Capítulo 10 - Planos em ação

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          Aquela sala sempre parecera opressora, mesmo agora que estava em um alto cargo na facção

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          Aquela sala sempre parecera opressora, mesmo agora que estava em um alto cargo na facção. E toda vez que o chefe o chamava, o mesmo semblante de tédio era colocado, buscando esconder o medo e apreensão.

          Os corredores estavam movimentados, visto que a última ação do grupo resultara em um pequeno caos na Cidade das Mil Portas.

          Passara pela ala de experimentos, a passadas rápidas, tomando um acesso à esquerda que se abrira em uma enorme passarela de ferro suspensa por cabos. Conforme avançava, verificava o chão abaixo, avaliando os funcionários encarregados da construção dos objetos mecânicos.

          Estavam adiantados nos planos propostos pelo líder. Aquelas máquinas iriam marchar por Alberich e mostrar a todos como a magia era superestimada e fraca. Bastava apenas a última peça do quebra cabeça, cujo paradeiro era vinculada ao elfo sem corte.

          Chegando ao final do acesso, entrou por um corredor vazio e bem iluminado. Diversos quadros de representações de anões em momentos de glória durante sua história decoravam o ambiente, parecendo seguir os passos de todos que ali passavam.

          O kia já não se intimidava mais pelas pinturas. Sabia que a porta à frente era onde o verdadeiro medo residia. Parara a poucos passos de poder tocá-la, tentando ouvir o interior. Seu pressentimento dizia que o chefe poderia não estaria de bom humor depois do ocorrido.

          Adiantou-se e batera na madeira, aceitando o inevitável. Uma voz, grave, ressoara dizendo para entrar, e assim o fizera, movendo a maçaneta e se colocando para dentro.


          - Senhor. Gostaria de conversar?

          - Sim, Kola. Pode se sentar.


          O empregado continuara em pé. Nunca havia se sentado, apesar dos convites. Julgava não ser digno o suficiente para isso, sempre ficando parado, demonstrando o respeito que o chefe merecia.


          - Bom. Serei direto. Sobre o autômato solto em uma praça da cidade ontem...

          - Assumo total responsabilidade. Disparara o kia, cortando a fala do chefe. - Demoramos alguns dias para finalmente achar o elfo e quando tivemos a oportunidade, ele fugiu. Não sei de onde aquela kishin e o anão surgiram. Deveria ter previsto que haveria reforços.


          O anão que estava de costas o tempo todo virara. Seu semblante era calmo e centrado. Olhando diretamente para o subalterno, falara:


         - Não vi nenhum erro em suas ações. Coisas além de nossas mãos não podem ser julgadas como falhas. O teste foi interessante, pois colhemos bons dados sobre o quão forte nossos protótipos estão. Além disso, sabemos que o senhor Kain está junto a seu amante.

          - Dentre vários cenários, não termos aquela gema apenas tira uma de nossas peças do jogo. Fiquei tranquilo e por favor, coloque o plano em ação. Já passou da hora de Alberich começar a ver que a magia não é a única salvação. 


          Conforme terminava a fala, o líder se aproximava. Seu braço mecânico rangia enquanto movimentava os dedos de ferro. Parara próximo de Kola, encarando-o.


          - Nossas máquinas não estão totalmente finalizadas. Não queria colocá-las nas ruas fracas como estão. O chefe não merece esse tipo de humilhação! Respondera o kia, sem mudar a feição que mantinha desde que entrara.

          - Ah, meu pequeno. Não precisa se preocupar com isso. Comentara o anão, voltando para sua mesa. - Afinal, eles podem não ser fortes, mas são em grande quantidade.


          E ao terminar de falar, o que parecia ser um quadro de lembretes se revelara uma parede de vidro. O funcionário lembrava do dia em que vira pela primeira vez este truque, e com um sinal de seu patrão, se aproximara, olhando para baixo, revelando um enorme galpão com centenas de autômatos similares aquele que destruíra a praça.


          - Kola. Vamos dar ao nosso amigo Kain uma amostra do que pode acontecer com quem não colabora. Mande alguns destes para a alfaiataria e me traga o elfo do inverno. Não o machuque. Apenas deixe claro que estamos abertos a negociações. Ordenara o anão.

          - Como queira, senhor Coimbra!



~FIM DA PARTE 1 ~

~FIM DA PARTE 1 ~

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