Capítulo 2 - Fragilidades escondidas

71 6 0
                                    

  "Uma mesa de madeira simples e gasta residia sozinha naquele espaço, sem cadeiras ou bancos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  "Uma mesa de madeira simples e gasta residia sozinha naquele espaço, sem cadeiras ou bancos. Em nenhuma das direções que se olhava, era possível ver algo além daquele móvel e a escuridão.

          Conforme se aproximava, um sentimento de expectativa brotava em seu peito, juntamente a uma sensação de medo.

          Chegando perto o suficiente para tocar com as pontas dos dedos na madeira trabalhada, sentiu seus sulcos e relevos, conforme a avaliava melhor. Reparou que sobre ela, residiam uma pequena pena e um pedaço de pergaminho.

          Esticando o braço, tentando alcançar os objetos, sentiu algo atrás de si. Era como uma presença antiga e perigosa, mas também tentadora.

          Rodeando o ambiente e envolvendo a mesa, alguma coisa se movimentava. Parecia se assemelhar a tecidos em tons arroxeados e azulados bem escuros. Rodopiavam perto de seus pés, parecendo provocá-lo.

          Continuou observando, enquanto aquelas coisas se aglomeravam e assumiam uma forma à sua frente. E conforme se construía, um doce sussurro ecoou:


          - Pobre Kain. Mesmo livre, continua preso às amarras que julgara ter se livrado. Sabe que nosso momento de negociação se aproxima e que não me importo em esperar. Mas quero que lembre, que sempre que precisar, estarei aqui. Basta pensar em mim..."


          A dor o tirou de seu sonho, fazendo-o urrar. Tentava se contorcer, mas sem sucesso, pois cada movimento trazia aquela horrível sensação, impactando todo o corpo.


          -Vai com calma. Você não está bem o suficiente ainda. Soou uma voz feminina, em um tom calmo.

          - Quem... Quem está...


          E antes de conseguir terminar a pergunta, Kain havia apagado novamente.



          A queimação em seu estômago e seu ombro fizeram o elfo acordar. Encarava um telhado de madeira, tentando focar a visão ainda embaçada. Apesar de não saber onde estava, tinha a impressão de que fora ajudado por alguém.

          Fechara os olhos, tentando recordar da última cena que vira, mas era tudo praticamente um borrão. As poucas coisas de que conseguia lembrar eram uma tatuagem, uma criatura rosada e uma voz familiar.

          Respirando profundamente, colocou força nos braços, caindo em seguida, a dor o consumindo. Percebeu que estava sem camisa, provavelmente devia ter sido rasgada.

          Quando começara a se virar para ficar sentado, tentando entender onde poderia estar, uma voz falou:


A Cidade MecânicaOnde histórias criam vida. Descubra agora