Chapter II

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Biblioteca da propriedade Winfield, Madrugada de 8 de Janeiro, 1821

"Não, não, não e não, definitivamente não, isso só pode ser um pesadelo, o pior pesadelo da minha vida mas um pesadelo" A cabeça da Hinata girava enquanto via a cena desenrolar na sua cabeça, ela e o maior libertino da Inglaterra encontrados sozinhos, na madrugada, dentro da biblioteca de portas fechadas, ela com o vestido rasgado até acima do umbigo, os dois mais pertos um do outro do que demanda o decoro e para completar, sua tia e a maior fofoqueira do país os flagrou naquela situação.

– Senhor Uzumaki, é melhor que você tenha uma boa explicação para isso – a voz de seu pai foi o que a fez voltar para a realidade.

– Se-senhor Hyuuga e-eu... eu... bem... eu...

"Agora ele resolve gaguejar" pensou a Hyuuga.

– Papai, eu sei o que parece mas não é nada do que parece – "droga o que aconteceu com minha capacidade de pensar?" – Eu estava com insônia e vim buscar um livro… livro cadê você? Aqui! – se agachou e pegou no chão – E encontrei o senhor Uzumaki por pura coincidência, infelizmente quando ele estava se retirando acabei caindo da escada e rasgando minha camisola, ele voltou para verificar se eu não tinha me machucado e foi aí que vocês chegaram – disse tudo em um fôlego só – Foi isso, só isso, mais nadinha de nada.

Ela olhou para o Uzumaki que concordava veemente com a cabeça, enquanto seu pai e as duas mulheres alternavam os olhares entre um e outro.

– Escutei passos no corredor junto com Fukimo e resolvemos chamar o anfitrião para averiguar, sabe, festas no campo são chamarizes para escândalos e ruína de jovens, imagina a minha surpresa ao descobrir que a dama é minha própria sobrinha?

Fukimo poderia fingir aquele olhar horrorizado mas dava para perceber o brilho de diversão, era uma das únicas testemunhas da queda do Conde de Wessex, pego por uma solteirona que ele mesmo categorizou como maçante.

– Milady, posso afirmar que nenhuma reputação foi arruinada essa noite – disse o loiro em um tom que provavelmente usava para mostrar sua autoridade – Como a srta Hyuuga está bem vou me retirar, boa noite!

– E se alguém viu ela vindo ao seu encontro? – retrucou a Akira detendo-o no lugar.

– Eu não vim ao encontro de ninguém – ela disse em um rosnado –  E ninguém me viu, eu juro! – ela estava desesperada e não gostava do rumo que a conversa estava tomando – Eu teria percebido.

– Bom, nós vimos você se esgueirando pelos corredores e você não percebeu, quem garante que outros convidados não tenham visto? – A Lady Yoshi se manifestou pela primeira vez para a infelicidade dos dois.

– Não estou entendendo aonde a senhora quer chegar? – o tom de Naruto estava irritado.

– Que a única solução possível é que vocês se casem – disse o senhor Hyuuga entredentes

O silêncio no ambiente durou horas ou talvez só alguns segundos, Hinata não podia confiar nos seus próprios sentidos.

– Não – a palavra saiu sem que ela pudesse controlar – Não, não, não, por favor papai, o senhor não pode me obrigar a fazer isso! Por favor eu te imploro, qualquer coisa menos isso – sua voz começou a embargar pelo choro e antes que percebesse suas bochechas já estavam molhadas.

Naruto nunca se sentiu tão desprezado na vida, nenhum homem quer ser obrigado a se casar, mas a forma como a Hyuuga implorava para não se casar com ele era um golpe para seu ego.

– Srta Hyuuga – todos viraram para ele como se tivessem esquecido que ele ainda estava ali – Eles tem razão, eu deveria ter saído no exato momento em que te vi entrar na biblioteca, pelos céus você jamais deveria ter deixado o seu quarto, o que diabos estava pensando? – bufou e negou com a cabeça – Mas você sabe que é a única forma de salvar sua reputação – se virou para o senhor Hyuuga – Nos casamos em duas semanas.

A Condessa de WessexOnde histórias criam vida. Descubra agora