Detento 9186 Namjin

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[Kim Namjoon]

Ao pensar em SeokJin, sentia meu coração acelerar e o sorriso se formar espontaneamente. Eram todos os sintomas de uma maldita paixão. Não que seja ruim, mas sim pelo fato de eu não poder dar tudo a SeokJin.

Ele queria que eu abandonasse aquela vida com bandidos. Eu também queria, mas a dívida que eu tinha não ia me livrar tão cedo desse meio.

Estava em minha beliche, peguei o giz amarelo desgastado na lateral e escrevi na parede.

Hope...

Porque eu tenho esperança que tudo isso é apenas um sonho ruim.

Saí de meus pensamentos quando o barulho das grades de nossa cela abrindo, ecoou pelo local. Os três homens que dividiam a cela comigo olharam pro Chefe da segurança que estava na porta, eu fiz o mesmo.

-Detento 9186, você vai falar com o Detetive agora--falou balançando as algemas que estava em sua mão.

Desci de minha beliche e fui até ele.

-Por que?--perguntei enquanto ele acochava as algemas em meu punho.

-Surpresinha--sorriu sinico.

-Jeon!--Yoongi chamou antes de sairmos--preciso falar com você.

Olhei para o chefe de segurança e presupus que se tratava dele, quando instantaneamente se virou para olhar Yoongi.

-O que foi?--perguntou rispido.

-Aquela visita vem quando?--meu companheiro de cela perguntou.

Jeon apenas sorriu, um gesto bem aleatório.

-Daqui uma semana--falou.

Eu sabia!

Era claro que tinha alguém ajudando, e aquele filho da mãe era o responsável.

Logo em seguida, fui guiado para a sala de depoimentos. Um homem de cabelos alaranjados estava sentado, na cadeira a sua frente havia outro homem.

-Olá 9186--o de cabelo tingido disse--esse é seu advogado, Do Kyungsoo.

Apenas balancei a cabeça enquanto o homem fazia uma reverência.

-Sou o detetive Jung Hoseok, sente-se--assim fiz, me sentando ao lado de meu advogado--estive estudando seu caso, e vi que você nunca trabalhou sozinho--ele mexeu em alguns papéis--sei que tem gente grande por trás de você...agora eu te pergunto...quem manda em você?

Quem manda no bonequinho Namjoon?

Eu poderia ser honesto e dizer que se tratava de Hui, mas aquele advogado estava a mando dele, claro que o alertaria. Eu estaria muito mais fodido.

Eu queria contar toda a verdade, ter uma penalidade reduzida e poder ver o SeokJin fora desse presídio, mas seria mais impossível do que nevar no Brasil.

-Não tem ninguém--falei sem esboçar alguma reação.

Jung riu.

-Aigoo, facilite nossas vidas--ele fez gestos com as mãos--vai Namjoon, diz aí, você terá uma redução na penalidade--insistou.

Sorri fraco e disse:

-Já disse, não tem ninguém, detetive Jung alguma coisa.

-Hoseok!--exclamou--Jung Hoseok--sorriu sinicamente.

Sorri com a mesma intensidade.

-Está querendo brincar comigo, Kim Namjoon?

-Eu...

Fui interrompido pelo meu advogado.

-Desculpa pelas atitudes de meu cliente--ele disse calmamente abrindo a sua pasta--levantei alguns dados que mostram que não há fatos o suficiente para incriminar o meu cliente.

Jung, agora também nomeado como Hoseok, pegou o papel e analisou por alguns minutos.

-Tem provas?--questionou logo em seguida.

-Tenho gravações--disse confiante.

Que gravações?

-Se me permite, quero analisar também.

-Claro--o advogado remexeu em sua pasta mais uma vez, tirando um pen-drive--aqui está tudo, analisei com a bastante cuidado.

-Okay...--agora com o objeto na mão--irei ver e falo na próxima visita, a qual trataremos acordos para irem ao tribunal.

Eu queria muito saber que gravações eram aquelas...