Capítulo 4

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Hanna P.O.V

No final do dia, bateram na porta da minha sala, deixei entrar, pois pensei que se tratava de Gael, mas quando levantei o rosto, vi que não era meu amigo que estava na sala e sim o Vini.

— Oi, gatinha. - Vini disse.

— Oi, o que faz aqui? - Questionei confusa.

— Não posso mais visitar você? - Ele perguntou.

— Pode, mas isso é estranho. - Respondi.

— Estranho é você ainda estar aqui. - Vini disse.

— Hanna? - Gael perguntou, entrando na sala.

Agora a coisa vai ficar feia!
Gael e Vini no mesmo espaço, não vai prestar.

Eles se odeiam.

— O que eu perdi ? - Vini perguntou.

— Eu vou ajudar o Gael, por isso estou aqui. - Respondi me levantando.

— Entendo, você tem planos para amanhã à noite? - Vini perguntou.

— Prometi ajudar o Simon em um projeto. - Menti.

— Então nos vemos depois. - Vini disse e saiu, não sem antes encarar Gael.

— Pare de me encarar, Brown. - Gael disse e Vini saiu surpreso.

— Você é uma caixinha de surpresa, Gael. - Respondi e peguei em seu braço.

°°°°°°

Parei meu carro em frente ao lugar que seria o clube de Gael, descemos e ele ficou fazendo várias perguntas.

Após poucos passos, estávamos de frente para os babacas, donos do lugar, que não queriam entregar os documentos ao Gael.

— E quem seria você, mocinha? - Um dos babacas perguntou.

— Hanna Sanchez Northside, prazer. - Estendi a mão sorrindo.

Os idiotas perderam os sorrisos, eles sabiam quem eu era, e o poder por trás do meu sobrenome.

Em menos de alguns minutos, Gael tinha as chaves e os documentos necessários nas mãos.

— Você é demais, Hanna. - Gael disse, enquanto eu dirigia até nossas casas.

— É o mínimo que eu posso fazer. - Respondi.

— Pode desabafar. - Gael disse.

Essa era uma das coisas que eu amava nele, ele sempre sabia quando eu não estava bem.

— Tudo isso tá me matando, essa pressão me sufoca, eu sinto como se não fosse eu mesma. - Falei, estacionando na frente de sua casa.

— Você perdeu sua essência. - Gael respondeu.

— Eu sei disso. - Suspirei.

— Hanna, pare de se prender e de ser quem você não é, eu sou seu melhor amigo, te conheço a anos, sei que essa não é você, porque a verdadeira Hanna, nunca sairia e faria algo que não gosta. - Gael disse.

— O que eu faço ? - Perguntei.

— Se liberte. - Ele respondeu, beijou minha bochecha e saiu.

Observei Gael caminhar até sua casa, passando a bengala no chão, ele estava certo.

°°°°°°

Entrei em casa, encontrando meu pai sentado no sofá, lendo um livro.

— Cheguei, cadê a mãe e o Simon ? - Perguntei e ganhei sua atenção.

— Sua mãe está falando com alguém no telefone e Simon está no quarto. - Meu pai respondeu e me olhou.

— Podemos conversar? - Perguntei.

— Claro. - Ele respondeu.

Andei lentamente e sentei ao lado do meu pai.

— Tem problema eu me afastar da D.S Company? - Perguntei.

— Claro que não, podemos falar com o Simon e ele pode ficar no seu lugar. - Ele respondeu.

— Não quer saber o motivo? - Questionei.

— Você tem suas razões, mas saiba que pode contar com nós pra tudo. - Meu pai disse e me abraçou.

Retribui o abraço sorrindo, meu pai era melhor com concelhos que minha mãe.

— SAMUEL - Minha mãe gritou e apareceu pálida na sala, acompanhada de Simon.

— O que houve? - Meu pai perguntou preocupado.

— Eles fugiram. - Minha mãe respondeu.

Antes que qualquer um pudesse se manifestar, passos foram ouvidos vindos da cozinha, olhamos na direção do corredor e vimos dois homens, um com cabelos castanhos, alto e outro mais baixo, de cabelos vermelhos e com uma cicatriz na testa.

— Olá, irmãzinha. - O ruivo disse.

Parece que temos problemas.

Quase Opostos.Onde histórias criam vida. Descubra agora