas quando o despertador toca. Droga! Maldita ressaca que me possui. Levanto-me, faço minha higiene matinal e desço para tomar café, e acabo me deparando com uma pessoa linda de cabelos brancos.

Tobirama: Bom dia, filha — ele fala sem tirar os olhos do celular. — Pensei que fosse dormir mais.

S/n: Hum... - faço a pior cara possível.

Tobirama: Vai ficar fazendo birra até quando, S/n? — diz chateado, com o queixo apoiado na mão.

S/n: Eu fazendo birra? Admiro-me que ainda esteja aqui! Pelo que me lembro, você disse que não ia me levar e sim o tio Hashi - continuo comendo minhas panquecas.

Tobirama: Eu queria passar um tempo a mais com você — diz tristonho.

S/n: Se quisesse mesmo, não me levaria para morar com um estranho que pode ser um psicopata ou estuprador. Preferia que fosse com você ou então que deixasse eu morar aqui, já que sou maior de idade, ou até mesmo o tio Hashi poderia vir morar comigo — digo alterada.

Tobirama: São três semanas discutindo a mesma coisa — fala balançando a cabeça negativamente, com os olhos fechados. — Primeiro, ele não é nada disso que você diz, é uma pessoa boa, um pouco arrogante para ser sincero, mas também é o melhor amigo do Hashirama. Segundo, ele não é um estranho; você adorava mexer no cabelo dele quando pequena. Terceiro, você não tem total responsabilidade para morar sozinha, e seu tio tem uma família que já está acostumada a morar lá. Quarto, você é uma pessoa que tem dificuldade em se adaptar a coisas novas muito rapidamente, e eu não tenho um tempo fixo nos lugares, além de você estar prestes a começar uma faculdade.

S/n: Tudo bem, Tobirama, você venceu — digo com as mãos levantadas, rendendo-me — agora posso tomar meu café sossegada?

Tobirama: Claro que pode, mas seja rápida, são quase uma hora e meia de viagem — fala terminando de tomar seu café.

Já são 09:45 e estamos de saída. Encaro a casa onde cresci uma última vez e adentro no carro.

Tobirama: Não precisa desse drama todo — ele dá partida no carro e começamos a andar — você ainda vai continuar morando em Konoha e vendo seus amigos, mas será em outra casa — diz sério, focado na estrada.

S/n: Tudo bem, pai. Por favor, me deixe tirar um cochilo aqui — me ajeito no banco até achar uma posição confortável.

Tobirama: Você não deveria ter voltado àquela hora e nem bebido, sabe como é para a bebida, mas tudo bem, pode dormir, não vou te incomodar mais.

A viagem foi bem demorada. Consegui tirar alguns cochilos até chegarmos a um condomínio de luxo. Fiquei admirada; havia casas uma mais chique que a outra.

Paramos na 8ª casa, uma das mais bonitas até onde dava para ver. Era branca com detalhes azuis escuros, possuía três andares e era bem extensa. O jardim era habilmente cuidado, cheio de flores e arbustos, e tinha o símbolo da família em frente.

Fiquei meia hora admirando tudo. Bom, parece que não será tão ruim morar aqui.

Tobirama: Bom, chegamos! É aqui que você vai morar - desliga o carro e em seguida tira o cinto — Pode ir descendo, eu pego suas coisas.

Desço do carro e fico encarando a casa, pensando como será morar ali. Mas o jeito é esperar para ver.

Não Deveria Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora