Capítulo 3 - Engrenagens em movimento

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           O grupo fora emboscado próximo ao esconderijo

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           O grupo fora emboscado próximo ao esconderijo. Quando deram por si, estavam ajoelhados no chão irregular de uma pequena sala mal iluminada, que, com exceção do kia próximo a porta, estava vazia.

          Suavam frio enquanto eram observados, o rosto do guarda não transparecendo uma única reação durante todo o tempo que ali passaram.

          Conforme os minutos correram, o silêncio passou a incomodá-los e toda aquela inquietação dentro deles os consumia pouco a pouco.


          - Por que estamos aqui? Fizemos o que nos mandou! Gritara o gnomo, quebrando a calmaria do local.

          - Não conseguiram cumprir a simples tarefa de eliminar um elfo e roubar um objeto. Retrucou o kia, sem mudar as feições.

          - Ele usou truques para nos despistar! Fora a chuva forte e aquelas ruas movimentadas. Não pudemos fazer muito! Disparara o elfo do verão, em fúria, retrucando o guarda.


          Um estrondo partiu de um dos cantos da sala, reverberando nas paredes e assustando-os. Com as respirações aceleradas e os ouvidos zumbindo, mal reagiram ao corpo do colega que acabara de falar, estirado no chão enquanto uma poça de sangue se formara abaixo de seu corpo.


          - Se não estavam preparados para tal ação, não a tivessem aceito. Algo que não admito é incompetência por medo. Ecoou uma voz grave em um tom ameaçador.


          Os três restantes tremiam, observando o colega morto. Aquele que aparentava ser o líder levantara a cabeça, encarando a silhueta que surgia na escuridão, com uma pistola em mãos.


          - Esp...Espere um pouco. Nós... Nós conseguiremos. Se tivermos uma segunda chance...


          Outro som de disparo cortara a sala e o corpo do gnomo tombara sem vida, antes de poder encerrar suas palavras.


          - Kola, por favor. Termine o serviço e venha até meu escritório. Falou a voz, desaparecendo no breu. E enquanto caminhava, dois estrondos ecoaram pelos corredores.

          - Senhor.

          - Entre, entre. Falou o homem, sinalizando com a mão.


          O kia dera alguns passos à frente, se posicionando próximo da mesa de seu superior. A sala não era luxuosa, mas tinha classe com uma decoração simples.


          - O elfo sem corte está morto? Perguntou.

          - Acredito que não, senhor. Depois que o deixei para morrer, saí do local, buscando evitar suspeitas. Quando voltei, tanto o corpo quanto o sangue haviam desaparecido. Creio que alguém o encontrara. Peço perdão pelo meu erro e estou pronto para quaisquer punições. Respondeu o empregado, se posicionando em frente ao patrão.

          - Não se preocupe com isso, Kola. Suas ações foram corretas. Isso é apenas um contra tempo. E se livrou muito bem daqueles que poderiam nos denunciar. Tranquilizou o chefe, caminhando para perto do empregado.

          - Bom. Já sabe o que fazer. Coloque todos nas ruas e negocie com os informantes. Se necessário, acione alguma guilda. Quero aquele artefato o mais breve possível. Podemos conseguir um bom negócio e ainda fortalecer nossa causa. Concluiu, dando um leve tapa no ombro do kia.

          - Como queira, senhor.


          Kola virara no lugar, se preparando para sair, quando escutou:


          - Discrição sempre que possível. Se não puder evitar, pode molhar algumas mãos.


          O empregado virou a cabeça, acenando positivamente e então saiu, fechando as portas da sala do patrão atrás de si no processo.

          Conforme se deslocava pelos corredores, passava a mão sobre sua tatuagem. A espada quebrada e a engrenagem cravados em seu corpo eram o juramento de que a magia não poderia vencer a tecnologia. E graças à sua crença em tal ideal, havia subido de posto e chegado onde estava.

          Conseguira ser o braço direito do chefe em pouco tempo dentro da facção. Era uma tarefa árdua, mas gratificante. Não depender de poderes e avançar no desenvolvimento de autômatos se mostrava cada vez mais magnífico, a ponto de o próprio senhor a quem servia desenvolver planos para dar espaço para aqueles que não suportavam os arcanistas.

          Porém, essa situação toda com o elfo o deixara irritado. Nunca desapontara o chefe e não começaria agora. E conforme caminhara pelos corredores, fizera uma promessa a si mesmo: encontraria aquele chamado Kain e tiraria dele aquela gema.

 E conforme caminhara pelos corredores, fizera uma promessa a si mesmo: encontraria aquele chamado Kain e tiraria dele aquela gema

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