Detento 9186 Namjin

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[Kim Namjoon]

Eu não consegui parar de pensar em como começar a falar toda a minha versão e toda a minha história para SeokJin.

Não sabia se começava com um Era uma vez, ou um tudo foi predestinado a dar errado.

E eu quero mesmo ser o mais sincero possível.

Eu me sinto como uma borboleta. Aquela que sai explorando por aí mesmo sabendo dos perigos. Eu sabia que não poderia sair. Mas quando saí, me arrisquei demais.

Eu gemi quando sentei na cadeira.

Meu bumbum tava realmente dolorido.

-Oi Nam...joon--o Doutor sorriu--eu solicitei uma visita hoje. Quero muito começar a te entender--ele se arrumou na cadeira.

Dei um leve sorriso.

Ele parecia mesmo disposto a me dar uma chance de explicar toda a minha versão.

SeokJin me olhava bem atento. Esperando que eu começasse a falar.

Eu poderia pedir naquele instante para que um meteoro caísse bem na minha cabeça. Mas não, eu só queria ser sincero com SeokJin.

Eu quero ser sincero com ele.

-Por onde eu começo...--falei tentando procurar a palavra certa.

-Pelo começo?--ele levantou o olhar.

Assenti.

-Eu tive uma infância muito boa, SeokJin. Mas eu nunca percebi que minha mãe sempre foi frustrada com o casamento que tinha. Não era o casamento em si. O problema era eu--puxei o ar para continuar--eu acabei com a carreira dela, o sonho de ser bailarina. E essa minha percepção só veio quando tivemos uma briga.

Contei com todos os detalhes, quando meu pai morreu, como minha mãe começou a agir estranho...

E seus olhos graciosamente atentos me deixava confortável.

Eu precisava muito que alguém me ouvisse. Precisava contar os detalhes que ninguém além de mim sabia.

Eu sempre tive medo de contar para alguém quem eu realmente era.

Mas agora...

Agora eu tinha SeokJin.

Eu quero viver agora. Quero viver para contar como me sinto para SeokJin.

-Mas...como...--ele pensou--como você acabou matando sua mãe?

-Eu não matei ela...as provas dizem que sim, mas eu não matei e nem mataria--confessei--por mais que ela fosse a pior mulher do mundo...ela era minha mãe--senti meus olhos arderem.

Eu não ía chorar para SeokJin ter pena de mim.

Eu poderia chorar por todo o medo que sinto. Apenas isso.

Mas eu não vou chorar.

-Hui...ele armou tudo--prossegui--colocou a arma na minha mão e...

-Você atirou...?--concluiu.

-Não!

Expliquei todos os detalhes.

Eu me sinto tão estranho e cada vez tendo a certeza que quero muito o SeokJin.

Mas provavelmente ele não sabe disso.

Eu sempre fui superficial com meus sentimentos. Não poderia me entregar para qualquer um.

SeokJin ficou calado depois de um tempo. Aquilo poderia ser bom ou péssimo.

Eu esperava essa reação.

Uma reação duvidosa. Sem saber se acredita ou se acha uma loucura.

-Olha, eu não sei se te beijo, se te abraço ou se...--ele disse.

-Se...?--perguntei com dúvida.

-Se te dou colinho--ele riu--puta merda, você é um azarado do caralho.

Eu ri. Ri de alívio. Ri por ele ter me entendido.

E sim, eu sou mesmo um verdadeiro azarado.

-Nam...você pode contar comigo--ele se esticou para pegar minha mão--eu posso tentar...--ele sorriu.

Ele quer me matar? É sério, não estava preparado para essa reação.

SeokJin me faz sentir tantas coisas que me assusta.

Essa sensação era tão nova...

~

E mais uma vez eu acabando o cap com fome kkkll

Eu tenho o costume de postar mais cedo, me desculpem. Tô atolada de coisa pra fazer em casa (minha mamãe tá fora e eu tô tomando conta de tudo).

Vocês estão bem? Já comeram?