Londres, Quarto da Condessa de Wessex, madrugada, 15 de fevereiro, 1821
Na hora que ela prometeu a camisola não estava pensando direito, não podia estar, resolveu tomar um banho para acalmar o nervosismo. E após enrolar o máximo possível na esperança dele cansar e dormir, pensou em desistir no mínimo três vezes daquela loucura, respirou fundo, reuniu coragem, vestiu a camisola, colocou o robe de seda que faz conjunto com a peça e bateu na porta.
– Entre – a voz dele soou distante.
– Está sozinho? – entreabriu a porta para que ele pudesse escutar.
– Sim, vamos, entre.
Hinata sentia as pernas tremerem enquanto atravessava o vão da porta, no teatro ela até pensou que estava pronta, mas descobriu que não estava.
Ele estava sentado na cama, com os pés apoiados no chão, sem camisa vestindo apenas uma calça, na cama atrás dele tinha várias pétalas de flores espalhadas, por mais que fossem as flores da decoração do quarto achou a atitude muito atenciosa da parte dele, mas só fez o coração dela bater com muita força dentro do peito. Ela parou de frente para ele.
– Te dei dez minutos de vantagem e não – olhou para o relógio que estava no móvel ao lado da cama – Trinta e oito minutos – disse sério.
– Me des-des-culpe – baixou os olhos para o chão.
– Estou brincando Hinata, não precisa pedir desculpas – segurou as mãos dela – Não precisa fazer se não estiver pronta. Posso esperar, já te disse isso.
– Eu quero – suspirou fundo e olhou nos olhos dele – Só tenho medo de fazer alguma coisa errada.
– Só de ser com você já está certo, meu coração – beijou as costas das mãos dela.
– Mas e se…
– Se o que?
– E se você não gostar do que for ver? – disse sem olhar para ele.
– Já falei sobre o quanto seu corpo é perfeito, mas vou repetir, essa possibilidade de não gostar de algo não existe, tudo bem? – ela olhou para ele e tentou sorrir.
– Shiiii, vem aqui vem – Puxou-a pela mão até aproximar os dois o máximo possível – Posso desembrulhar? – ele inclinou a cabeça para olhar nos olhos dela – Não precisa ter medo, sei que esse é um passo muito grande perto do que a gente deu nos últimos dias, só vamos até onde você se sentir confortável, se quiser parar a qualquer momento é só me falar, ok? – Ela acenou com a cabeça, ele beijou um pulso dela e deu uma mordida que espalhou um choque pelo corpo todo dela que estremeceu, repetiu o gesto e viu a reação dela se repetir, sorriu contra a pele dela.
– Posso? – perguntou esperando alguma reação dela e segurando o laço que prendia o robe, ela anuiu olhando para os olhos dele. Com toda a delicadeza ele desfez o laço, abriu o robe e puxou para que ele caísse no chão. Hinata acompanhou todas as reações do rosto dele, desde a expectativa até o choque, não sabia se aquela reação era normal ou boa, deu vontade de se cobrir e correr dali mas continuou firme, grande parte porque seu corpo não conseguia se mover, do choque ele engoliu em seco, enquanto os olhos dele subiam e desciam pelo corpo dela.
– Fala alguma coisa – ela pediu baixinho e ele finalmente olhou nos olhos dela, os olhos sempre azuis e límpidos como o céu do verão no campo pareciam mais escuros, revoltosos e selvagens. Ele pensou um pouco.
– Perfeita – disse calmo e tentou sorrir sereno.
– Não foi isso que você queria dizer – disse ela na defensiva – Você parou para pensar. Estou ridícula não é, não sei o que passou pela minha cabeça?! – disse ela tentando se esconder mas foi impedida por ele.
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A Condessa de Wessex
Hayran KurguHinata Hyuuga no auge de seus 26 anos já carregava o título de solteirona, tudo graças a uma boato na sua primeira temporada que a rotulou de sem graça. Porém sua vida pode mudar ao ser flagrada na biblioteca junto do maior libertino de Londres, Nar...