Capítulo 8

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                (POV NIMUE)
           Não acreditava que o Monge Choroso mentiu para mim. Não aceitava que ele pôde salvar aquela vagabunda. Aquela garota é uma demônia manipuladora. Eu a mataria nem que fosse a única coisa que eu fizesse.
          Ele ainda batia na porta. Não abrir, pois quando ele tocasse minha pele sabia que cederia. Não dar mais pra deitar com um homem que protege minha inimiga.
         Escutei os passos dele descendo a escada, para falar a verdade fiquei chateada por ele não insistir. Acho que estou exagerando nesse gelo.
          Vesti várias camadas de roupas para me desculpar. Estava morrendo de calor,mas era necessário, não ia mais dar pra ele... Talvez daqui algumas semanas. Queria poder fingir que não preciso dele. Então ao fechar os olhos lembro dos toques dos dedos quentes minha pele. O jeito que ele sussurrava de forma sensual meu nome. O modo que ingressou carinhosamente dentro de mim. O jeito que me deu prazer. Cada pensamento desse fazia eu tirar uma peça de roupa.
     O meu homem é um homem mau
Mas não posso negar o modo como ele segura a minha mão
E ele me agarra, ele me tem pelo coração
       É simplesmente perfeito.
      Desci para me desculpar pela crise de ciúmes. Fui imatura. Não vi o ponto de vista dele. O Monge via os paladinos vermelhos como uma família. Eu sei como é difícil se afastar de alguém em quem confiava. Isso aconteceu comigo também. Confiava em Arthur e ele me traiu. Só hoje percebo que meu antigo namorado apagava meu brilho. Espero o Monge Choroso também perceba que seus amigos são tóxicos.
          Procurei ele em todo canto. Ao chegar na área de treinamento vi um bilhete. Peguei e li:
    " Querida Nimue
        Eu escondi a verdade
Para  proteger você
Mas com a fera dentro
Não há onde nos escondermos
Não importa o que faço
Ainda sou feito de ódio
Voltei para a escuridão
Lá é meu lugar
Vou sentir falta da sua luz
         Chorei descontroladamente. Fui fraca, frágil, estúpida e acabei de perder meu homem.
          Já fazia uma semana que ele fugiu comigo para a caverna de cristal,se ele voltar para a área dos paladinos vermelhos os homens vão desconfiar que o Monge esteve comigo. Meu amor corria perigo.

           (POV MONGE CHOROSO)
        Ao voltar para o acampamento dos paladinos vermelhos. Vi eles queimando cadáveres e sujos de sangue.Sentir um arrependimento. Não queria continuar aquela vida. Então mudei a direção e fui para um bar.
        Bebi uma garrafa inteira em segundos. Nimue, minha Nimue sinto sua falta.Fui irresponsável em esconder a verdade. A minha garota é odiada por todos,mas é grandemente amada por mim.
        Sem ela estou em ruínas. Nimue poderia me dar um milhão de motivos para desistir dela,mas tinha esperança que ela me desse um motivo para continuar. Apenas um.
          Me afoguei em mais uma garrafa. Cair no sono profundo.
          Ao despertar vi uma garota com capuz vermelho jogando água no meu rosto. A ressaca me consumia. Ela passava os dedos em meus cabelos. Não eram os dedos de Nimue. Ao tirar o capuz vermelho fiquei decepcionado e com raiva. A garota era Gwen.
- Bom dia lindo.- disse ela tentando me beijar. Afastei a garota e sair do bar.
 
- Por que me persegue?

- Você é poderoso. Isso me fascina.

- Fique longe de mim,caso o contrário eu te mato.

- Eu gosto quando você é agressivo, bruto, arrogante. Me excita. Me dá tensão.- gritou Gwen tentando me agarrar. Peguei ela pelo pescoço e a sufoquei.

- Se tentar isso de novo seu fim logo chegará.

- Aí que delícia... poderia me sufocar novamente.- falou ela sorrindo.
               Fui obrigado a voltar para o acampamento dos paladinos vermelhos. Quando cheguei a joguei com raiva na cela.As grades tinha um produto que fazia quem tocasse desmaiar. Então alertei:
- Gwen,fique longe das grades.
            Ela riu e tentando sensualizar lambeu as grades, logo desmaiou. Os paladinos vermelhos ficaram rindo. Theo,o paladino mais novo, ele tinha 18 anos, correu abriu a cela preocupado.
- Você, você matou ela. - gritou ele.

- Não matei, porém queria.

- Te odeio. E não entendo o motivo de você ser admirado pelos paladinos vermelhos,nem sequer conseguiu pegar a garota feérica.

- Conseguir sim. - disse pegando o vestido rasgado e um coração que tirei um cadáver que ficou no meio do caminho.

- Se realmente fosse um bom assassino teria trazido a garota viva para queimamos na fogueira.

- Quer mesmo argumentar comigo, logo eu, o maior assassino do país.
           Theo ficou em silêncio. Ele saiu irritado,era o único que me odiava no grupo.
           Levei minha falsa vítima para o Padre Carden. Ele observou o coração e sorriu vitorioso.
- Esplêndido.- elogiou ele.
            Fiquei aliviado. No entanto, lembrei que Nimue ainda estava brava comigo, uma sensação ruim me atingiu. Sair da cabana.
           Um grupo de paladinos perguntou para onde eu estava indo. Agora ferrou. Inventei que voltaria a caçar feéricos. Partir sem rumo.
               -※-
           Longe deles planejava minha nova vida. Eu caminhava por uma estrada solitária. A única que eu já conheci.Não sei para onde vai.Mas é um lar para mim e eu caminho sozinho.
Um lugar para curar meus sonhos despedaçados.
            Sentado em uma árvore ouvir um barulho de algo sendo atirado. Peguei minha espada que impediu o objeto de me machucar. Algo tentou me matar.

        
  

         

Nimulot-Fire Meet GasolineOnde histórias criam vida. Descubra agora