A eterna culpa de Fuyumi.Fuyumi não conseguia esquecer as palavras que Izuku cuspiu em sua cara, o rosto dele em repleto desespero, tanto que estava surdo aos arredores, ele chorando e as câmeras ligadas em volta. Seu pai estava mais que puto com tudo aquilo, afinal Izuku havia "envergonhado" ela em público.
Ela sabia que tinha de fazer alguma coisa mas não é como se uma ideia fosse cair do céu assim do nada e pronto, a vida dela estava pronta sem nenhum sentimento irritante. Ela não se sentia cem por cento culpada, até porque para ela Izuku sempre havia deixado ela fazer o que ela fazia, porém após ouvir ele gritar com tanta dor naquela cafeteria ela estava começando a se questionar, ela não sabia se o que ela fez era certo mais, e quando ela percebeu que Izuku nunca havia de fato deixado, o mundo dela caiu. Ela havia abusado dele, da ingenuidade dele, e da bondade dele. Havia forçado ele a se abrir e fazer coisas segundo o que ela queria, forçado ele ao nível dele desacreditar em si mesmo. Mexido tanto com a cabeça dele que ele achava que ele era o errado no fim.
Ela queria um pouco de perdão, mas com um motivo egoísta, ela queria que ele o perdoasse para que ela só podes se esquecer disso tudo sem parecer uma completa idiota, maluca e sem noção. O status era o que importava, aparentemente. Só que para ela pedir desculpas ela tinha que fazer o pai dela parar de fantasiar, e parar de acreditar naquela mentira tosca que ela contou anos atrás para se safar. Ela tinha que ser honesta com ele queira ele escute ou não e o convencer de que ele deveria parar de ir atrás de Izuku.
Era isso, esse era o plano até agora. Era terça-feira à noite, a hora que ela chega em casa e encontra com o pai sentado numa poltrona na sala com a televisão ligada gastando energia enquanto está a ler alguma coisa no celular. Ela respirou fundo, ela queria acabar com isso tudo o mais rápido possível para dormir bem a noite. Ela queria finalizar esse capítulo.
— Pai? —ela chamou, um rapaz de voz áspera gritando para um jogo na televisão ecoando na sala mas não o suficiente para bloquear seu chamado baixo. Ele nem se incomodou em olhar para ela enquanto ainda passava o dedo na tela do celular. Ele murmurou com a boca esperando que ela continuasse, acostumada com esse comportamento, ela continuou. — Você lembra do senhor Midoriya? —ela puxou assunto com calma não querendo que ele comece a quebrar as coisas pela casa em fúria.
— O quê que tem ele? —perguntou com um forte tom de raiva na voz. Ela esfregou as mãos nos braços tensa.
— Preciso te contar uma coisa. —ela soltou o ar dos pulmões, olhou para o teto e então olhou para ele novamente, os olhos vermelhos dele finalmente olhando na direção dela, com fúria e curiosidade. — Era mentira. —ela respirou forte. — Ele nunca me abusou. Pelo contrário.. —ela se sentiu incerta se aquilo era necessário ou não, mas continuou mesmo assim. — Eu quem abusei dele. —as palavras saindo da boca, o ar preso nos pulmões de tensão, ela nunca esperava que seria tão ruim admitir isso.
Seu pai estava com tanta raiva que ela não aguentou ficar perto por mais tempo. Ele berrava para as paredes. Irritado que ela havia mentido, que ele havia perdido tempo e perseguido alguém que não merecia sua atenção, e mais irritado ainda em como ele vai explicar a situação aos próximos que o ajudava ir atrás de Izuku. Fuyumi se escondeu no quarto, trancou a porta, e seu sentimento de culpa aumentou.
Já passou uma semana e ela ainda estava incomodada, achava que se desse tempo (não tanto pois estava apressada) ela iria esquecer dessa culpa, principalmente depois de ter assumido que mentiu ao pai.
Bom talvez lá no fundo ela só queria ouvir ele pedir desculpa para finalmente saciar seu pedido egoísta. Mas ela sabia que ele não iria a perdoar. Pois como ele mesmo disse, um pedido de desculpas não iria recuperar anos da vida dele. Ela resolveu avisar a ele, então, que os seus dias indo de cidade a cidade estava acabados.
Mas como? Ele não queria ver sua cara, não queria ouvir dela, e nem pensar sobre ela. A essência dela era tão tóxica e cansativa que ela sucumbirá no instante que perceber que estão a um quilômetro de distância. Além que ela nem sabia se ele tinha o mesmo número de celular, não sabia seu arroba no Instagram e nem se ele usava o mesmo e-mail.
Ela pegou o celular, umas nove e quinze da noite de quarta, e procurou seu número na lista de contactos, o número que ela nunca se por a apagar. Ela ligou, e o chamou, chamou e chamou. Quando finalmente alguém atendeu.
— Mhm, Alô? —a voz rouca do outro lado da linha se fez presente nos ouvidos de Fuyumi. Ela reconheceu, Midoriya Izuku. Impressionada que ele estava dormindo as nove da noite. Uma dor no peito se instalou quando ela percebeu que ele havia apagado o número dela. Ela puxou o ar sabendo que no instante que ele a ouvisse ele iria desligar.
— Meu pai não vai mais atrás de você pois eu falei pra ele a verdade. —ela disse num só ar, soltou o resto e puxou mais oxigênio para os pulmões.
— Fuyumi? —ele perguntou do outro lado da linha.
— Sim. Desculpa. Boa noite. —ela disse tirando o celular do ouvido.
— Obrigado. —ela pode ouvir, bem baixinho graças a distância que o celular estava, ela o puxou de volta a orelha rapidamente.
— O quê? —era tarde de mais, os beeps mostrando que a ligação havia terminado. Ela se jogou contra o colchão, respirou fundo inalando e soltando ar lentamente encarando o teto, celular descansando na mão sobre a barriga.Fuyumi ainda se sentia culpada, e ela queria perdão, mas não por motivos egoístas, mas sim porque ela finalmente percebeu a gravidade de seus atos. Ela finalmente percebeu como ela manchou um anjo.
——
Vi alguém comentar em como queria que a Fuyumi e fudesse então resolvi fazer um capítulo só pra deixar claro que ela vai morrer com a culpa e arrependimento corroendo ela aos poucos.
Talvez eu faça mais extras no futuro, o que que vocês querem ver?? Completamente fanservice pois eu sou uma vadia de vocês. Pode ser cannon com a fic ou não.
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Eighteen [18] [TODODEKU AU]
ФанфикHistória inspirada na música "18" de Anarbor. ---- [NÃO REVISADO; DESCULPE PELOS ERROS DE GRAMÁTICA] - Oh! Tive uma ideia. -soltou uma risada e deu uma tragada no cigarro. - Sim?... -respondeu o de cabelos bicolores. - Se quer tanto deixar se...