Hanna P.O.VNossos pais ficaram surpresos em nós ver, acho que estão surpresos pelo fato de Simon estar inteiro, depois que eu ameacei mata- ló e jogar os restos aos cachorros do tio Luan.
Foi na hora da raiva, o máximo que eu poderia fazer é raspar o cabelo dele.
— Hanna não me esganou, se é isso que estão se perguntando. - Simon disse.
— Meu medo era que ela fizesse algo pior. - Nossa mãe disse.
— A falta de fé de vocês em mim, me impressiona. - Falei.
— O que vocês aprontaram hoje? - Nosso pai perguntou.
— Um jantar em comemoração ao vigésimo segundo aniversário de casamento de vocês. - Simon disse.
— E por isso, vocês vão jantar e passar a noite sozinhos, enquanto nós dois vamos pra casa dos nossos avós. - Falei.
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Depois que saímos de casa, fomos pra casa dos nossos avós, que amaram nos ter lá.
Após o jantar, Simon e eu fomos para nossos quartos, enquanto o sono não vinha eu olhava as gavetas, ate que achei algo estranho.
— Simon? - Chamei, batendo na porta.
— Que foi ? - Simon perguntou abrindo a porta
— Achei uma reportagem antiga. - Falei.
— Me chamou pra isso? - Ele perguntou.
— Não, praga, a reportagem estava junto de outros papéis, entre eles haviam uma cópia da minha certidão de nascimento. - Eu disse e entrei no quarto.
— Calma aí, você foi adotada por nossos pais e meu padrinho nunca achou sua certidão de nascimento. - Simon disse.
— Exatamente. - Respondi.
— Qual o assunto da reportagem? - Meu irmão perguntou.
— É uma reportagem que fala do acidente dos nossos avós e da morte da nossa avó materna, mas tem outra reportagem que fala sobre o divórcio do presidente da Noruega. - Respondi e entreguei os papéis a ele.
— Ei, aqui também tem papéis do divórcio de um casal...que bate com a época que você foi morar nas ruas. - Simon falou.
— Você acha que...que esse casal podem ser os meus pais biológicos? - Questionei.
— Talvez, tem o nome da empresa de advogacia que eles foram, podemos ir lá. - Simon disse.
Eu assenti, não confiando em minhas próprias palavras, Simon me abraçou de lado, ele havia herdado a indelicadeza de nossa mãe, mas era carinhoso como nosso pai.
Eu nunca quis saber quem eram meus pais biológicos, eles me deixaram nas ruas com apenas cinco anos, então eu deduzi que eles não me queriam, não havia motivos pra procurar por eles, ainda mais quando Samuel e Tamires me deram tudo o que eles não deram.
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No dia seguinte, meu irmão e eu estávamos parados na frente de um grande prédio, com várias janelas de vidro e um grande letreiro, onde estava escrito M.J Advocacy.
— Calma aí, o que vamos fazer aqui ? - Questionei.
— Vamos dizer que estamos procurando pelo casal Clark e que precisamos falar com eles urgentemente. - Ele disse.
— Você parece empenhado nisso. - Falei, enquanto caminhavamos pelo prédio.
— Dei uma olhada naqueles papéis, parece que nosso avô está tendo um caso extraconjugal. - Meu irmão disse.
Antes que eu pudesse falar alguma coisa, paramos em frente a uma recepcionista ou secretaria.
— Bom dia, os senhores tem hora marcada ? - Ela perguntou.
— Estamos atrás de um casal e aqui é a última pista que temos deles. - Eu disse.
— Acho que estão no lugar errado. - A mulher disse.
— Eu falei que não íamos achar nada sobre os Clark aqui, mas você não me ouviu. - Simon disse.
— Estão procurando pelos Clark? - Uma voz feminina perguntou e ela vinha de trás de nós.
— Sim. - Meu irmão e eu respondemos .
— Não acredito que aqueles cretinos devem dinheiro aos Northside também. - A mulher disse.
Olhei para Simon confusa e surpresa, parece que essa história está longe de terminar.
* Matérias encontradas pela Hanna.
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Quase Opostos.
Teen FictionCom pais amorosos, um irmão mais novo carinhoso e um namorado cuidadoso, a vida de Hanna não podia estar melhor, mas a vida resolveu ser cruel com ela, ter muita pressão sobre si mesma e deixando a profissão dos sonhos de lado, ela encontrou apoio n...