57

1.5K 244 71
                                    

3 anos depois...

[Kim Namjoon]

Minhas mãos suavam.

De frente para o juiz, o promotor em minha defesa, falava sobre os fatos ocorridos no dia da morte de minha mãe.

-Meretissimo, no local do óbito havia mais uma pessoa com o réu Kim Namjoon--passou a projeção--o envolvido no caso é conhecido como seu nome de "gangue", Hui--mostrou a foto do desgraçado--em analise das câmeras aos redores do pequeno prédio onde houve o ocorrido, vimos o delinquente saindo pelos fundos do prédio. Deixando apenas o réu e sua mãe no local.

-Gostaria de ouvir a versão do réu.

Aquele momento poderia me livrar do sofrimento de viver preso injustamente.

Com o passar dos anos e das fases, eu amadureci e percebi que tudo pode ter sido delírio do destino.

É muito difícil aceitar que perdi tudo ao longo dos anos.

Para onde eu vou?

Sei que minha liberdade está mais próxima do que nunca e eu nem sei se sabarei aproveitar e viver esta liberdade.

É como se eu estivesse doente todos esses anos.

Lapsos de memória me cercam e me dizem que eu fui vítima da vida. Nocauteado com direito a golpes proibidos.

Eu estava meio extasiado em meio a todos aqueles pensamentos nostálgicos que sempre me levavam à alguém.

Alí, de frente ao juíz, algemado, há mais de duas horas, eu ouvia o promotor ao meu favor contar toda a minha história. Uma versão melhorada dela, aliás.

-Senhor Kim Namjoon--meu promotor, Kim Myungjun voltou sua atenção a mim--conte tudo ao meretissimo.

Antes do julgamento ter o início oficial, fiz o juramento de falar a verdade e nada além da verdade. Não é como se eu precisasse mentir para me livrar.

Fiz uma reverência meio desengonçada e me sentei novamente para dar a minha versão.

-Tudo começou quando...eu fui o nove um oito meia pela primeira vez--engoli seco--os homens que estavam na cela já tinham um grupo com vínculo de gangue do lado de fora do presídio--procurei em todo instante falar palavras mais formais--eles me forçaram a entregar cocaína para um outro detento.

-Está dizendo que a circulação de drogas aconteciam constantemente naquela época?--o juiz me interrompeu, para a minha surpresa.

-Hum--assenti--o tempo inteiro.

-Bom saber que diretora Oh Sehuna não anda falando toda a verdade nos inquéritos--riu amargurado--continue.

-Eu perdi a droga e não pude fazer a entrega que eles queriam.

-Você perdeu ou a usou?

-Não uso drogas, senhor--falei e um suspiro saiu por meus lábios--uns caras roubaram de mim.

Eu menti.

Menti diante um juramento fajuto.

Porque eu precisava protegê-lo.

-Min Yoongi me fez pagar pela droga--aleguei--e ele me ameaçou caso eu não fizesse. Eu não tinha de onde tirar dinheiro.

Tudo passava por minha cabeça enquanto eu falava.

-Liang Hui foi minha saída em meio ao desespero--dei um pigarro para limpar a garganta--e eu acabei entrando em divida com ele também.

-Kim Namjoon, você é burro?--nunca esperei ouvir isso de um juíz--continue.

-Conseguiram provar minha inocência e eu fui liberado--prossegui--mas eu recebi ameaças de Min Yoongi novamente e fui obrigado a fazer serviços para ele lá fora. Consequentemente, para Hui também.

E em pensar que minha vida mudou alí...

Eu pude viver como um cara normal naquele curto período. Tive um encontro com aquele homem o qual foi responsável de me desestabilizar até hoje.

No tribunal pairava um ar pesado que me deixava atordoado.

-Vamos para as filmagens--promotor Kim deu sinal para um homem com cara de tédio que comandava o computador ligado ao projetor--a câmera da frente mostra claramente Kim Namjoon com esse jovem, Jaeno chegando ao local do crime. Senhora Kim e Liang estavam dentro do local e o menino mais novo foi dispensado--ele narrava os fatos.

Fico me perguntando o porquê demorar tantos anos para essas provas virem em evidência.

-Vamos dá um intervalo--o juíz bebeu água--ao retornarmos, darei a junção dos fatos e o resultado da audiência. Me dêem licença.

Ele fez uma reverência e todos ficamos de pé.

Suspirei pesado e me sentei novamente.

-Você se saiu muito bem, senhor Kim--meu promotor falou, sorrindo.

-Você acha que ele vai me liberar da pena?--perguntei.

-Provavalemente--disse seguro.

O que percorre minha mente todos esses anos é tudo voltado ao SeokJin, querendo ou não.

Ele ainda lembra de mim?

Ele clama por minha presença?

Ou seguiu a vida e agora está casado?

Ele não deu notícias esses últimos anos e eu não consegui ter a cara de pau de perguntar ao seus amigos que ainda trabalham aqui.

Não é como se eu esperasse que ele fosse acender uma vela todas as noites à minha espera.

Eu queria poder contar a ele tudo que sinto neste momento...

A tensão dentro de mim permaneceu enquanto eu lanchava o combo de fast food que haviam me dado para comer. Nem lembrava mais do gosto que aquelas comidas tinham.

-Vamos voltar lá pra dentro--o promotor me chamou e o guarda me algemou de volta.

O ar parecia purificado agora. Quando o juíz se sentou, todos também sentaram e olharam atentamente para ele.

-Bom...com os fatos apresentados, o senhor Kim Namjoon foi vitima de um engano ao qual propurseram que a culpa fosse dele no assassinato da própria mãe--passou umas folhas--condenado a pena de dez anos, no julgamento de hoje, será eliminado o cumprimento de pena dos próximos anos.

Pude jurar que meu coração parou de bater por um tempo.

-O réu, que antes, indiciado pelo homicídio foi considerado--olhou para frente--inocente.

Bateu no malhete.

Todos bateram palmas e eu senti uma lágrima escorrer por meu rosto.

Eu estou livre...

➴➵➶➴➵➶➴➵➶➴➵➶➴➵➶➴➵➶

Aaaaaaaaa, O NAM FINALMENTE VAI TOCAR A VIDA DELEEE.

Vocês nem imaginam o quão ansiosa eu estava por escrever esse capítulo!!!

Demorei, né? Mas gente, tinha tanta fic para repostar por causa de uns ataques aí. Felizmente voltamos a programação normaaal.

Vocês estão bem?? Espero que sim!!

Lembrando, Detento 9186 está pertinho do fim.

Até o próximo cap!

Detento 9186 NamjinOnde histórias criam vida. Descubra agora