(POV NIMUE)
Observava Guinevere e Arthur com desdém. A garota tentou explicar e começou a rir. Arthur se vestiu desesperado e contou:
- Nimue,eu te trair por culpa sua. Você ficou conversando com Gawain. Isso me irritou. Precisava me vingar.- Isso não justifica traição.- disse saindo e limpando as lágrimas.
Enquanto caminhava para casa ouvir Guinevere chamando Arthur descuidado e também ouvi um soco. Guinevere dava uma surra nele. Ele ria e a puxou para o chão,eles voltaram a se beijar.
-※-
Na despedida Pym me abraçou chorando e também chorei. Arthur me ignorou completamente. Guinevere veio em minha direção e revelou:
- Quando Arthur chegou nessa vila eu o convenci a seduzir você.- Por que?
- Alguns meses atrás eu era a guarda da princesa Gwen de Cameliard. A garota tinha um comportamento parecido com o seu. E eu aconselhei Arthur a se casar com ela. Ele treinava para ficar com ela usando você.
- Então estou há meses sendo usada por vocês,só para Arthur se casa com outra garota. Vocês são ridículos.
- Pelo menos eu não me iludir com ele. Nosso caso é passageiro. - debochou Guinevere.
- Vocês se merecem. Dois hipócritas.- gritei.
O navio partiu. Não aceitava que durante meses estava apenas sendo usada. Chorei até chegar em casa.
Ao chegar na porta da minha casa vi Jossen,um amigo do Arthur. Ele ficava me olhando com malícia mesmo Arthur estando do lado dele. Quando contava para Arthur, ele dizia Jossen nunca faria isso. E ainda falava que confiava mais nele do que em mim.
Jossen se aproximou de mim e tentou me beijar. Eu o empurrei e te dei soco. Ele irritado berrou:
- Não basta ser feérica tem que ser selvagem. Quando os paladinos vermelhos chegaram vou denunciar seu esconderijo.- Como sabe do esconderijo?
- Arthur me contou.
- Como ele pôde trair minha confiança assim?
- Nimue, Arthur é filho de um rei. Acha mesmo que ele iria guardar um segredo que não mudaria nada na vida dele. Se ele não tivesse indo embora talvez fizesse acordos com os paladinos vermelhos. Tudo que ele quer é o poder.
- Ele é pior que eu imaginava...
- Arthur só faz o que um rei faria. E quando ele voltar,vou ser nomeado conselheiro dele. Meu primeiro conselho vai ser mandar matar você. E eu vou dançar em cima do seu túmulo.
Eu dei outro soco nele. O desgraçado me derrubou no chão e tentou me enforcar. Minha mãe chegou e com apenas um olhar o lançou para bater numa árvore. Ele bateu a cabeça e me ameaçou:- Sua querida mamãe não vai durar muito tempo,vou fazer questão de contar para os paladinos vermelhos sobre ela.
Ele saiu correndo com um sorrisinho. Minha mãe é a única pessoa que me resta não aguentaria ver algo acontecendo com ela.
-※-
No templo submerso minha mãe e eu estávamos escondidas. Percebi que Esquilo havia saindo para lutar. Precisava encontrar ele,os paladinos vermelhos não tem pena nem das crianças. Eu o salvaria.
Vesti a capa da invisibilidade e guardei o livro de Merlin no bolso do vestido. Sair com medo. Dei adeus para minha mãe com lágrimas nos olhos.
Ela pediu para eu voltar e tirou de um embrulho uma espada. Fiquei chocada. Era espada excalibur. Minha mãe então falou:
- Nimue, leve essa espada para Merlin... É meu último pedido.
Nesse momento um paladino vermelho invadiu o templo submerso e assassinou ela. Eu fiquei em choque. Minha única opção foi fugir.
Na entrada do templo vi Jossen mostrando o local para os paladinos. Queria assassinar ele. Estou com ódio imerso tanto dele quanto de Arthur que revelou meu segredo.
Peguei a espada para o atacar,mas a chegada do homem encapuzado com olhos com manchas de lágrimas,me fez congelar. Derrubei a espada. Ele desceu do cavalo e foi na direção de Jossen. A sangue frio o matou brutalmente.
Ver Jossen caindo no chão sem vida foi prazeroso. A morte da minha mãe foi vingada.
O Monge Choroso me olhou, mesmo eu estando embaixo da capa da invisibilidade. Isso trouxe um calor interior entre minhas pernas. Fiquei corada. Então uma espada de um paladino veio em minha direção,corri sem rumo.
Na saída da vila observei os cadáveres espalhados pelo chão. Esquilo, muito esperto, continuava vivo. Isso me trouxe um alívio. Agora poderia partir a procura do Mago Merlin em paz.(MONGE CHOROSO)
Durante anos, todos os dias vivia apenas para ser uma arma de matança dos paladinos vermelhos. Contribuir simplesmente para deixar esse mundo mais podre. Esse círculo me cansava.
O que mais me irritava na humanidade era a hipocrisia. Durante o tempo que vigiava a vila vi o comportamento dissimulado dos habitantes. O filho bastardo do rei e o amigo eram os piores. Enganar uma garota doce que o amava foi inaceitável. Por culpa da ganância dele ela perdeu a pessoa mais importante da sua vida.
No momento que matei um deles sentir que fiz algo bom pela primeira vez para alguém. Ver o sangue daquele hipócrita escorrendo foi satisfatório.
Enquanto observava o corpo senti umas pancadas no meu joelho. Olhei para baixo e um vi garotinho. Comecei a rir. Ele parou e correu para pegar um livro no chão, porém eu fui mais rápido peguei primeiro. A criança ficou com raiva e continuou me batendo.
Segurei ele pelo braço e fiz algumas perguntas:
- Tem um comportamento violento.Quantos anos tem?- O suficiente para matar-lo, desgraçado.- respondeu o garoto bravo.
- Que beleza. Agora me conte da sua amiga. Aquela garota que é odiada na vila.
- A Nimue só é odiada porque ela tem muito poder e os outros tem inveja. Agora que ela fez 18 anos e foi escolhida para ser conjuradora está mais poderosa.
- Então ela é maior de idade... isso é ótimo para meus planos.
- O que vocês vão fazer juntos?
- Não é assunto pra criança.
- Por que?
- Garoto, fique com minha aljava de flechas e corra para o leste.
O garoto pegou o equipamento e fugiu. Ainda bem que não fez mais perguntas constrangedoras.
Ele falava muito. Agora tenho informações suficiente da garota. Só pelo cheiro doce dela sabia que não tinha ido muito longe.
Após percorrer um curto caminho a cavalo sentir o cheiro do sangue dela numa árvore. Padre Carden gritava irritado. Segundo ele não peguei a garota porque não quis. Se ele soubesse a forma que eu quero realmente pegar a garota me mataria na hora. Com o meu silêncio ele ficou nervoso e gritou:
- Em 28 anos de vida essa é primeira vez que você falhou. Estou profundamente decepcionado.
Revirei os olhos. Ele acha mesmo que vou ligar para as críticas dele. Caminhei até um paladino morto. Padre Carden viu o cadáver com desdém e o xingou de covarde. O homem não tinha empatia com a própria equipe.
No começo achei que eu era como um filho para ele, agora percebi que sou apenas uma ferramenta para ele cumprir seus objetivos genocidas.
Entrei na cabana e o deixando falando sozinho. Minutos depois, ele se desculpou. Aceitei as desculpas.
Peguei o livro, que a garota deixou cair, nele tinha anotações sobre as criaturas mágicas. O que me chamou a atenção foi o tópico dos povos das cinzas. Meu povo.
Preciso, imediatamente, encontrar Nimue para descobrir mais sobre meu passado.
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Nimulot-Fire Meet Gasoline
FanfictionNimue tem o livro de Merlin que esconde os segredos mais obscuros. Durante a invasão dos paladinos vermelhos na sua vila a garota perde o objeto. Coincidentemente, Monge Choroso acha o livro e resolve a qualquer custo encontrar Nimue.