Capítulo 16 - Reviravoltas à vista

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          Os quatro se entreolhavam, esperando o primeiro movimento a ser feito

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          Os quatro se entreolhavam, esperando o primeiro movimento a ser feito. Nem mesmo o caos da batalha que se desenrolava atrás deles parecia tirar a concentração que mantinham.

          Uma explosão tremera todo o salão, e o kia, aproveitando a deixa, dera um impulso para frente ao mesmo tempo em que conjurava um feitiço de Raio Elemental. Em poucos instantes, sua mão estava coberta com chamas, disparando para a dupla a sua frente logo em seguida.

          Oriana e Kain jogaram-se um para cada lado, desviando do ataque inimigo. Conforme Kola criava novamente uma bola de fogo, mirando o elfo, a m'bo aproveitara a deixa e se distanciara, parando próxima a uma pilha que em algum momento fora um autômato.

          Virara para a direção do amigo, observando o sem corte saltando para evitar mais uma investida. Porém, notara uma movimentação de canto de olho, desviando o olhar para o autômato gigante ao fundo salão.

          O anão, líder da hansa, avançava com calma para perto de sua criação, levando algo em uma das mãos. Rapidamente, percebera que era o fragmento de aetherium que Kain havia encontrado nas ruínas próximas a fronteira com Sodori.

           Voltara rapidamente sua atenção para o colega, gritando:


          - Ele está com sua gema!

          - E o que você quer que eu faça? Eu estou um pouco ocupado! Respondera o elfo, segurando as mãos do oponente em chamas.


            Kain forçava os braços para cima, tentando empurrar o kia para trás. Estava perdendo as forças quando avistara um brilho vindo em sua direção. Respirando fundo, investira uma última vez, fazendo o inimigo perder o equilíbrio ao mesmo tempo em que o gancho de metal improvisado que havia feito enrolara em sua cintura, que o fizera ser puxando para trás no instante seguinte.

          O aventureiro se levantara, notando Oriana segurando a ponta da corda. Com um aceno de cabeça, a m'bo indicara a direção que o anão caminhava. Kain não dera tempo do oponente se recuperar e já se lançara para próximo do autômato onde estivera dentro à pouco.

           Quando Kola finalmente estava em pé, Oriana assumira uma posição de combate e começara a avançar, rodando o pedaço de metal no ar e o lançando para frente. O oponente esticara as mãos e segurara o golpe, sendo arrastado, sem sair do lugar.


           - Acho que já conheceu meu sofisticado pé uma vez! Quer vê-lo novamente? Dispara a m'bo, provocando-o.

          - Cansei de você, mocinha! Vamos resolver isso de uma vez por todas! Retrucara o kia, puxando a corda para si.




      Kain correra o mais rápido que conseguia para impedir o senhor Coimbra de continuar seus planos. 

          Conforme se aproximara, sacara sua harpa prateada e começara a dedilhar algumas notas, mas antes de finalizar o feitiço, o anão virara em sua direção, girando o braço esquerdo que puxava um mangual dourado. Fora quando notara a parte da massa surgindo em sua linha de visão, sendo acertado pelo golpe em seguida.

          O elfo fora ao chão em poucos segundos. Tentara levantar, mas era muito sangue que escorria de sua testa, atrapalhando a visão. Tentava recobrar a compostura, quando sentira uma dor se espalhar em seu ombro direito e novamente caíra para frente.


          - Acha que pode me deter? Minha obra-prima está finalmente completa, mas com essa gema que você encontrou, ela será poderosa como nenhuma outra! Gritara o senhor Coimbra.

          - Tudo que obtém à força será tomado de você um dia! Retrucara o aventureiro.

          - Como eu disse antes: se eu cair, levarei tudo comigo! E meu Combatente Operacional Remoto Sensível a Ambientes será a causa disso! Disparara o inimigo, movendo sua arma novamente.


          A cabeça de Kain latejava enquanto mirava o olhar para o inimigo, bem a tempo de ver o líder da hansa preparar mais um ataque. Com as reservas de força que tinha, soubera que só seria capaz de levantar o braço esquerdo para se defender.

          Quando o anão estava prestes a finalizá-lo, um ruído metálico ressoara no galpão, chamando a atenção de ambos. Ao procurarem a fonte do som, ambos viraram para encarar a criação que começara a mover-se.


          - Isso! Isso! Finalmente meu C.O.R.S.A. está pronto! E quando eu colocar este enorme fragmento de aetherium bruto dentro dele, eu serei imparável! Gritara o chefe do lugar, entre gargalhadas.

          - Agora, meu leal autômato! Acabe com esses intrusos! Ordenara, encarando novamente Kain.


          O elfo ficara paralisado com a visão da máquina se aproximando. Quanto mais ela avançava, mais o medo tomava seu peito. Porém, algo parecia não se encaixar. A arma de destruição que o anão criara havia parado assim que recebera a ordem.

          Fora quando, sobre as placas trabalhadas, um vulto chamara sua atenção. Conforme o sem corte avaliava, reconhecera quem era: Jack, em cima do que seria a cabeça do autômato.


          - Como foi que você...

          - Um bom alfaiate tem seus truques! Respondera o elfo do inverno, interrompendo o senhor Coimbra.

          E Jack, que olhava para baixo com um sorriso malicioso no rosto, erguera a perna esquerda e a batera com força na lataria de metal, fazendo o autômato mover-se novamente, falando:


          - Parece que o jogo virou, não é mesmo?

          - Parece que o jogo virou, não é mesmo?

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