Eighteen [18] [TODODEKU AU]

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—>Prólogo

 

  "Você é idiota, é?"

    — Feliz aniversário de dezoito anos, Todoroki. —falou o de cabelos verdes encarando as luzes da cidade do outro lado do rio.

  — Dezoito, é. —respondeu o de cabelos bicolores.— Parece que já sou maior de idade, já faz umas duas semanas, mas, mesmo assim, isso da um sentimento tão...

  — Libertador? —perguntou o de cabelos verdes.

  — É. —confirmou Todoroki.— Midoriya, o que pretende fazer? —perguntou.— Digo, no ano que vem?

  — Ah, nem sei. Talvez conseguir uns trocados tocando em alguns bares, continuar viajando. —respondeu, tirou um maço de cigarro do bolso e o acendeu com um isqueiro.— E você? —soltou a fumaça da boca no ar encarando as estrelas.

  — Não sei, acho que vou planejar minha saída de casa. Meus pais não me veem como um de maior e isso me incomoda. —respondeu.

  — Hm. Não há nada melhor do que provar que eles estão errados, né? Vai por mim, isso é humano. —deu de ombros.

  — Acho que isso é uma possibilidade. —falou. Ele encarou o mais velho o vendo segurar o cigarro perto da boca olhando atentamente pro céu. Esticou o braço tentando alcançar o cigarro, que foi afastado pra longe pelo esverdeado.

  — Nãããão. —respondeu.

— Deixa eu experimentar! Já tenho dezoito! —exclamou Todoroki. Midoriya o encarou e sorriu.

  — Céus, você parece eu. —esticou o cigarro pro garoto. Este que curioso e animado colocou o cigarro na boca e deu um chupão, o que o fez soltar o mesmo imediatamente tossindo a fumaça. Ele olhou o cigarro no chão e encarou o esverdeado.

  — Você é idiota, é? —perguntou pegando a caixinha para pegar mais um cigarro.— Não chupe de uma vez. —franziu as sobrancelhas e acedeu mais um e entregou pro garoto.

  — Desculpe! —respondeu. Dessa vez chupou o cigarro de maneira certa soltando a fumaça logo em seguida sentindo um péssimo gosto na boca.— Uh, isso é horrível. Como gosta disso? —perguntou.

  — Nunca falei que gostava. —deu de ombros.— Então, o que planeja fazer para se mostrar mais maduro pros seus pais? —perguntou.

  — Não sei, talvez dar uma louca. —encarou o céu entregando o cigarro pro homem mais velho.— Ou os deixar loucos o suficiente para pagar um apartamento pra mim. —deu de ombros.
 
  — Quer que eles não te suportem mais para te mandarem pra um ap? —repetiu Midoriya. Soltou uma risada.— Quero ver o que isso vai dar.

  — Bom, pra mim parece um ótimo plano. —falou, Midoriya passou o cigarro, Todoroki o pegou dando uma tragada.

  — Você é idiota, é? —murmurou.— O que pretende fazer pra enlouquecer eles? —perguntou.
 
  — Não sei, pegar o carro do meu pai talvez. Publicar fotos em festas.

  — Você é o que? Uma criança? —perguntou Midoriya roubando o cigarro das mãos do bicolor o levando a boca.— Se quer enlouquecer eles, tem que fazer o completo contrário do que eles normalmente fazem. —franziu a testa dando um pulinho pra trás sentando no carro preto.

  — Você sugere? —perguntou Todoroki.

  — Namore um cara, um bem alternativo, pegue o carro deles é vá para festas e nem volte pra casa, só na manhã seguinte. O que eu quero dizer é, faz o que você nunca esperaria que iria fazer e que parece ser divertido.

  — Quer me transformar em você? —riu.— Acho que ficar perto de você já me leva pro mal caminho. —soltou uma gargalhada.

  — Estou emocionado pela parte que me toca. —falou Midoriya com sarcasmo.— Mas acho que é mais ou menos isso. Se transforme num pequeno eu. As pessoas vão deixar de gostar de você num piscar de olhos. —falou.

  — Não seja tão sadboy seu pedaço de ruindade. —riu.

  — Você não manda em mim! —deu a língua.

  Todoroki e Midoriya então ficaram encarando a visão que tinham dali. Estavam numa montanha que tinha ali na saída da cidade, parados numa área para estacionar e olhar a paisagem. Estavam sozinhos e vez ou outra carros passavam pela estrada indo e vindo dali, aproveitando a brisa gelada e a escuridão da noite apenas com a iluminação longínqua da cidade e do poste de luz que vez ou outra piscava a alguns metros dali.

  Muitas pessoas nem paravam lá por ser escuro, mas isso era a perfeição para os dois, já que eram mais do tipo noturnos.

  — Oh! Tive uma ideia. —soltou uma risada e deu uma tragada no cigarro.

  — Sim?... —respondeu o de cabelos bicolores.

  — Se quer tanto deixar seus pais malucos, por que não sai comigo? —sorriu e encarou o garoto.— Se está procurando por tatuagens e cabelo grande, está com sorte. —sorriu o de cabelos verdes tragando do cigarro mais uma vez soltando a fumaça no ar gélido da noite. O bicolor roubou o cigarro das mãos do mais velho e sorriu, tragou forte e tossiu logo devolvendo o cigarro pro outro, este que riu.

  — Mesmo você sendo um velho idiota. Tem boas ideias.

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  Eu estou bem animado pra isso aqui, continua?