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Minha mãe não acreditou que nessa noite de sábado eu teria uma festa para ir. Na verdade, até Noah ficou surpreso. Ele estava tentando convencer a minha mãe de não me dar permissão para ir, porque apenas ele do grupo, não iria.

— Se você não está com vontade de sair está noite, deixe a garota se divertir — minha mãe retrucou, virando a página da revista de moda que ela via no sofá — É raro a Savannah sair, Noah.

— Por isso mesmo — ele continuou implicando. — E se alguém mexer com ela? Ou pior, e se doparem ela? — ele questionou, deixando minha mãe com dúvida.

— Pensando bem... — começou a minha mãe.

— Pare, Noah! — pedi firmemente.

— Você não sabe se comportar em festas, Savannah. Ainda mais com esses caras da faculdade — ele fez uma careta e continou a dizer: — Eles apenas querem levar qualquer garota para a cama.

— Eu não sou qualquer garota — retruquei, apertando mais o sofá no quão a minha mão estava apoiada. Eles desviou o olhar para elas, e eu tentei relaxar.

— Não estou dizendo que você é...

— Você não é o papai, Noah! — o cortei, olhando fundo nos seus olhos. — Pare de agir como se você fosse. Isso me sufoca.

— Você não sabe se meter com gente de fora, Savannah! — ele avisou, levantando a voz.

— Porque você fica no meu pé o tempo inteiro! — eu disse mais alto.

— Parem com isso — minha mãe se levantou e olhou para nos dois, com a testa franzida e sem entender porque estávamos discutindo sobre aquilo. — Noah, pare. — ela pediu baixo. — Savannah sabe se cuidar.

Ele olhou para mim, parecendo estar com raiva. Se levantou do sofá com vontade e subiu para o seu quarto, eu e minha mãe fechamos os olhos ao ouvir ele batendo a porta forte.

— Savannah... — ela chamou, como se já estivesse me repreendendo. Naquele momento, a buzina do carro de Sofya me tirou daquele sermão que eu estava prestes a receber. — Apenas... Tenha cuidado.

Dei um beijo na sua bochecha e sai de casa, caminhando para o carro aonde Sofya tinha o vidro aberto para se certificar de que eu estava indo. Quando disse que iria, ela só faltava explodir de alegria na vídeo chamada.

— Pensei que ia desistir — ela revelou. Abri a porta do carro e entrei, logo ela deu partida ainda com um sorriso no rosto. — Vestido bonito.

— Minha mãe ajudou a escolher — falei orgulhosa por saber que havia feito uma boa escolha. Ele era escuro. Diferente dos vestidos claros que eu costumava usar, essa era a única peça de roupa que cortava a divisão de todas as roupas nas cores claras que eu tinha. — James irá, certo? — perguntei, apertando o botão para o vidro do carro subir. Estava um vento gelado.

— Se ele não aparecer lá, vou fazer questão de ir busca-lo — ela assegurou, me fazendo dar risada. — Quando chegarmos, não conte nada á ele mas... Vanessa vai estar lá.

— Pensei que você havia o convencido á ir nessa festa para se distrair. Porque o assunto era ela — lembrei e Sofya revirou os olhos.

— Olha só, a culpa não é minha se a garota conhece a metade das pessoas dessa cidade — ela se encostou mais no banco, quando paramos no farol. — Além do mais, vai ter tanta gente que é capaz de nem nos encontrarmos.

— E se isso acontecer? — Sofya ergueu as sobrancelhas e me encarou.

— Pensar positivo sempre ajuda. E James não gosta mais dela, ele apenas não consegue suportar a ideia que ela tenha se tornado essa pessoa de agora - Sofya explicou. 

5 ᴘᴇᴅɪᴅᴏs • ᵇᵉᵃᵘᵛᵃⁿⁿᵃʰOnde histórias criam vida. Descubra agora