[Kim SeokJin]
Estacionei em uma das vagas para visitantes, proxima a entrada central da penitenciária. Aquela hora da manhã a fila não estava tão grande.
O tempo estava duvidoso, parecia prestes a cair o mundo.
A maioria da fila eram mulheres que usavam máscaras para se protegerem de possiveis doenças do local. Elas se entreolhavam com desgosto.
Sem nenhum tipo de disfarce, me encararam quando eu me pus na fila. Cruzei os braços tentando me aquecer um pouco mais. Estava frio.
A bolsa térmica com os kimbap's estava sendo segurada pelo meu ombro.
Minha ansiedade está à mil a espera de encontrar Namjoon.
Tentei identificar alguns agentes que eu ia encontrando no caminho, alguns jovens pareciam ser recém contratados.
-Vim visitar Lee Minho--uma mulher um pouco à minha frente falou na recepção.
O homem que procurou os dados do detento no computador a olhou com desprezo.
-Ele está morto, senhora. Seu corpo foi transferido há três dias--falou como se aquela informação não o afetasse.
Meus olhos arregalaram levemente.
-O-O q-quê?--a voz dela saiu quase em um sussurro.
Suspirei pesado.
Se isso acontecesse com o Namjoon, eu nem sei como reagiria...
Depois de passar por todo o sistema de segurança e ser revistado, fui escoltado à uma sala de visitas que eram separadas por vidros.
-Oi, meu amor--abri um sorriso ao ver o moreno à minha frente do outro lado do vidro.
Namjoon não esboçou sequer uma reação.
-Eu quero terminar...--ele falou de supetão.
Meus olhos se arregalaram, meu sorriso murchou e eu toquei no balcão.
-Por que?--foi a única coisa que saiu da minha boca.
-Você...se lembra? Que há alguns anos você me prometeu...--ele não me olhava--prometeu que ficaria longe de mim caso algo acontecesse com você...
-Não faz sentido, Namjoon...
Meu coração estava apertado.
-Eu quero que você se afaste...--seus olhos se mantiam fixos nas suas mãos algemadas--você perdeu seu emprego e a culpa é minha.
-Claro que não--respondi desesperado--eu que quis entrar nisso. A culpa é minha, meu amor. Você não tem culpa de nada--estava desesperado.
-Claro que tenho--riu--eu só estraguei sua vida...
-Namjoon, você me ama, eu te amo...não pode fazer isso...
-Eu posso deixar de amar...--sua voz foi fraca.
Mordi meu lábio com força, sentindo meus olhos arderem.
-Você não quer isso...--falei--olha nos meus olhos e diz que não me quer mais.
Ele parecia hesitar, mas me encarou. Me encarou por um tempo, até dizer:
-Eu não quero que venha me ver--falou--não quero mais namorar com você.
-Namjoon...você vai sofrer c-com isso.
Eu não estava tendo mais controle da minha voz.
-Essa sua preocupação comigo me deixa até emocionado--riu irônico e fungou, escondendo uma lágrima--mas fique tranquilo, eu posso lidar com isso.
Não era nem pra gente se conhecer. Se Namjoon não tivesse sido influenciado pela mãe desde o início, ele não teria sido enviado para cá. Muito menos eu seria seu médico um dia.
Nos conhecemos e eu disse a mim mesmo: Tenha fé nesse cara.
E ao analisar a situação por todos os ângulos possíveis, sei que o fim está chegando.
-Por que...por que decidiu isso?--perguntei.
-É óbvio--suspirou--não sei como explicar, mas também não tenho que explicar nada.
-Certo...--ri nervosamente.
-Vá embora...--falou baixinho--será melhor para nós dois.
Suspirei e disse: -Tudo bem...
Por um minuto de total serenidade, eu simplesmente fiquei o olhando através daquele vidro. Com a minha certeza que seria a última vez, entreguei a marmita de kimbap's ao agente que estava na porta.
-Entregue ao 9186, por favor...
E então, eu fui embora.
Fui embora com o coração partido, segurando todo o choro na garganta.
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O momento que eu sempre esperei ta chegandoooo.
Essa é a minha fanfic com mais crises no relacionamento, mas faz parte, né?
Vocês estão bem? Espero muitoo que sim.
Tem fanfics novas no meu perfil hein, vejam lá se vocês gostam de alguma haha.
Até o próximo cap!
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Detento 9186 Namjin
FanfictionO novo detento era um grande problema, um grande valentão que se envolvia em brigas, sempre saindo muito machucado. SeokJin estava lá, o médico da prisão iria ajuda-lo. Você está prestes a encarar as dificuldades de um presídio, a guerra dentro e fo...