3 anos depois...
[Kim Namjoon]
Minhas mãos suavam.
De frente para o juiz, o promotor em minha defesa, falava sobre os fatos ocorridos no dia da morte de minha mãe.
-Meretissimo, no local do óbito havia mais uma pessoa com o réu Kim Namjoon--passou a projeção--o envolvido no caso é conhecido como seu nome de "gangue", Hui--mostrou a foto do desgraçado--em analise das câmeras aos redores do pequeno prédio onde houve o ocorrido, vimos o delinquente saindo pelos fundos do prédio. Deixando apenas o réu e sua mãe no local.
-Gostaria de ouvir a versão do réu.
Aquele momento poderia me livrar do sofrimento de viver preso injustamente.
Com o passar dos anos e das fases, eu amadureci e percebi que tudo pode ter sido delírio do destino.
É muito difícil aceitar que perdi tudo ao longo dos anos.
Para onde eu vou?
Sei que minha liberdade está mais próxima do que nunca e eu nem sei se sabarei aproveitar e viver esta liberdade.
É como se eu estivesse doente todos esses anos.
Lapsos de memória me cercam e me dizem que eu fui vítima da vida. Nocauteado com direito a golpes proibidos.
Eu estava meio extasiado em meio a todos aqueles pensamentos nostálgicos que sempre me levavam à alguém.
Alí, de frente ao juíz, algemado, há mais de duas horas, eu ouvia o promotor ao meu favor contar toda a minha história. Uma versão melhorada dela, aliás.
-Senhor Kim Namjoon--meu promotor, Kim Myungjun voltou sua atenção a mim--conte tudo ao meretissimo.
Antes do julgamento ter o início oficial, fiz o juramento de falar a verdade e nada além da verdade. Não é como se eu precisasse mentir para me livrar.
Fiz uma reverência meio desengonçada e me sentei novamente para dar a minha versão.
-Tudo começou quando...eu fui o nove um oito meia pela primeira vez--engoli seco--os homens que estavam na cela já tinham um grupo com vínculo de gangue do lado de fora do presídio--procurei em todo instante falar palavras mais formais--eles me forçaram a entregar cocaína para um outro detento.
-Está dizendo que a circulação de drogas aconteciam constantemente naquela época?--o juiz me interrompeu, para a minha surpresa.
-Hum--assenti--o tempo inteiro.
-Bom saber que diretora Oh Sehuna não anda falando toda a verdade nos inquéritos--riu amargurado--continue.
-Eu perdi a droga e não pude fazer a entrega que eles queriam.
-Você perdeu ou a usou?
-Não uso drogas, senhor--falei e um suspiro saiu por meus lábios--uns caras roubaram de mim.
Eu menti.
Menti diante um juramento fajuto.
Porque eu precisava protegê-lo.
-Min Yoongi me fez pagar pela droga--aleguei--e ele me ameaçou caso eu não fizesse. Eu não tinha de onde tirar dinheiro.
Tudo passava por minha cabeça enquanto eu falava.
-Liang Hui foi minha saída em meio ao desespero--dei um pigarro para limpar a garganta--e eu acabei entrando em divida com ele também.
-Kim Namjoon, você é burro?--nunca esperei ouvir isso de um juíz--continue.
-Conseguiram provar minha inocência e eu fui liberado--prossegui--mas eu recebi ameaças de Min Yoongi novamente e fui obrigado a fazer serviços para ele lá fora. Consequentemente, para Hui também.
E em pensar que minha vida mudou alí...
Eu pude viver como um cara normal naquele curto período. Tive um encontro com aquele homem o qual foi responsável de me desestabilizar até hoje.
No tribunal pairava um ar pesado que me deixava atordoado.
-Vamos para as filmagens--promotor Kim deu sinal para um homem com cara de tédio que comandava o computador ligado ao projetor--a câmera da frente mostra claramente Kim Namjoon com esse jovem, Jaeno chegando ao local do crime. Senhora Kim e Liang estavam dentro do local e o menino mais novo foi dispensado--ele narrava os fatos.
Fico me perguntando o porquê demorar tantos anos para essas provas virem em evidência.
-Vamos dá um intervalo--o juíz bebeu água--ao retornarmos, darei a junção dos fatos e o resultado da audiência. Me dêem licença.
Ele fez uma reverência e todos ficamos de pé.
Suspirei pesado e me sentei novamente.
-Você se saiu muito bem, senhor Kim--meu promotor falou, sorrindo.
-Você acha que ele vai me liberar da pena?--perguntei.
-Provavalemente--disse seguro.
O que percorre minha mente todos esses anos é tudo voltado ao SeokJin, querendo ou não.
Ele ainda lembra de mim?
Ele clama por minha presença?
Ou seguiu a vida e agora está casado?
Ele não deu notícias esses últimos anos e eu não consegui ter a cara de pau de perguntar ao seus amigos que ainda trabalham aqui.
Não é como se eu esperasse que ele fosse acender uma vela todas as noites à minha espera.
Eu queria poder contar a ele tudo que sinto neste momento...
A tensão dentro de mim permaneceu enquanto eu lanchava o combo de fast food que haviam me dado para comer. Nem lembrava mais do gosto que aquelas comidas tinham.
-Vamos voltar lá pra dentro--o promotor me chamou e o guarda me algemou de volta.
O ar parecia purificado agora. Quando o juíz se sentou, todos também sentaram e olharam atentamente para ele.
-Bom...com os fatos apresentados, o senhor Kim Namjoon foi vitima de um engano ao qual propurseram que a culpa fosse dele no assassinato da própria mãe--passou umas folhas--condenado a pena de dez anos, no julgamento de hoje, será eliminado o cumprimento de pena dos próximos anos.
Pude jurar que meu coração parou de bater por um tempo.
-O réu, que antes, indiciado pelo homicídio foi considerado--olhou para frente--inocente.
Bateu no malhete.
Todos bateram palmas e eu senti uma lágrima escorrer por meu rosto.
Eu estou livre...
➴➵➶➴➵➶➴➵➶➴➵➶➴➵➶➴➵➶
Aaaaaaaaa, O NAM FINALMENTE VAI TOCAR A VIDA DELEEE.
Vocês nem imaginam o quão ansiosa eu estava por escrever esse capítulo!!!
Demorei, né? Mas gente, tinha tanta fic para repostar por causa de uns ataques aí. Felizmente voltamos a programação normaaal.
Vocês estão bem?? Espero que sim!!
Lembrando, Detento 9186 está pertinho do fim.
Até o próximo cap!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Detento 9186 Namjin
FanfictionO novo detento era um grande problema, um grande valentão que se envolvia em brigas, sempre saindo muito machucado. SeokJin estava lá, o médico da prisão iria ajuda-lo. Você está prestes a encarar as dificuldades de um presídio, a guerra dentro e fo...