Capítulo 5: Brigas em San Diego

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_ Você não acha que ele é um babaca??
_Quem senhor?
_O João!! Sempre acabando com a graças de tudo. O que custa? O que?
_ Acho que o senhor está um pouco alterado. Calma. Vamos, logo ali tem uma área reservada, vai ser melhor pra conversarmos.-Paulo guiou ele até uma área, bem escondida por sinal, que ficava perto dos elevadores do 3 andar.
Ele fechou a porta daquela espécie de sala. E então sentaram-se no chão.
_ Então... Onde estávamos?
_Falando do babaca do meu namorado.- Pedro estava com um olhar triste, e cutucando o carpete azul com seu dedo que deslizava pra lá e ela cá.
_ Olha não estou querendo ser estraga prazer, nem nada, mas ele realmente foi um babaca.
_Você acha??- Pedro pareceu espantado com aquela resposta.
_ Acho. E acho também que você merecia alguém bem melhor...
Paulo foi de aproximando de Pedro, com aquele seu olhar malicioso que dava nos nervoso de qualquer um.
_ Tipo??
_ Eu.

Paulo não perdeu tempo e acabou beijando Pedro. Quando viram os dois já estavam no chão, se agarrando mas Pedro percebeu que aquilo não era certo, mas era difícil resistir aos beijos, aos toques de Paulo e de sua boca em vários outros lugares.

_Pa-paulo.
_Sim?-E ainda ele continuava beijando o corpo todo de Pedro.
_ Para!

E Paulo parou. Ele parou no exato ponto onde que se ele descesse um pouco mais, Pedro podia não se controlar.
_ Ok, ok. O senhor está certo. Hum-hum acho melhor sairmos então.-Pigarreou, enquanto arrumava sua gravata.
_Não, espere.
Paulo havia sorrido com o pedido para sua permanência.
_Mais alguma coisa senhor?
_ Sim...
_O que?
Pedro correu logo para os braços de Paulo, querendo assim que um abraço.
_Ei
_ Sim senhor?
Pedro se aproximou dos ouvidos de Paulo, que fez o próprio ficar todo cheio de vontade de um novo beijo de Pedro.
_ Esse lugar, essa conversa, ela nunca aconteceu ok? Nada disso, nem mesmo o seu... -Pedro parou um pouco.- Toque. Nada disso aconteceu, ouviu bem?
_Sim, Pedro.
_Ótimo. É sempre bom confiar nas pessoas.-Pedro havia tomado as rédias da situação, e se safado dessa bagunça.
_S-sim. Claro. Claro senhor.
_Me chama só de Pedro. Essa alternância entre formalidade e intimidade me deixam confuso
Paulo se enrijeceu. Fico parado feito Pedra na frente de Pedro.
_ Eu saio primeiro! Pra ver se a barra tá limpa aí fora. Se tiver dou um toque.
E assim Pedro saiu. Viu se tudo estava vazio e alertou Paulo, que saiu logo em seguida, porém não seguiriam juntos dessa vez.
_ Essa foi por pouco- A essa altura Pedro já estava no elevador, só, e aliviado, por aquilo tudo não ter ido longe demais.
A essa altura, João estava no seu quarto, deitado, ouvindo suas próprias músicas, e de como elas falam de um amor, fraco, frágil e estúpido, e de como tudo aquilo era patético.
Pedro entrou no quarto exausto sem cor, pois mesmo sendo durão com Paulo, aquilo havia o abalado.
_O que aconteceu Pedro?
_ Nada.
João sentou na cama tirando os fones.
_Fala o que aconteceu.-Nesse momento, ele estava abraçando Pedro por trás-Você tá estranho.
_Eu estranho? Claro que não.
_Está sim... Eu conheço você.
Pedro já havia se recuperado do susto e pegou as mãos de João que estavam quentes.
_João..
_Oi??
_ Por que você não quis ir dar uma olhada no hotel comigo?
_Pedro de novo esse assunto?
_De novo? Não era você mesmo que queria ajeitar o relacionamento? Que queria concertar todas as merdas, as festas em que eu dei trabalho pra você? Quando de fiz mal? Pra que merda você me arrastou pra cá?
_ PRA FICAR COM VOCÊ PEDRO!- João já estava com os olhos cheios de lágrimas pronto pra desabar a qualquer momento.
_E nós não ÍAMOS?
_ Não. Porque aquele estranho, aquele PAULO aquele homem estranho estaria junto. E além do mais fiquei conversando com ALGUÉM muito legal.- João havia dito algo que não devia ser aberto. Ele tinha mentido falando que da cozinha viria logo ao quarto. Mas não foi verdade.
_Merda
_Como assim você falou com alguém?
_Eu apenas conversei um pouco com o cozinheiro do Hotel.
_Diego??
_Sim...
Pedro havia ficado nervoso agora. De modo tão intenso que fez com que João percebesse.
_ Paulo me beijou.
João parou no tempo. É como se agora, ele fosse uma estátua feita por Michelangelo.
_ Eu te odeio.
_ Que? Como assim? Eu não quis aquele beijo.
_ Mas aconteceu, Pedro. Ele ACONTECEU!!!
_ E QUEM me garante que Diego não te beijou também?
João deu um soco no criado mundo, fazendo com que a garrafa de água, pulasse e caísse no chão.
_Por favor, saí daqui. Arranja outro quarto sei lá. DORME COM PAULO se quiser, mas... Só some daqui.
_Ok.- Ele estava com seus olhos marejados. De alguma forma, ele sentiu algo diferente naquele momento que teve com Paulo. E estava confuso- Eu vou tentar arranjar outro quarto. Mas não se preocupe vou ficar bem longe do nosso quarto. Que na verdade, qual é o número mesmo?
_Sete. Mas... Qual é a importância disso???
_Sete é o número da perfeição e do pecado.. estranho isso. É como se fosse um código, é como se nós fossémos sair daqui extremamente mudados daqui.
_ Pedro, depois conversamos. Eu preciso pensar.
_ Tudo bem. Eu também preciso pensar um pouco.
Pedro abriu a porta e saiu. Deixando João só.
_ MERDA!!!!- João jogou um copo contra a parede e desabou a chorar na cama. Ele já estava cansado, confuso e se sentido traído. Ele pegou o celular estava esperando que ele atendesse.
_Você vir aqui? Eu tô precisando de um ombro amigo agora... Ah sim, ok. Eu te espero. Até.

Pedro, andava no corredor, a procura de Paulo e o encontrou na recepção do Hotel.
_Pedro o que aconteceu??
_Paulo, sem conversa okay? Só me arranje um quarto por favor?
_ Ok, Pedro. Ok.



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