Nimulot-Fire Meet Gasoline

Capítulo 5

-Prefere me dar agora ou só mais tarde?- perguntou ele novamente.

Mordi o lábio.Ninguém era direto assim comigo. Será que apenas sexo que ele queria. Me sentir aliviada. Poderia ficar irritada,mas achei que era melhor que a morte. Entregar meu corpo para ele não seria um sacrifício. O homem salvou minha vida. E no convento teve várias oportunidades de me entregar,no entanto, deixou eu fugir. Agora estou o encarando,estou envergonhada com a possibilidade dele ver meu corpo. As cicatrizes podem o fazer sentir aversão a mim. E até mesmo o homem pode mudar de ideia e me mandar para os paladinos vermelhos. Diante da tempestades de pensamentos, falei rígida e com os braços cruzados:
- Não vou ter nenhum tipo de relação com você. Nem sei que o motivo pelo qual me salvou. E posso muito bem continuar fugindo dos paladinos vermelhos sem sua ajuda.

- Está mentindo garota. No fundo a senhorita tem medo de ser traída de novo,por isso está tentando me afastar. Aqueles em que você confiava te traíram. Todos foram mentirosos,e agora acha que podem me enganar. Mas lembre-se vivo durante anos com hipócritas e cada deles,mente melhor que você.
    O Monge Choroso saiu silenciosamente da mesa. Fiquei sentada pensando. Ele é mais velho e experiente que eu, e percebeu meus medos.E já fui traída por ser ingênua demais. O homem está certo não posso continuar mentindo.
     Andei por vários lugares daquela caverna e não o achei. Então sentei na beira do lago e fiquei olhando meu reflexão. Sentir a névoa gelada subindo. E quando me virei o Monge me observava silencioso.
- É lindo não é?- comentou ele calmo.
- Maravilhoso. Foi você que fez essa névoa?
- É um dos meus poderes. Já salvei muitas crianças feéricas dos paladinos vermelhos fazendo eles se perderem no meio da névoa.
- Isso é admirável… Onde está Esquilo?
- Em um esconderijo de feéricos. Fica ao leste. Como é muita boa para minha ajuda pode sair da caverna e achar o local sozinha. - disse ele saindo em meio a névoa.
- Espere. Quero ficar com você aqui. Realmente sou uma péssima mentirosa. Não vou conseguir cumprir nenhuma missão com esse comportamento. A cada passo longe de você, Monge Choroso, me entregou a morte com mais facilidade.
      Ele sorriu e me abraçou. Os braços quentes em volta de mim me acalmou. Após o homem revelar que Esquilo está a salvo, isso me fez confiar nele. Se o mesmo ajuda secretamente os feéricos, sabendo que pode ser morto por traição,ele tem princípios. Viver com o Monge Choroso pode ser imprevisível.
          -※-
   Essa dúvida sobre a ambiguidade dele me deixou confusa. Ainda suponho que o homem tem segundas intenções. Logo deitei no chão gelado, não seria tão ruim dormir nele, acho que se perguntasse para o Monge Choroso onde fica um quarto ele poderia interpretar isso como sinal pra me levar para cama.
    De fato o achava atraente. Quando o vi pela primeira vez meus olhos queimaram. E tive um calor entre as pernas,no entanto, não quero ser vista como a garota que utiliza de sexo para sobreviver. Isso falta de respeito comigo mesma.
      Estou tremendo de frio. Batia os dentes. Meu vestido é de um tecido fino e sinto minha pele está rachando. A frieza vai me matar. Cansada do meu orgulho grito por Monge Choroso.
     O homem apareceu esfregando os olhos. Provavelmente já estava dormindo. Ele segurou meu rosto com as duas mãos. Senti seu calor passando para mim. E mais uma vez começou a ardência na minha intimidade. Parecia que tinha vida própria. Na mente tenho total certeza que não quero ter relações com o Monge,mas minha intimidade diz o completo oposto. É difícil agir com a cabeça se meu corpo pede pra fazer aquilo.
      O Monge Choroso segurou minha mão com força e subimos a escada. Nas paredes tinham vários diamantes. Essa caverna é belíssima. Entretanto quando olhei para cima,vi que meu quarto era muito longe. Faltava, aproximamente,uns oitenta degraus. A preguiça me invadiu. Lancei um olhar carinhoso para o Monge Choroso. Ele com um sorrisinho,entendeu o recado e me pegou no colo.
- Aguente firme.- pediu ele quando usou a rapidez para subir numa velocidade incrível a escada.
     Em um piscar de olhos chegamos ao quarto. Nas paredes havia algumas pedras roxas que iluminavam o lugar. Tinha uma cama enorme,um guarda roupa cheio de vestidos e roupas de treinamento e sapatos. Eu dei um abraço nele. Ele comprou tudo isso para mim. O Monge Choroso planejou tudo. Vesti um casaco peludo. Agora aquecida. Agradeci ao homem,ele me diz boa noite e saiu do quarto.
          -※-
      Vi o amanhecer pelo teto do quarto, havia um vidro que mostrava o mundo acima da caverna de cristal. Como hoje o dia está quente vesti um vestido lilás e fiz uma trança no meu cabelo. Ao me olhar no espelho vi que minha aparência encontrar-se melhor que antes. Depois de tanto tempo conseguir ter uma noite de sono decente.
     Na escrivaninha havia um bilhete do Monge Choroso:" Me encontre na copa".
      Abrir a porta para o encontro. Ao pisar na escada, ela começou a se mexer. Os degraus começaram a rolar. Com certeza isso é uma das magias do livro de feitiços do Merlin.
     Ao chegar na copa,vi o Monge Choroso cortando o cabelo. Ele ficou mais bonito com o cabelo curto.
- Deveria tirar esse capuz mais vezes. Seu rosto é tão bonito. - elogiei ele e me sentei na cadeira da ponta da mesa.

- Obrigado,dama do lago.- agradeceu ele com um sorriso de lado.

- Gostei do apelido.

- Precisou de uma noite para mudar sua opinião sobre mim? - perguntou o Monge Choroso.

- Eu percebi que agora nós dois somos odiados por todos.
      Ele se sentou do meu lado. O Monge Choroso pegou um pergaminho e uma pena. Então explicou:
- Quero fazer um acordo. Vamos treinar todos os dias para você ser uma guerreira. Assim poderá vingar os feéricos. Aceita?         
- Aceito.- afirmei assinando o pergaminho. Com esse treinamento posso até ser rainha dos feéricos.
        O Monge Choroso sorriu e deu um beijinho na minha testa. Senti com se um fio de eletricidade passasse pelo meu corpo. Sorri. Ele percebeu que fiquei feliz e me colocou sentada na mesa.
            Enquanto me observava ele perguntou sobre meu antigo namorado. Contei das traições. O Monge Choroso ficou revoltado porque alguém teve a coragem de me trair. Ele me abraçou e afirmou:
- Isso foi atitude de um muleque. Agora vou te mostrar o que um Homem faz.
            Ele me pegou com força pela cintura. Se aproximou da minha boca e me beijou intensamente. O melhor beijo da minha vida. O jeito que a língua dele acariciava a minha era incrível. Com uma mão ele descia a manga do meu vestido. Estava quente o momento, porém fiz ele parar, não estou preparada para ter relações.
                         -※-

    O Monge me observava sorridente. Contou que hoje começa os treinamentos.
Vesti uma roupa que deixava os braços amostra e uma calça que ficava a cima do joelho e fomos para área de treinamento.
O local tinha vários alvos,espadas,adagas, arcos e flechas.
O Monge colocou três ampulhetas na mesa. Virou a primeira e diz que quando o tempo acabar eu posso descansar.
Ele ficou atrás de mim me ajudando a pegar na espada. O homem se aproximou do meu ouvido e com a voz rouca sussurrou:
- Vamos começar treinando a guarda. Nessa posição que o atirador assume para se defender.
Ele mostrou como fazia.O calcanhar do pé da frente tinha de estar alinhado com o calcanhar do pé de trás. Quando fui tentar fazer igual cair por causa da minha falta de equilíbrio. Cortei meu joelho.
O homem agachou-se e acariciou e beijou meu joelho. Me joguei no chão e me abrir. Cada toque dele era magnífico. Ele se encaixou entre minhas pernas e começamos os beijos. Ele parou dizendo que é necessário continuar o treino.
Continuei treinando,mas com raiva. Não dava para ficar perto aquele homem sem que aqueles pensamentos invadisse minha mente. Sempre que ele chega perto eu me desconcerto. No entanto, precisava entregar essa maldita espada para Merlin. Por isso controlaria o que sentia pelo Monge.
Na segunda lição,o Monge me ensinou arco e flecha. Ele acertou todos os alvos. Já eu acertei um e a flecha ainda caiu no chão. O homem passou as mãos no meu cabelo e falou para eu colocar a flecha na altura do meu queixo. Funcionou. Acertei o alvo e a flecha não caiu. Após algumas horas treinando eu mesma me surpreendi com meu avanço.
Após o dia inteiro treinando,a noite o Monge me chamou para jantar com ele. Comemos macarrão e bebemos vinho. Essa foi a primeira vez que tomei bebida alcoólica. Eu gostei do gosto daquilo. Bebi a garrafa inteira. Fiquei tonta e quase cair, porém o Monge Choroso me pegou no colo e me levou até meu quarto. Ele me cobriu e fechou a porta.