Capítulo 12

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Hanna P.O.V

Eu ainda mato o Simon!

Aquele peste programou um jantar em comemoração as bodas de louça de nossos pais, me acordou às seis da manhã, me arrastou pra cozinha e sumiu.

Que inferno, eu mato ele!

— Abelhinha? - Apareceu o cara lavado.

— Apareceu a margarida. - Respondi.

— Está de mal humor? - Simon perguntou.

— Simon, eu estou de pijama, na cozinha, desde às seis da manhã, sério mesmo que você quer que eu responda. - Olhei pra ele.

— Bom, eu tirei nossos pais de casa, eles foram ver nossos avós, então temos que começar a trabalhar. - Ele respondeu.

— Oh peste, o plano era um jantar, não você me acordar cedo. - Falei.

Nessas horas eu queria ter um tijolo pra acertar na cabeça dele.

— E vai ser um jantar, só que eu tenho um plano maior do que só isso. - Ele disse.

Simon estava parado do outro lado do balcão e distante de mim, ele sabia que na primeira oportunidade que eu tivesse, eu acertaria algo na cabeça dele.

— Tipo o que? - Perguntei.

— Acha que consegue fazer o prato preferido deles? - Simon perguntou.

— Qual é o prato? - Questionei.

— Rocambole. - Meu irmão respondeu.

— Consigo. - Respondi.

Simon se aproximou cautelosamente e me explicou o resto do que ele planejava para o dia de hoje.

Ele só precisava resolver tudo sem que nossos pais soubessem, por isso convenceu os dois a visitarem nossos avós.

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Fiquei o resto do dia na cozinha, já que depois de fazer o prato preferido dos meus pais, eu fiz mais algumas comidas.

Caramba, quanto tempo eu não cozinhava assim? Seis meses? Um ano?

A praga do meu irmão chegou por volta das seis da tarde, me ajudou a colocar a mesa e subimos pra trocarmos de roupa e tomar um banho.

Quando terminei de me arrumar, desci e encontrei Simon olhando pela janela.

— Se você pular essa janela, usando esse terno, eu te esgano. - Falei e ele me olhou.

— Estragou meus planos. - Ele disse rindo.

— O que foi? - Perguntei parando ao seu lado.

— Você nunca parou pra pensar em como seria a nossa vida, se nossos pais não estivessem juntos? - Simon perguntou.

— Claro que já, eu teria crescido nas ruas ou em um abrigo. - Respondi.

— A vida séria chata sem você. - Simon disse.

— Seria chato viver sem você, praga. - Respondi.

— Você me ama que eu sei. - Ele disse.

Balancei a cabeça sorrindo, meu irmão era um figura, mas eu amava aquela praga.

Olhei pela janela e vi o céu estrelado, meu irmão passou o braço sobre meus ombros, ele tinha o olhar fixo na lua.

— O Gael gosta de você. - Simon disse.

— Eu sei disso. - Respondi.

— Você devia falar com ele, já faz um tempo que você terminou com o zangão falsificado. - Ele disse.

— Vou falar com ele, mas me dá um tempo. - Respondi.

— Dou o tempo que você quiser, mas se enrolar demais, eu tranco os dois na dispensa lá fora. - Ele disse.

— E quando você vai parar de pensar na minha vida romântica e focar na sua? - Perguntei.

— Quando a mulher certar aparecer. - Respondeu.

— Espero que ela apareça logo. - Falei.

Simon sorriu e apontou para o carro de nossos pais que chegava na garagem, saímos da janela e ficamos parados próximos a entrada da sala de jantar.

Belisquei o braço do meu irmão, que me olhou estranho.

— Nunca mais me acorde às seis da manhã e me arraste pra cozinha, ou eu vou raspar o seu cabelo. - Ameacei.

— Bruxa. - Ele disse e a porta abriu.

Quase Opostos.Onde histórias criam vida. Descubra agora