Chapter XX

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Londres, 1 de março, 1821

Hinata acordou com muita dor de cabeça, aparentemente chorar até pegar no sono não era uma atividade aconselhável. Não estava se sentindo muito bem, na verdade estava se sentindo horrível, decidiu pular o café da manhã para dormir um pouco. Entretanto não obteve sucesso, já que Sarah pediu para que ela se arrumasse pois seus pais estavam esperando no escritório, ela sentiu vontade de voltar a chorar, seus pais já deveriam saber do boato, não que ela se arrependesse, mas sentiu vergonha de encarar os pais por não conseguir manter um casamento. Depois de se vestir e beber uma xícara de chá quase a força, desceu para enfrentar os pais.

– Bom dia – tentou sorrir mas a face preocupada do pai e a furiosa da mãe a desencorajou.

– Hinata Hyuuga, você está com sérios problemas mocinha, sente-se.

Quando sentou a posição a fez se sentir mais ridícula ainda, os pais em pé a faziam sentir-se como uma criança novamente que levaria uma bronca por algum erro.

– Minha princesa, ouvimos uma história muito ruim a seu respeito e daquele parasi... digo do seu marido, é verdade? – perguntou seu pai com cuidado.

– Vamos nos manter afastados – disse num fio de voz.

– Por quê? – a mãe dela perguntou mais calma.

– Porque a gente não dá certo junto, Naruto é urgh, cabeça dura.

– Igualzinho a você – disse a mãe.

– Mas ele é pior e me irrita naquela pose “não me importo com o que as pessoas dizem” – disse se defendendo.

– Sabe eu fiquei muito preocupado com a côrte precoce, o adiantamento do debute e o casamento da sua irmã mais nova, porque esperava esse comportamento infantil de dois jovens desmiolados, como ela e o marido, e não de dois adultos – disse o pai decepcionado. Os olhos de Hinata encheram de lágrimas, o pai nunca brigou com ela, nunca, ele sempre aliviava toda e qualquer situação que se metesse, saber que ele estava decepcionado com ela era muito pior que qualquer coisa.

– Isso é culpa sua – alegou a mãe – Sempre mimou demais as nossas filhas.

– Minha? Quem deveria tê-la criado para ser uma boa esposa era você – defendeu-se.

– Hiashi Hyuuga você tem trinta segundos para sair deste escritório – arqueou a sobrancelha em desafio.

O homem sorriu amarelo para a filha e saiu rápido.

– O que foi isso? – perguntou Hinata chocada.

– Isso o que?

–  Vocês – olhou para a porta que o pai saiu – Vocês estão bem? – perguntou aflita.

– Claro que sim, que tipo de pergunta é essa? – Hikari disse confusa.

– Vocês nunca brigam, nem discordam, nunca – explicou e a mãe dela começou a gargalhar.

– Ai querida, só porque eu e seu pai nunca divergimos na sua frente não significa que não aconteça, acontece, e acontece muito, seu pai é um grande teimoso, chato de galocha.

– Mas pensei que vocês se amassem.

– Mas a gente se ama, querida – olhou para a filha amorosamente – Já te contei a história minha e do seu pai? – Hinata balançou a cabeça que sim – A história de verdade –
olhou para a filha mais velha que questionou com o olhar – Eu tinha dezessete anos e meu pai chegou em casa e me contou que eu tinha um noivo, foi assim, quando conheci seu pai vi que ele não estava muito mais contente do que eu, ele tinha vinte e três anos,mal tinha saído da faculdade e começado a aprontar como qualquer homem da idade dele faz.

A Condessa de WessexOnde histórias criam vida. Descubra agora