Capítulo 14

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Hanna P.O.V

Simon estava mais travado que relógio quebrado, então eu resolvi agir.

— Eles também nos devem dinheiro e quem é você? - Questionei.

— Lizzie Miller Jones, advogada e dona da empresa. - Ela me estendeu a mão.

— Hanna e Simon Sanchez Northside, acho que sabe quem somos. - Apertei sua mão.

— Podemos conversar em particular? - Simon perguntou, saindo do transe.

Lizzie assentiu e pediu que a seguissemos até a sua sala, claro que no caminho Simon perguntou algumas coisas.

Meu irmão sabia ser problemático.

Quando entramos na sala de Lizzie, havia outro homem lá, ele parecia com ela, deduzi que fossem irmãos.

— Tá fazendo o que aqui, Luke? - Lizzie perguntou.

— Não posso mais visitar minha amada irmãzinha gêmea? - Luke disse.

Lizzie revirou os olhos, mas o abraçou.

Depois de uma rápida apresentação, a mulher começou a contar o problema que teve com os Clark.

— Eles chegaram aqui dizendo que queriam se separar, não somos daqui e tivemos que passar pelo menos um mês aqui, no final eles sumiram no mapa e nunca pagaram o que deviam. - Lizzie explicou.

— Eles não passam de bandidos, foi mal, Hanna. - Simon disse.

— Como eles enganaram vocês? - Luke perguntou.

— A gente mentiu, nunca nem vimos os Clark, mas achamos uns documentos importantes e tem o nome dessa empresa neles. - Eu disse.

— Que documentos? - Lizzie perguntou.

— Umas matérias, que envolvem um - Simon falava, quando foi interrompido.

— Espera,  você é filha deles, não é? Eles falaram na filha uma vez, disseram que a menina faria eles terem uma fortuna. - Luke disse.

— Como assim? -  Perguntei confusa.

— Parece que eles planejavam algo grande para a filha deles, que na época estava aos cuidados de uma tia. - Lizzie disse.

Inferno que tava!
Eles planejavam me abandonar desde cedo!

Meu irmão e eu nos despedimos dos gêmeos, e saímos da empresa em direção a casa dos nossos pais.

Minha mente estava uma bagunça.

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Quando estacionei na garagem de casa, deixei que Simon entrasse e segui para o jardim da casa de Gael, onde ele estava parado.

— Posso não ver, mas sei que você está pra baixo. - Gael disse.

— Descobri o que não queria. - Respondi.

— O que foi? - Ele perguntou.

— Descobri que meus pais biológicos não prestavam ou prestam. - Respondi suspirando.

— Que barra. - Ele disse e colocou as mãos nos meus ombros.

Encarei os olhos de Gael, ele tinha um brilho diferente nos olhos, de repente lembrei de todos os momentos bons ao lado dele, de todas as vezes que eu precisei de apoio e ele estava ali.

Caramba, como eu fui tão cega ?

Gael era cego e percebia as coisas melhor do que eu.

— Eu sempre amei você, mesmo que você tivesse com o Vinícius. - Gael confessou.

— Você ainda me ama ? - Perguntei.

— Nunca deixei de amar. - Ele respondeu.

Ah, que se danem os vizinhos fofoqueiros e os repórteres, eu já havia perdido muito tempo me preocupando com o que os outros pensariam de mim, eu estava mudando, isso incluía não ligar para os fofoqueiros de plantão e fazer o que eu queria.

Levei minhas mãos ao rosto de Gael e o beijei.

Fazia menos de uma semana que eu tinha terminado um relacionamento, mas não estava ligando pra isso no momento.

Quase Opostos.Onde histórias criam vida. Descubra agora