Capítulo 2: Verão Mediterrâneo

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        Eu mal durmo, e já acordo puto. A noite não foi nada legal com minha pessoa.
      Além de ficar pensando em Paulo, Pedro insiste em dormir agarrado, me amassando, sufocando e outras coisas que é bom nada. Ele parece ser até agr aquele tipo de pessoa "morde e assopra" não sabe, se quer e nem me deixa. Assim, fica cada vez mais difícil sustentar essa relação, mas eu n vou desistir fácil. Me faz até pensar numa das nossas brigas, onde ele acabou desabando, ao prantos e disse "Luta por mim. Não desiste não".
     E cá estou eu. Lutando. Lutando, sem ver algum resultado da outra pessoa dentro desse "ringue". Eu sempre apanho e fico louquinho com toda essa falta de fé e determinação da parte dele.

        _ Bom diaa! Já acordado?- Pedro sempre tinha esses "bom dia" espontâneos seguido logo de uma pergunta besta, ou sem sentido algum.

     _ Na verdade, eu nem dormi- Dei um sorriso forçado, e assim beijei ele como de costume.

       _ Xiii... Acho melhor descermos pra tomar café, antes que você fique insuportável.

       _ Ei!!!

      _ Só disse uma verdade ué- Ele deu de ombros e isso me deixava puto. Viajar me deixava puto. É sempre uma adaptação a coisas novas e temporárias, sem contar ainda que estou com saudades dos meus gatos. Chicória e Vicente são meus nenês felinos, bebedores de leite.

      _ Saudades de Chicória e Vicente.- Não contive apenas em pensamento, tive que falar.

      _ Sério isso? Sua mãe mandou foto deles ontem.

      _ Eu sei, eu sei. Mas não é a mesma coisa sabe? Eles são tudo pra mim.

      _ Ah é? E eu sou o que então?

      _ Meu namorado.- Não acredito que ele quer comparar, ou ter ciúmes dos meus gatos.

      _Hmm...

      _ O que foi, porra?

      _ Nada, ué.

      _ Então porque "hmm"?

      _ Agora pronto, não posso mais resmungar?

      _ Pode, só não resmungue parecendo um aldeão do Minecraft. Isso é irritante, se feito muitas vezes.

      Assim, levanto da cama, e jogo minhas roupas nele, assim ficando pelado em sua frente.

      _ Por acaso, eu sou um cesto de roupas sujas?

      _Não, mas daria um cesto bonitão.

      _ Só bonitão?- A sua voz tinha aquele ar de safadeza, e eu amava aquilo demais.

      _ Gostoso também.- Digo, pra só agradar. Porém não é uma mentira.

      _ É assim que eu gosto hehe.- Aquela risadinha me deixava muito excitado, não sei porque.- Não abre o chuveiro ainda, eu já acompanho você no banho.

      _ Vem logo então. Temos que ser rápido por que daqui a pouco param de servir o café.- Nessa altura eu já estava é dentro do box do chuveiro, pelado, e pensando no café que me aguardava.

     _ Ok, só um minuto.

      Logo depois, ele entra mostrando todo seu corpo e "conteúdo" que possuí. Porque além de um lindo corpo e tudo mais, um sorriso e uma pessoa bem inteligente me deixam muito João bobo.
E ele tem tudo isso.

      _ Lembrando-Assim vem ele, falando e pausando em cada frase pra me beijar.- Se o sabonete cair quem pega é você.

      _ Vai de fuder seu bobão!

      _ Brincadeirinha. - Seu sorriso infantil aparece e cara... Incrível!
     
       E assim, ligo o chuveiro, e entre beijos, abraços e mais beijos ele me diz:

      _ Amor?- Eu já me derreto todo.

      _ Oi!?

      _ Sabia que, você é muito lindo e talentoso?

      _ Sabia, hehe- A cara, ele é apaixonante.

     _ E é incrível e bizarro...

     _ OI?

      _ ...O jeito como nós dois nos parecemos!

      _ Ah hahaha! Bobão.

     E mais beijo vem. E assim ardemos muito, num verão mediterrâneo. E assim Pedro vai me lambendo, vai descendo e assim a água que escorre já não é mais a do chuveiro, e sim de nossos corpos juntos, misturando cheiro e muito tesão.

     _ Acho melhor irmos pra cama, né?

      _ Mesmo molhados? Mas amor, você vai perder seu café. E você odeia ficar sem café e...

    _ Shiiiu! O meu café da manhã hoje... É você!

     _ Uau! Se quiser eu posso ser o alimento do dia todo.

     Nossos corpos na cama, o cabelo molhado, o perfume natural de nossos corpos, tudo. Tudo isso vale muito mais a pena do que um café de hotel, e qualquer outra coisa do tipo. Ter aquele homem, aquela cama, e eu... Não tem preço.
      Tudo em Pedro se torna quente
Como no verão mediterrâneo, onde aqui dentro, está mais quente, que lá fora.

   

Elevador da luz vermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora