Saudades delas

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Um dia após a briga entre Madara e s/n, tudo estava "resolvido", mas nenhum dos dois havia pedido desculpas um ao outro. O diálogo entre os dois se limitava a um bom dia, boa noite ou tchau, não passando de duas palavras.

A Senju troca de roupa em seu quarto, optando por uma totalmente preta.



Ela desce e vai para fora da mansão, onde um Uber já a esperava, com destino pronto.


.................MADARA POV'S.....................

O Uchiha mal tinha chegado à empresa e já estava estressado. Pilhas e pilhas de papéis, pessoas insuportáveis para aturar, reuniões para ir e o peso de não ter se desculpado com s/n, era uma das coisas importantes que ele havia esquecido.

Ele não era muito bom com datas; já havia até mesmo esquecido seu aniversário diversas vezes, mas havia alguém naquele prédio que podia ajudá-lo.

Madara: Misa, venha até aqui agora e traga minha agenda do ano passado! - em seguida, desliga o telefone.

Não demora para que a secretária chegue com a agenda nas mãos.

Misa: O que o Sr. deseja com ela? - pergunta, já com a agenda aberta.

Madara: Veja se há algo diferente nesse mesmo dia do ano passado. Tenho a sensação de estar esquecendo algo... - diz sério, apoiando a cabeça em uma das mãos.

A secretária folheia rapidamente a agenda até chegar no mesmo mês e dia de hoje, observando cada palavra escrita, parando em algo que lhe chamou atenção e também lhe deu uma pontada no peito.

Misa: Sr., é o aniversário de morte dela - diz fraca, pois a pessoa de quem se tratava foi alguém muito especial para Madara.

Agora tudo fazia sentido para ele; isso explicava a maneira como agiram alguns dias antes.

Madara: Remarque a reunião para amanhã, ligue para Kagami e Obito e avise a eles para irem ao cemitério. Não voltarei para a empresa hoje. - levanta-se apressado da cadeira e Misa apenas concorda.

Ele desce até o estacionamento, pega seu carro na área reservada para ele e segue até o cemitério, passando antes na floricultura.
.........................S/N POV'S........................

S/n chegou ao seu destino e observou cada canto daquele lugar que só trazia dor. Ela entra e vai até o túmulo de sua mãe. Vê uma lápide escrita "Senju Hany", ajoelha-se e coloca as flores favoritas dela, que costumava ganhar de Tobirama quando namoravam.

S/n: Ah, mãe, não sabe o quanto sinto a sua falta, o quanto seria importante se estivesse aqui comigo... - soluçava entre as lágrimas, o coração apertado pela ausência. - Não que o papai seja ruim, ele sempre cuidou de mim, mas sinto um vazio, uma lacuna que somente a senhora preenchia. Agora que está viajando, me deixou morando com Madara. Ele me disse que vocês eram melhores amigos na época da faculdade... Ah, mãe, andei refletindo sobre meus sentimentos e concluí que estou sentindo algo que o senhor Tobirama não vai gostar... - um riso nervoso se mistura com as lágrimas. - É como se meu coração tivesse escolhido um caminho, uma direção inesperada. Gosto do Madara, mas sinto o peso dessa escolha, da possibilidade de desapontar ou envergonhá-la por gostar de alguém tão mais velho... Isso aconteceu do nada, é confuso e avassalador, e sei que o papai não entenderia, ele me veria como uma tola. Mas é real, mãe. Este sentimento, por mais impossível ou inadequado que pareça, é forte e verdadeiro, como se fosse um fio invisível que me conecta a ele. Eu... me sinto perdida, confusa, e, ao mesmo tempo, plena e incompleta. É um turbilhão de emoções, um desejo intenso e incontrolável que não sei como lidar... - soluçava entre as palavras, deixando-se levar pela corrente de sentimentos que a consumiam naquele momento tão doloroso.

Não Deveria Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora