_ Eu tenho que aguentar até chegar ao quarto.- Os dois estavam se pegando como dois animais ferozes, e o prazer estava em evidência dentro da cabine vermelha do elevador.
Eles já tinham ido até o carro caro de Diego, pegar todos as camisinhas possíveis encontradas lá. E lá mesmo João já havia aberto toda a roupa de Diego, mas mesmo com todos os sinais de embriaguez, sabiam que não podia fazer aquilo no carro.
_ Estamos chegando.- João beijava Diego no pescoço, e isso já estava o deixando doido e mordendo os lábios- Não sei se é por causa da droga, mas você está mais gostoso do que eu me lembro.
_ Ah é??? Então quer dizer- A fala era pausada por um beijo quente.- quer dizer que eu sou mais atraente quando você não está sóbrio? É isso?
João pensou bem e tudo que passava pela sua cabeça era que a droga, a heroína, trouxesse uma percepção diferente sobre tudo, e que tudo o que ele já havia sentido se triplicava quando a droga atingia seu organismo. Estava ciente de tudo, mas ao mesmo tempo não tinha o controle de nada.
_ Quer dizer que você sempre foi gostoso e atraente. Mas que agora- ele o puxa pela grava com seu nó já frouxo.- Você está ainda mais.
Eles saem do elevador, e continuam tudo aquilo no corredor. Tropeçaram um no pé do outro, e caíram no chão. Ao atingirem ele, riam como dois apaixonados que rolavam na grama verde de um parque.
_ Você é a melhor coisa que me aconteceu desde que cheguei aqui. E já faz alguns anos viu?
_ E você é uma versão materializada de tudo o que eu já senti algum dia por alguém. Você exala amor Diego, de todas as melhores formas.
O sorriso de Diego se encontrou com suas orelhas, e formavam algo lindo. As covinhas que apareciam se revelavam profundas, era algo até um pouco engraçado,algo aparecer apenas quando o sorriso atingia seu ápice.
_ Agora, por favor vamos pro seu quarto. Esse chão é muito duro e não dá pra
_ Me comer?
_ Eu diria algo mais carinhoso, mas isso haha, é isso que eu quis dizer.
Diego pressiona sua mão contra o chão, conseguindo se levantar sozinho, e João estende sua mão a ele, pra que pudesse ajudá-lo a levantar.
_ Vamos correndo?- João dizia isso numa voz meio grossa, ou pelo menos tentou, já que sua voz não era algo de se intimidar.
_ Yes, Baby!
_ 1,2,3 e... VAI!
Os dois corriam tão rápido, como se aquilo fosse uma competição valida e que o ganhador fosse receber um grandioso prêmio. Diego foi mais
rápido, e ele de fato chegou em primeiro lugar.
_ Eu disse que eu ia chegar primeiro!! Haha!! Você perdeu meu anjo!
_ É, mas acho que você se enganou ein?-João apontou pra porta do seu quarto.
Diego seguiu pra onde o dedo apontava, e todos estavam lá. Hector, Maria, Sophia e até mesmo o barmen Juan estava lá. Mas só um eles não encontravam. Paulo. Ele não estava lá.
_ O que vocês estão fazendo aí parados?
_Nós queremos uma noite louca e com muito sexo rolando. E acho que você me deve uma não é mesmo Rivera?
Diego que ia falar algo, fechou a boca. Sabia o que ela queria dizer com isso, então ele só concordou com aquilo e então tudo passou a acontecer.
_ Então quer dizer que nós seis, vamos fazer uma orgia? Certo?
_ Por que não? Somos todos bonitos e temos pouca idade. Se alguém descobrir, deixem que falem, eu não tô nem aí.
João caminhou devagar até Maria, e sem que ela ou alguém pudesse falar alguma coisa, ele a beijou. Foi algo inesperado demais pra todo mundo. Até pra ela mesma.
_Ca-caralho.- Ela ficou pasma e teve que se encostar na parede. Aquilo foi bom. E ela queria mais
_ Bem, as câmeras podem pegar a gente então vamos para meu quarto.- João puxava Hector e Diego pela gravata, para darem um beijo triplo. Ambos ficaram surpreendidos por tal ato. Ele pegou o cartão de acesso, colocou na fechadura e arrastou os dois pra dentro do quarto. Se não fosse algo tão sensual, seria algo até suspeito e medonho. Todos os três restantes, não ficaram chupando o dedo do lado de fora, e foram logo entrando. E Maria ali mesmo foi tiramos seu vestido, e deixando a mostra todo seu corpo cheio de curvas. A pele morena brilhava junto ao brilho da lua, e suas roupas íntimas feitas de renda só atiçavam ainda mais a noite, que prometia arder em cada um dos seus corpos. Quatro homens duas garotas e cada corpo com sua sensualidade. A essa altura todas as roupas já estavam no chão, e João de deitado de ponta cabeça, recebendo a boca de Diego no lugar onde ninguém jamais havia, chegado com tanta delicadeza. Em outro canto, Hector beijava em as meninas em parceria de Juan, e as coisas permaneciam assim. A luz da lua, e a do corredor que chegava pela fresta da porta, eram o único ponto de iluminação que permitiam a que eles se enxergassem no escuro daquele quarto.
O centro da noite era João, e ele sentia que podia fazer o que quisesse. Ele sentia prazer, fogo, paixão e poder.
_ Por favor, fechem a porta- Ele dá uma gemida que foi impossível de ser controlada.- E acendam a luz.
_ Acender a luz? Você quer mesmo fazer isso com clareza?
_ Meu amor, deixa eu te contar uma coisa.- Ele pedia que Diego parasse por um tempo, o carinho de forma oral que ele estava recebendo.- a luz é vermelha. E tudo fica mais sensual sobre ela.
E assim seu pedido foi atendido. A forma como tudo melhora, quando o vermelho da luz antige os corpos, tudo parece queimar ainda mais. Tudo se tornou mais intenso. É como se a luz, fosse combustível, para que eles ardessem e tudo se tornasse ainda mais gostoso.
Do lado de fora, a última chave desse encontro, estava pronta pra destrancar tudo quaisquer sentimentos
que pudessem ser liberados.
_Vocês começaram isso sem mim? Nossa, me senti um tanto excluído.
João ainda de ponta cabeça, olhou ele como se fosse alguém estranho, de fato ele era um pouco, já que eles quase não tiveram, nenhum tipo de contato.
_ Olha só, a cobrinha peçonhenta chegou.- João levantava na cama num pulo e com toda sua nudez, parou em frente a Paulo, que era o mais sóbrio do
ambiente.- Você quer participar daqui também?- ele puxou Paulo pelo cinto preto de sua calça, e ficaram próximos um do outro, cara a cara, face a face, boca a boca.- Se quer participar, tem que provar que sabe o que está fazendo! Vai, tira a roupa e vai pra cama. Na verdade todos pra cama, agora.
Naquele momento tudo já estava turvo. Com o passar das camisinhas de mão em mão, das bocas em áreas que já mais pensaram ser tão prazerosas, e com todo o álcool e droga tudo se torna um.
Hector por um minuto de ciência de suas ações, saiu do meio dos seis, foi catando sua roupa e entrando no banheiro.
_Não, não isso tá errado, isso tá muito errado.
Ele parou na frente do espelho, e olhou sua figura, nua, agora "sóbria" e confusa.
_ Quer saber? Que se foda!- ele pegou um saquinho com cocaína, montou a carrerinha na sua mão, e pôs nariz a dentro. Sentia seu corpo voltar a aquele estado de dependencia e que podia voltar a ser quem era antes e fazer acontecer. Ele já tinha feito aquilo algumas vezes, mas todas eram apenas com mulheres. Aquilo era novo pra ele, e tudo que era novo o assustava. Mas assim, afastando todos seus pensamentos ele decidi voltar ao ato, e melhorar tudo o que estava se perdendo em tantas mãos, bocas e outras coisas.
A noite seguiu longa e sensual. Todos aqueles corpos se misturando se tornando cada vez maiores de uma forma poética.Tudo de ruim é esquecido ou transformado em minutos. As bocas passeando pelos corpos, João no meio da cama, como se o centro de tudo, o início, meio e fim fosse ele.
Os gemidos de sua boca se abafavam com a mão de Diego nela, seu corpo por cima do dele, o deixando louco, louco, louquinho. Tudo fazia ele revirar os olhos. Foram os dois e mais cinco, uma forma de acalento que eles encontram para fugirem dos problemas.
As mãos deles passeavam pelos lugares mais sugestivos e sinuosos possíveis. A loucura atingia o seu maior ponto a cada minuto que se passava, e eles queriam mais, mais e mais. Em trocas e trocas de parceiros, as coisas sempre pareciam novas e experimentar
era uma maravilha sempre. Isso se sucedeu por um pouco mais de tempo. Todo mundo já tinha atingido seu prazer e jogado todas as camisinhas fora.
Todos os corpos explorados e todos experimentados. João beijando os meninos, as meninas e cada um repetiu sua ação com cada um dos sete. Aquela noite, quando foi adormecer, a altas horas da madrugada, João olhava pra todo mundo e pensava sobre tudo aquilo que tinha acabado de acontecer. Todos adormecidos, entorpecidos pelo álcool. Ele só sentia o peso de Diego sobre seu peito, o de Hector sobre suas pernas, sua mão esquerda junta da de Maria. Ele só conseguia pensar em como aquilo era errado, por conta de príncipios que ele não seguia fielmente. Sobre o que sua mãe ia pensar, sobre como os hóspedes iriam reagir a tudo aquilo. Os pensamentos confusos iam trazendo o sono e com o sono alucinações. Ele já não sabia o que era realidade, ou sonho, mas a última lembrança daquela noite, é que quando estava pregando no sono, alguém abriu a porta e tirou algumas fotos dele.
_ Ei- Ele disse com a voz lenta e baixa.- o que você está fazendo? Q-quem é você?
A silhueta da pessoa em questão apenas parou no meio do quarto e respondeu João.
_ Você vai me agradecer por isso algum dia. Agora você devia dormir.- Ela já se dirigia a porta, mas parou como se tivesse se lembrado de algo- Ah, e amanhã você vai acordar com uma dor de cabeça péssima e com muita sede possívelmente. Beba muita água. Isso vai fazer bem. Agora, boa noite João.
Assim, a pessoa saiu pela porta, apagou as luzes e assim o escuro tomou conta de todo o quarto. Mesmo no breu, João sabia reconhecer cada um que estava com ele. Era como se tivesse visão noturna, tudo parecia próximo pra ele, tudo parecia possível, tudo parecia um só. Ele não sabia se aquela situação tinha algum culpado, se ele mesmo era o culpado. O vilão, e o mocinho, o anti-herói, a pessoa frágil e estúpida. Ele não tinha percebido, mas suas lágrimas já estavam correndo pelo rosto, e ele sequer sabia o por que. Mas tudo se acalmou e assim, ele adormeceu.
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Elevador da luz vermelha
Fanfiction(Os personagens dessa história não tem se quer qualquer semelhança com as pessoas reais com qual foram baseados) O relacionamento de João Vitor e Pedro não vai nada bem. Depois de muitas brigas e desentendimentos, eles decidem fazer uma viagem a Bar...