Capítulo 9 - Escolhas feitas

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          Kain ficara anestesiado por algum tempo, sentado no chão daquele salão vazio e empoeirado

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          Kain ficara anestesiado por algum tempo, sentado no chão daquele salão vazio e empoeirado. Os sons da batalha que era travada do lado de fora pareciam não afetá-lo naquele momento de negação.

          Encarava a janela por onde o amigo sumira pouco tempo atrás, antes de deixar claro suas intenções: não iriam continuar o que quer que estivessem tentando fazer acontecer. E sentia que era por sua culpa.

          O peito doía tanto que mal lembrara da perna machucada. Os sentimentos começavam a vir à tona, deixando-o em um caos interno. Lembrara da noite em que saíra da UAO sem se despedir, utilizando da ânsia por desbravar os segredos que existiam pelo mundo para subjugar aquela pequena dor em seu peito.

           Agora, aquela parte, por menor que fosse, parecia ser uma facada profunda que perfurara sua carne sem cessar.

          Fora só quando um estrondo ecoara, fazendo o prédio tremer, que conseguira sair daquele estado de choque. Reunira forças para ficar em pé, respirando fundo para tentar acalmar-se, partira para uma janela localizada no que seria a frente do estabelecimento.

          Olhando para o lado de fora, vira o autômato com um braço a menos, tentando pisotear o centro da praça. Aos seus pés, a kishin e o anão pareciam dançar em sincronia, desferindo golpes e esquivando ao mesmo tempo que as armas brilhavam ao chocar-se com o metal.

          Fazendo esforço, pulara o batente e saíra de onde estava escondido, contornando com cuidado a cena, buscando não ser avistado pela máquina. Aparentemente, a polícia estava no local e a situação parecia estar sendo controlada, apesar do caos.

          Artemis notara sua presença de relance e acenando com a cabeça, indicara a direção de onde o inimigo viera. Kain retribuíra o gesto e virando-se, passara praticamente desapercebido pelos guardas. Quando sozinho, disparara descendo a rua, a perna o lembrando da ferida recém curada por meio da dor, mas ignorou-a e continuou a avançar.

          Olhava para os pedestres, procurando pela silhueta do amigo, mas não o avistava em lugar nenhum.


          "Ele está em Alberich a mais tempo que eu. Deve saber se mover sem ser avistado", pensara.


          Parou em meio a uma das veredas do lado leste da cidade. Tentava se localizar, quando notara uma enorme coluna de fumaça em certo ponto. Fora quando uma ideia lhe ocorrera.

          Caminhava o mais rápido que conseguia e após alguns minutos, avistara o local. Era um barril no meio de uma praça, com uma pequena porta instalada de onde vertia uma grossa cortina de fuligem escura.


          "O Fumaça. Era daqui que o bilhete falava!", comentara para si mesmo, dentro de sua mente.

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