[Narrador]
A brisa bateu desarrumado os fios platinados de Kim Namjoon ao sair da prisão. Finalmente estava livre.
Conseguia sentir o cheiro agradável da chuva que tinha caído mais cedo. Era mil vezes melhor do que sentir o cheiro daquela cela, que parecia ter um bicho morto.
O céu cinzento até se tornava bonito. Cheiro de liberdade.
-Ei loira do banheiro, dá pra parar de tá se deslumbrando? Não tenho o dia todo--Namjoon ao olhar para o lado, viu Hui com as mãos na cintura.
O homem de cabelos avermelhados usava um terno preto. Sem gravata e um piercing na orelha. A tatuagem no pescoço ficava um pouco visível.
Tudo que fez foi revirar os olhos. Liberdade o cacete.
-Já veio me buscar, babá?--Namjoon perguntou ao se aproximar do homem.
-Claro--sorriu azedo--não vou deixar meu querido membro escapar assim--abriu a porta do Mustang vermelho.
Aquele carro era muito caro. Mas nada que Hui não pudesse pagar.
-Andou gastando esses tempos, pelo visto--o platinado se referiu ao carro.
-Claro, agora entra logo. Não tenho o dia todo.
Namjoon assim fez. Sabia que não era seguro, mas parecia que não tinha lhe restado outra opção.
-Está me levando pra onde?--perguntou assim que Hui seguiu uma estrada de terra.
-Pra casa--sorriu, olhando brevemente para Namjoon.
Com "casa", Hui queria dizer, a central do tráfico de sua gangue. Namjoon nem imaginava o quanto as coisas tinham mudado em tão pouco tempo.
-Antes que você me pergunte--Hui disse passando a mão direita pelo cabelo--Jackson está morto.
-O quê?!--Namjoon não esperava por aquilo.
-Ele virou um bostinha--disse naturalmente.
Namjoon nem acreditava naquilo. Hui tinha sido capaz de matar o próprio irmão. Jackson era ousado, fazia apenas coisas para satisfazer os próprios interesses. Mas sempre foi leal ao irmão.
Bostinha? Hui ainda tinha coragem de dizer que o irmão tinha virado isso? E ele? - Namjoon pensou.
O platinado apertou as sobrancelhas em sinal de estranheza quando viu tanta gente cercando o local.
-Quem são todas aquelas pessoas?--perguntou quando passaram pelos portões.
-Minha guarda.
Hui tinha um trono, o trono da máfia. Era claro que ele precisava de uma proteção grandiosa.
Namjoon só queria correr daquele lugar.
Tudo seria tão simples, se sua mãe não tivesse feito seu pai ter uma recaída. Tudo seria tão simples se ela não tivesse decidido desligar os aparelhos.
Mas ela tinha motivos.
Como Namjoon, ela entrou em um mundo sem saída. Por que não aproveitar? Era a única coisa que restava mesmo.
-Aqui, seus brinquedinhos--Hui pegou uma caixa que uma das mulheres segurava.
Na caixa tinha um celular, um punhal, luvas, algemas e uma arma.
-Ver se não cai quando for atirar dessa vez--Hui debochou.
Da ultima vez, Namjoon manuseava uma arma de grande porte, o impulso foi tão grande, que seu corpo foi de encontro ao chão.
O platinado observou o celular. Era um samsung S10. Pelo menos ia ter como falar com SeokJin.
-Só de uso do trabalho--alertou--nada de ficar namorando com esses caras por aí.
Namjoon revirou os olhos ao ver a forma que ele falou.
Não é como se ele fosse sair atirando para todo lado. Só precisava da arma para alguma emergência. Uma emergência que Namjoon esperava que não acontecesse.
Agora estava dada a largada para o mata-mata. Namjoon nem tinha conseguido pensar no que fazer.
Sua nova casa agora seria alí. Seu quarto era tão pequeno quanto aquela cela.
Ainda continuava em uma prisão.
Quando pode ir finalmente para o quarto, lembrou do número que SeokJin tinha anotado.
-Tá de brincadeira, né?--perguntou ao ver que os dois últimos números estavam apagados--universo filho da puta. Por que tudo dá errado?
Mas Namjoon não desistiria. Iria fazer todas as combinações possíveis para descobrir o número.
🐯
O Nam vai descobrir?
Se antes as coisas não estavam fáceis, agora se tornarão piores.
Nos vemos na #Namjoon9186
VOCÊ ESTÁ LENDO
Detento 9186 Namjin
FanfictionO novo detento era um grande problema, um grande valentão que se envolvia em brigas, sempre saindo muito machucado. SeokJin estava lá, o médico da prisão iria ajuda-lo. Você está prestes a encarar as dificuldades de um presídio, a guerra dentro e fo...