Tentei entender e digerir as informações que tinha acabado de receber.
Como assim Jughead Jones está apaixonado por mim ? O Jughead Jones que gosto desde que comecei a trabalhar na DPNY ?
Balanço a cabeça voltando a realidade inesperada.
-Pera aí. Você tem certeza de que tá apaixonado por mim ?
-É a maior certeza que eu tenho Betts.
-Mas eu achei que quisesse ser só meu amigo. Eu já tinha aceitado isso.
-Aceitado ? Quer dizer...-Ele franze as sobrancelhas e o corto antes que termine.
-É..eu também não queria ser só sua amiga mas eu achei que você quisesse. Eu fiquei até triste por uns dias mas no final eu aceitei.
-Desculpa por isso. -Ele falou meio sem jeito,dando uma risada fraca.
-Tudo bem. Não tinha como você saber.Mas quando você percebeu que tava apaixonado por mim ? Quer dizer o que é gostável em mim ? Eu sou apenas eu.
-Quando você quase levou aqueles tiros. Eu percebi que eu não conseguiria viver em um mundo onde eu nem sequer tivesse a chance de contar que gosto muito de você. -Ele respira profundamente,como se tivesse acabado de tirar um grande peso do peito.
Senti meu rosto corar e em seguida a mão dele na minha bochecha.
-E exatamente por isso que eu gosto de você. Você não tem máscaras,é sincera,engraçada,incrivelmente inteligente,luta pelo quer e sente tudo com tanta seriedade que ás vezes eu fico até surpreso. E também consegue ser fofa. -Ele dá um sorrisinho de canto de boca e uma risadinha pelo nariz.
Então,como alguém que volta das profundezas de um lago para a superfície em busca de oxigênio,eu me inclinei e juntei meus lábios aos dele. Foi espontâneo e involuntário e curto,o tipo de beijo que passa em comédias românticas, e depois ficamos nos olhando,como se procurássemos uma resposta do que fazer agora nos olhos um do outro e acho que compreendi o que os lindos olhos azuis dele queriam dizer. Me aproximei dele novamente,com as mãos em seu rosto, e o beijei novamente mas dessa vez foi muito mais intenso,caloroso e longo,como se ele realmente fosse o ar dos meus pulmões e eu não tivesse respirado em muito tempo. Esse segundo beijo é do tipo que você vê sozinho,no seu quarto e com fones de ouvido. Ele me beija de volta, os braços envolvendo minha cintura. Antes que me dê conta, estou com as pernas envoltas em seu quadril e ele olha pra mim enquanto tira fios de cabelo ensopados do meu rosto. Então sua pele está na minha, e eu em cima dele,e por tempo esqueço que estamos na praia porque só consigo pensar nele,em nós, ele e eu, Jughead e Betty, Betty e Jughead, e tudo está perfeito nesse momento.
{narração do Jughead}
O corpo dela está encostado no meu,seus braços estão em volta do meu pescoço e senti sua respiração acelerada contra meu rosto então guiei o movimento de seus quadris pra frente e pra trás em um ritmo acelerado e ao mesmo um pouco lento. Ela apoiou a cabeça no meu ombro,soltou leves gemidos contra minha orelha e arranhou as minhas costas com as pontas dos dedos
-Shh..ainda estamos na praia. -Distribui beijos pelo corpo dela começando pelo pescoço e depois descendo até o meio do seu peito,no nível da água e depois nas costas,fazendo com que se arrepiasse nitidamente e soltasse um único grunhido mais alto,o que foi o suficiente para que aumentasse meu ritmo. Era como se eu não estivesse ali e sim flutuando sobre nós dois enquanto encontrávamos nosso ritmo em meio a uma praia escura. Fingir não amá-la foi uma das coisas mais difíceis que já fiz e agora posso fazer isso livremente ou pelo menos espero poder,porque depois de hoje,acho que não poderia voltar a ser apenas amigo novamente.
{narração da betty}
Ele me beijava de um jeito que nunca tinha sido beijada antes,como se eu fosse o próprio ar que ele respira,com paixão e fazendo cada célula do meu corpo arrepiar e querer mais e mais. Ele continuou a mexer minha cintura em ritmo acelerado e me agarrei a ele quando senti o ápice se formando na minha barriga. Tentei segurar ao máximo mas não pude evitar fazer barulho e deitei a cabeça em seu ombro,ofegante. Poucos minutos depois ele também chegou em seu ápice e nos olhamos,ambos respirando tão rápido que parecia que estávamos em uma corrida,enrugados da água e ele disse:
-A gente devia sair da água.
Não é o que eu esperava ouvir depois do que tínhamos acabado de fazer mas concordei. Saímos,pegamos nossas coisas e
andamos até a nossa cabana. Eu acho que nunca estive tão quieta enquanto bêbada. Foi como se eu estivesse andando de pijama pelo corredor da escola. Ele não disse uma palavra sequer até estarmos sozinhos na sala,com todas as janelas fechadas e portas trancadas mas,provavelmente pela grande quantidade de álcool no meu sangue,não me lembro de muita coisa que me disse apenas de alguns momentos,como flashes. Me lembro de beijá-lo de novo,dele me pegar no colo e de uma porta batendo. O resto da noite é como um borrão e também não me esforço pra lembrar. Acordo na manhã seguinte imersa em uma colcha cinza e travesseiros de fronhas brancas,diferentes das do meu quarto. Abri os olhos e o cômodo parecia ter um milhão de lâmpadas,todas apontadas pra minha cabeça,então esfreguei os olhos,me espreguicei e aí percebi:
Cadê as minhas roupas ? E de quem é essa camisa que eu estou vestindo ?
Me cobri rapidamente quando ouvi um barulho de porta abrindo e um Jughead usando apenas shorts entrou no quarto.
-Que bom que acordou. -Ele entrou no quarto segurando uma bandeja,que depois de apoiada em cima da mesinha ao lado da cama,eu vi que tinha frutas,uma fatia de pão com geleia e dois copos.
-O que faz no meu quarto ? -Perguntei meio rouca
-Já está chamando de seu quarto ? Que possessiva. -Ele disse em tom de piada e riu fracamente enquanto beliscava o pão.
Tentei me levantar mas a minha cabeça parecia estar amarrada a um peso de 50 KG,me fazendo prender a respiração por um momento.
-Tudo bem ? -Ele parou de comer e me fitou com olhar preocupado.
-Acho que bati a cabeça em algum lugar. -Falei passando a mão pelo cabelo,que estava uma completa bagunça.
-Esse lugar seria a vodka. -Ele relaxou e me empurrou um comprimido. -Você tomou todas ontem à noite.
Ai meu Deus,ontem à noite! O que foi que eu fiz ?
Esfreguei as mãos contra o rosto e peguei o copo com água,tomando o comprimido.
-Come um pouco. Vai fazer você se sentir melhor. -Ele disse depois de um típico sorriso e se levantou,indo em direção a porta.
-Jughead ? -O chamei antes que saísse.
-Sim ? -Ele rapidamente se virou pra mim.
-O que aconteceu ontem à noite exatamente ? -Perguntei sem graça mas precisava saber,ou melhor lembrar.
-Como assim ? -Sua expressão,antes feliz e relaxada,enrijeceu e ele franziu as sobrancelhas.
-Eu preciso que me diga..o que aconteceu ontem. Porque eu estou no quarto e cadê as minhas roupas ? -Falo genuinamente confusa,segurando os joelhos contra o peito.
-Ah você tá me zoando. Engraçada.
Ele me encarou,esperando que risse e dissesse que era uma piada mas quando não o fiz ele pareceu não compreender.
-Você realmente não lembra de nada ? -Ele se sentou na borda da cama e era notável o ponto de interrogação estampada na sua cara.
-Lembro de algumas coisas. Como ir pra festa com você,comer umas melancias de gelatina,depois sair e ir pra praia,ficar olhando o céu e aí...
E foi aqui que eu me lembrei. Me lembrei das mãos dele correndo pelas minhas costas,das nossas respirações aceleradas e do que ele tinha me dito logo depois. Cobri a boca com as mãos e depois de alguns segundos voltei a olhar-lo. Ele não estava mais me olhando,ao contrário,olhava por uma janela.
-A gente...-Pigarreei.
-Sim,betty,a gente dormiu junto. -Ele disse,seco.
-Meu Deus,desculpa. -Me levantei e andei até ele,envolvendo seu rosto nas minha mãos.
-Eu sou realmente um trouxa não né ? -Ele rapidamente tirou as minhas mãos e as segurou.
-Não,não. Eu não estava lembrada,só isso. -Falei atropelando as palavras.
-Enquanto eu passei a noite te observando dormir. -Ele soltou minhas mãos e saiu do quarto,me deixando ali sozinha.
Cambaleei até o banheiro e deixei a água quente bater em mim,me fazendo relaxar e consequentemente chorar,e juntei as peças do que tinha acontecido noite passada me dando conta da grande besteira que poderia ter feito.
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Love and crime
FanfictionElizabeth Cooper e Jughead Jones. Dois detetives excepcionalmente bons da delegacia da Nova York e que também se odeiam. Cooper,como normalmente é chamada, é regrada,organizada e leva seu trabalho muito a sério. Já Jones é um fanfarrão, se atrasa,nã...