Nimulot-Fire Meet Gasoline

Capítulo 12

                          (POV NIMUE)
              Agora chegaria meu fim. Mordred pegou uma varinha e mirou em mim. Porém a desviou e lançou um feitiço na bacia que virou pó. O objeto simplesmente desapareceu.
- Só salvei sua vida porque Lancelot gosta de você. - disse Mordred frio.

- Lancelot falou que vocês são inimigos.

- Ele está certo, só que eu quero fazer as pazes. No passado fui um traidor, pois tinha inveja da amizade dele com Merlin. O Mago me criou desde de criança, considerava Merlin como um pai adotivo. Daí quando tinha 14 anos, Merlin e eu fomos para uma floresta para praticar transformações. O Mago Merlin viu Lancelot treinando com os paladinos vermelhos e teve uma visão, então o convenceu a fugir para o castelo de Uther.  Lancelot tornou-se o aprendiz favorito dele.

- Que visão foi essa?

- Não sei. - afirmou Mordred revirando os olhos- e se soubesse não te contaria. Você estragou a vida da minha Gwen.

- Gwen me ameaçou no convento. Ela é uma demônia e falsa. E nem tinha motivos para me odiar.

- Nimue, você contrariou ela. Isso a irritou. A garota tem mais de cem anos e durante esse tempo ela assassinou todos que a incomodou.

- Ela tem mais de cem anos...e eu achei que tivesse minha idade. Realmente não sei nada de metamorfos. - falei assustada.

- E aquela garota loira que você conheceu na verdade é uma aparência que Gwen possui. A verdadeira princesa de Cameliard foi assassinada por mim. E Gwen roubou sua identidade.

- E por qual motivo essa assassina queria ficar com meu Lancelot?

- Ele é o único sobrevivente do povo das cinzas. Gwen queria possuir os poderes dele.

- Pelo menos agora ela está morta. - garantir vitoriosa.
            Mordred deu uma gargalhada. Não gostei disso. Ele planejava algo. O homem abriu a porta e ordenou:
- Nimue, quero que você se case com o Rei Uther.

- NÃO.

- Acha mesmo que eu iria deixar Lancelot viver em paz com você. Quero que vocês fiquem sofrendo. - gritou Mordred. Nervoso ele tentou me enforcar mas usei minhas raízes para o sufocar. O homem ficou preso na gaiola de raízes que fiz em volta dele.
                       -※-
          No jardim do castelo produzir algumas flores para me acalmar. Fiz uma fileira inteira de rosas e outra de lavandas. Adormeci no meio das plantações.
          De manhã escutei crianças rindo e cantando. Pelas roupas deveriam ser filhos de nobres. Uma princesa pegou uma rosa e elogiou:
- Linda essa plantação. Rei Uther contratou uma ótima jardineira.

- Eu tenho uma jardineira? - perguntou o Rei Uther confuso.

- Sim. Seu conselheiro Mordred me contratou. - menti. Espero que Mordred não tente me casar com esse homem maduro.

- Finalmente ele fez algo decente. Acredita que ele queria que eu me casasse novamente. Se tem uma coisa que odeio é dividir meu reino com mulher. Aliás quando eu morrer quero que meu reino morra comigo.
               Esse Rei Uther é um rabugento. Pelo menos não vou precisar se preocupar com a possibilidade de um casamento arranjado. Respirei aliviada.
                  -※-
          Os hóspedes do rei gostaram de mim. Diziam que coloquei um brilho e cor nesse castelo cinza.E a princesa,do reino vizinho, convenceu o Rei Uther a deixar eu ficar no quarto de hóspedes. Mordred ficou com raiva, porque fiquei mais querida que ele.
         Enquanto arrumava meu novo quarto, Mordred o invadiu e ordenou:
- Hoje você vai ao baile comigo.

- E se eu não quiser?

- Vou te levar para a Trindade. Os paladinos vermelhos ainda existem e Iris é a nova líder deles. Eu posso agora mesmo contar da sua localização para ela.

- Só vou acompanhar você nesse baile. - falei rígida.
        Mordred,no dia que o deixei preso na gaiola de raízes, ele transformou-se em corvo. Agora tenho que prestar atenção nos próximos passos dele.
                -※-
          Descia as escadas com Mordred,ele apertando meu braço e me ameaçando. Ele está insuportável. Não sei por tanto tempo vou aguentar isso. Se o matasse agora que estou sendo aceita pela realeza, isso estragaria minha reputação. Para disfarçar a tristeza eu apenas sorrir e cumprimentei alguns convidados.
           Mordred foi para um meio de várias garotas. Ainda bem que se afastou de mim. Agora poderia relaxar. Me sentei com algumas garotas para conversar. As criadas me viram e ficaram fofocando dizendo que eu usei magia para encantar a realeza. Elas são um bando de invejosas. Peguei um doce da bandeja e sorrir debochada para elas.
          Um príncipe me convidou para dançar. Ele parecia que tinha uns dezesseis anos. Um pirralho. O jovem tinha cabelos loiros. Se Lancelot visse a cena iria debochar dizendo que estou sendo babá.
             No salão principal o garoto me conduzia para uma dança. Ele me girou tanto que fiquei tonta. Quase cair. Ele se apresentou:
- Sou Liam.
            Ele se aproximou do meu rosto e me afastei, nesse momento Mordred chegou e deu um soco no garoto. Tentei o impedir. E fui afastada por guardas. Os convidados ficaram chocados com a violência de Mordred. O jeito que ele me olhou foi assustador. Agora acredito que ele pode realmente me matar. Fugir para a torre mais alta do castelo.
            Escutei alguém chamando. A voz vinha de um vaso. Tomei um susto e tirei a espada da cintura e acertei o vaso. Uma névoa densa saiu de dentro do objeto. E raios caí do céu freneticamente. Então o vulto tornou-se humano. O Grande Mago Merlin está vivo.

                 (POV MONGE CHOROSO)
          Uma mulher pálida com uma enorme Coroa de gelo encontrava-se montada em urso polar. Ela nos olhou surpresa. Parecia que não havia nenhum habitante daquele lugar. Ela desceu do urso polar e apresentou-se:
- Sou Vidia,a rainha de Polo. Venham para meu castelo.
             No castelo observei o lugar tinha muitas estátuas de gelo. Suas expressões eram de medo ou raiva. Só me venho um pensamento: ela é uma assassina.
              Percebi que a mulher me mirava com frequência. Então ela finalmente vociferou:
- Quero conversar a sós com você. É um homem interessante.
            A mulher me levou para uma varanda. E tocou meu rosto. Nesse momento flocos de neve percorreram metade do meu rosto. Essa é a mulher mais fria que já conheci.
- Por que não existe pessoas nesse reino?- perguntei.

- Meu marido matou todos após uma briga nossa. - contou ela com um sorrisinho.- Agora ele está morto. Ninguém mente para mim.
            Ela saiu da varanda frustrada depois de ver que não fiquei com medo desse acontecimento do reino. Então fiquei observando a paisagem e outro portal foi aberto. O indivíduo que saiu dele me irritou. Era Mordred. Preparei minha espada para matar-lo.
             Desci para mesa de jantar. A Rainha Vidia conversava com Mordred alegremente. Percebi que poderia ser uma das vítimas dela, então fiquei calado.
- Ora...ora o Grande Lancelot abandonou o Padre Carden. É um filho traidor. - provocou Mordred.

- Lancelot fez o que ele achou certo. Ele não é um traidor, é um grande homem. - disse Vidia.

- Rainha do gelo pare de dar mole para ele. Lancelot é comprometido com uma garota chata que se acha rainha. - contou Mordred.

- Qual é a cor do cabelo dela?- perguntou Vidia desconfiada.

- É... loira. - mentiu Mordred.

- Pelas características já sei que Gwen de Cameliard. Aquela garota tinha um caso com meu marido,por isso mandei os feéricos destruir o reino dela. E agora vou ter o prazer de matar o novo caso dela. - gritou Vidia furiosa.
           Ela criou escudos de gelo e nos manteve refém na sala de jantar. Mordred criou um portal e saiu. Esquilo procurava rapidamente um portal para sairmos de lá. Ele lia o livro de feitiços muito rápido. Logo achou uma saída. Pronunciou o nome de um reino que eu não conhecia. Corremos para o portal.
          Caímos em um lugar frio e nublado, com árvores secas e com várias pessoas encapuzadas. Uma cobra gigante passou pelo chão e ninguém se assustou. Por incrível que pareça eu conhecia esse local.
        O rei foi avisado que havia invasores. Nós fomos mandados para o castelo para dar explicações.
         O homem encapuzado andava lentamente com uma bengala. Tirou o capuz. Ele tem os olhos com marcas de lágrimas iguais aos meus. Com um olhar de surpresa falou:
- Seja bem vindo de volta ao povo das cinzas,sobrinho!